Criança de 4 anos com dor abdominal, náuseas com vômitos e ...
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Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Câmara dos Deputados
Prova:
FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Médico - Área: Medicina de Emergência - Tarde |
Q2317896
Medicina
Criança de 4 anos com dor abdominal, náuseas com vômitos e
diarreia com sangue há 1 semana, é trazida pelos pais para
atendimento de urgência. Esta é a terceira vez que trazem o filho
ao pronto-socorro, tendo sido medicado com hidratação venosa
e sintomáticos. Referem que parou de urinar desde a noite
anterior.
Ao exame, a criança está lúcida e orientada, desidratada +/4+, hipocorada 3+/4+, ictérica 2+/4+, acianótica. PA 140 x 80 mmHg, FC 130 bpm, eupneica e afebril. Restante do exame, digno de nota apenas petéquias em membros inferiores.
Exames laboratoriais com Hb 7g/dL, HTº 22%, leucometria 12.000 células/mm3 e plaquetas 70.000 células/mm3 . Teste de Coombs direto negativo e esfregaço periférico com esquizócitos. Ureia 120 mg/dL, creatinina 4.0 mg/dL. O diagnóstico microbiológico foi realizado pelo swab retal.
O tratamento deve ser feito com
Ao exame, a criança está lúcida e orientada, desidratada +/4+, hipocorada 3+/4+, ictérica 2+/4+, acianótica. PA 140 x 80 mmHg, FC 130 bpm, eupneica e afebril. Restante do exame, digno de nota apenas petéquias em membros inferiores.
Exames laboratoriais com Hb 7g/dL, HTº 22%, leucometria 12.000 células/mm3 e plaquetas 70.000 células/mm3 . Teste de Coombs direto negativo e esfregaço periférico com esquizócitos. Ureia 120 mg/dL, creatinina 4.0 mg/dL. O diagnóstico microbiológico foi realizado pelo swab retal.
O tratamento deve ser feito com
A questão apresenta um caso clínico de uma criança com sintomas de gastroenterite, associada a sinais de possível síndrome hemolítico-urêmica (SHU), indicada pela tríade de anemia hemolítica (sugerida pela presença de esquizócitos no esfregaço periférico e hemoglobina baixa), trombocitopenia (indicada pela contagem de plaquetas reduzida) e insuficiência renal aguda (evidenciada pelos níveis elevados de ureia e creatinina, além da oligúria relatada). A SHU é frequentemente associada a infecções por cepas de Escherichia coli produtoras de toxina Shiga (como a E. coli O157:H7), que é geralmente diagnosticada por swab retal, como mencionado na questão.
A alternativa correta, letra C, recomenda "expansão volêmica intravenosa vigorosa" que é a abordagem inicial indicada para a reidratação e manejo da insuficiência renal aguda nesse contexto. A expansão volêmica ajuda a melhorar a perfusão renal e pode estabilizar os sinais vitais do paciente. Opiáceos, anti-inflamatórios e antibióticos (como ciprofloxacina e metronidazol) não são indicados como tratamento inicial na SHU, porque podem piorar a função renal ou, no caso dos antibióticos, podem aumentar a liberação de toxinas das bactérias, agravando a condição. Portanto, a resposta correta é a que foca na estabilização hemodinâmica do paciente sem adicionar agentes farmacológicos que poderiam ser prejudiciais no contexto da SHU.