Há clara compreensão do sentido da frase Mais aberto à emoçã...

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Q1019382 Português

                                           [Formas de ler]


      Antigamente eu apanhava e largava um livro sem me preocupar com outra coisa que não as parcelas de realidade e de fantasia encerradas naquele maço de folhas impressas. Mais aberto à emoção, reparava menos na técnica; atraído pela obra, pouco me interessava pelo escritor.

      A leitura profissional, os estudos de literatura e algumas incursões no campo da crítica acabaram com esse leitor irresponsável. Hoje, ao pegar um livro, penso no homem que se encontra atrás das frases, em suas ambições e seus objetivos, seus materiais e ferramentas. O que antes se me apresentava como a beleza imaterial de uma flor ou de uma nuvem, soltas no tempo e no espaço, depara-se-me como o produto de um artesanato e a manifestação de uma vontade inteligente.

      Por isso dificilmente leio agora um livro isolado em si mesmo. Vem-me logo a vontade de percorrer outras obras do escritor, de aferrar nelas os traços de uma personalidade diferente das outras, de chegar ao canal misterioso que une a criação ao criador. Daí também uma curiosidade biográfica, como se a vida do autor necessariamente encerrasse um segredo, uma chave para a compreensão da obra.


(RÓNAI, Paulo. Como aprendi o Português e outras aventuras. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014, p. 137) 

Há clara compreensão do sentido da frase Mais aberto à emoção, reparava menos na técnica (1° parágrafo) nesta nova e correta redação que lhe é dada:
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INFENSO: contrário, adverso

GABARITO: LETRA D

→  Mais aberto à emoção, reparava menos na técnica → temos uma ideia de proporcionalidade, marcando que a emoção era mais reparada à medida que reparava menos na técnica (ideia de proporcionalidade).

A) Conquanto não reparasse na técnica, ficava sujeito a me emocionar. → temos uma conjunção subordinativa concessiva, não queremos uma ideia de concessão.

B) Mais aberto ficava à emoção na medida que me negligenciasse da técnica. → primeiramente, o correto é "na medida em que → conjunção subordinativa causal" "na medida que é incorreto", a ideia de proporcionalidade é "à medida que", logo não é essa resposta.

C) Parecia-me mais preferível emocionar-me do que a técnica. → não há ideia de preferência e sim proporcionalidade.

D) Importava-me pouco a técnica por estar mais propenso à emoção. → correto, a técnica foi deixada de lado, estava mais propenso → repara mais na emoção, ideias correlacionadas corretamente.

E) Infenso que era à emoção, cuidava pouco da técnica. → "infenso" é um adjetivo que significa: odioso, raivoso, hostil, logo não é o sentido que queremos.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

Importava-me pouco a técnica por estar mais propenso à emoção.

A técnica me importava pouco por estar mais propenso à emoção.

No caso o "me" não é parte integrante do verbo que, no exemplo, não é pronominal. O complemento " com " é exigido quando o verbo "importar" é pronominal. No caso o verbo é intransitivo. Foi como eu pensei supermen

Sobre a letra C, a regência de preferir está errada

Quem prefere, prefere A alguma coisa e não DO QUE alguma coisa

Ex.: prefiro carne a ovo CERTO

Ex.: prefiro carne do que ovo ERRADO

INFENSO: contrário.

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