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Q2630166 Pedagogia

Segundo Marcuschi (2001, p. 21), “a fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia da maioria das pessoas. Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita”.


Sobre o ensino da oralidade nas aulas de Língua Portuguesa, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:


I. Os documentos orientadores curriculares publicados pelo MEC nas últimas duas décadas preveem apenas o ensino da linguagem escrita nas aulas de Língua Portuguesa.

II. O ensino da linguagem oral não pode tomar como base o construto teórico “gêneros discursivos”, uma vez que estes só se aplicam aos discursos que circulam por escrito, como nos gêneros romance, notícia, e-mail, bula de remédio, etc.

III. A morfossintaxe da oralidade na norma culta e da escrita na norma culta é a mesma, não havendo, portanto, necessidade de trabalhar, em sala de aula, com particularidades sintagmáticas ou paradigmáticas de cada um desses registros.


A sequência CORRETA é:


Fonte: MARCUSCHI, L. A. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: DIONÍSIO, A. P.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. p. 19-34.

Alternativas

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Alternativa correta: E - F, F, F.

Tema central da questão: Esta questão aborda o ensino da oralidade nas aulas de Língua Portuguesa, contrastando com a escrita, conforme discutido por Marcuschi. A questão reflete sobre a atenção dada à fala nas instituições escolares comparada à escrita, um tema relevante para a pedagogia contemporânea. Para resolver a questão, é essencial entender a proposta dos currículos atuais sobre a oralidade, os gêneros discursivos e as diferenças entre linguagem oral e escrita na norma culta.

Justificativa para a alternativa correta (E):

I. Afirmação Falsa: "Os documentos orientadores curriculares publicados pelo MEC nas últimas duas décadas preveem apenas o ensino da linguagem escrita nas aulas de Língua Portuguesa."

Essa afirmativa é falsa porque os documentos curriculares, como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), reconhecem a importância do ensino da oralidade e incluem diretrizes para seu desenvolvimento nas aulas de Língua Portuguesa. A oralidade é vista como uma competência fundamental a ser trabalhada nas escolas, juntamente com a escrita.

II. Afirmação Falsa: "O ensino da linguagem oral não pode tomar como base o construto teórico ‘gêneros discursivos’ (...)".

Esta afirmativa também é falsa. Os gêneros discursivos não se limitam apenas à linguagem escrita; eles se aplicam à linguagem oral também. Exemplos de gêneros orais incluem debates, entrevistas, e conversas cotidianas. Portanto, o ensino da oralidade pode e deve considerar os gêneros discursivos.

III. Afirmação Falsa: "A morfossintaxe da oralidade na norma culta e da escrita na norma culta é a mesma (...)".

Essa afirmação é falsa, pois a morfossintaxe da linguagem oral e escrita apresenta diferenças. Por exemplo, a fala costuma ser mais informal e menos estruturada do que a escrita, que tende a seguir normas gramaticais mais rigorosas. Assim, é importante que as particularidades de cada registro sejam trabalhadas em sala de aula.

Conclusão: Todas as afirmativas são falsas, justificando a escolha da alternativa E. Compreender essas nuances é essencial para elaborar um ensino de Língua Portuguesa que seja abrangente e eficiente.

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