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Q2317909 Medicina
Paciente dá entrada com palpitações. ECG com taquicardia supraventricular de QRS estreito. Está eupneico e estável hemodinamicamente. Realizada manobra vagal sem sucesso.
Para tentar reverter a arritmia, o antiarrítmico de escolha é a(o)
Alternativas

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Para resolver a questão proposta, precisamos entender o cenário clínico apresentado: um paciente com palpitações e um eletrocardiograma (ECG) mostrando taquicardia supraventricular de QRS estreito, que é uma condição comum e normalmente não ameaça a vida se o paciente estiver estável hemodinamicamente.

Foi tentada uma manobra vagal, que é uma técnica inicial para tentar interromper a taquicardia, mas infelizmente não teve sucesso. Portanto, a questão agora é qual medicamento antiarrítmico deve ser utilizado.

A alternativa correta é a A - adenosina. A adenosina é o medicamento de escolha para tratar taquicardias supraventriculares paroxísticas, especialmente quando outras medidas, como manobras vagais, não são eficazes. Ela atua rapidamente para interromper a arritmia, causando um bloqueio temporário no nó atrioventricular (AV), permitindo que o ritmo sinusal normal seja restabelecido.

Vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

  • B - amiodarona: embora a amiodarona seja um antiarrítmico eficaz para várias arritmias, ela não é a primeira escolha para taquicardias supraventriculares de QRS estreito em um paciente estável. É geralmente reservada para situações mais complexas ou quando outros tratamentos falham.
  • C - quinidina: este é um antiarrítmico de classe I, mas não é comumente usado para tratar taquicardias supraventriculares devido a seus efeitos colaterais e a disponibilidade de opções mais eficazes e seguras.
  • D - lidocaína: a lidocaína é mais eficaz em arritmias ventriculares do que em supraventriculares. Portanto, não é apropriada para esta situação.
  • E - propafenona: embora a propafenona possa tratar algumas taquicardias supraventriculares, não é a primeira escolha em situações agudas como a descrita, especialmente quando há uma alternativa mais rápida e segura como a adenosina.

Para concluir, ao abordar questões como esta, é importante identificar o tipo de arritmia apresentado e as opções padrão de tratamento para condições específicas. Além disso, levar em consideração o quadro clínico do paciente, como estabilidade hemodinâmica, é crucial para escolher o tratamento adequado.

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A questão apresenta um cenário clínico de um paciente com taquicardia supraventricular (TSV) e QRS estreito, que é um tipo comum de arritmia cardíaca caracterizada por batimentos cardíacos rápidos originados acima dos ventrículos. A manobra vagal, uma técnica inicial para tentar reverter a TSV, não foi bem-sucedida. A adenosina, a resposta correta marcada como alternativa A, é frequentemente utilizada para o tratamento agudo de TSV de QRS estreito porque ela pode interromper temporariamente a condução através do nó atrioventricular (AV) e, assim, terminar circuitos reentrantes que incluem o nó AV como parte da via reentrante. Além disso, a adenosina tem uma meia-vida muito curta, minimizando o risco de efeitos colaterais prolongados. Por outro lado, as outras opções listadas (B - amiodarona, C - quinidina, D - lidocaína, E - propafenona) não são as drogas de primeira escolha para o manejo inicial da TSV de QRS estreito em um paciente estável. A amiodarona, por exemplo, é mais comumente usada em taquicardias ventriculares ou em situações de fibrilação atrial com resposta ventricular rápida quando há contraindicações para outras terapias. Lidocaína é mais apropriada para arritmias ventriculares, especialmente no contexto de um infarto do miocárdio, e não é eficaz para TSVs. Quinidina e propafenona são antiarrítmicos que podem ser usados para manter o ritmo sinusal após a cardioversão de arritmias atriais, mas não são a primeira escolha para conversão aguda de TSV supraventricular. Portanto, a adenosina é a escolha correta para tentar reverter a arritmia neste cenário.

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