A respeito das histórias dos livros citados, é correto afir...
Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Professor de Educação Básica I |
Q2265824
Português
Texto associado
Tudo se perde – e nos transforma.
Há de existir em cada aresta deste planeta um buraco negro
de meias desquitadas, elásticos de cabelo exilados e chaves de
casa fugitivas. Uma espécie de país das maravilhas, um mundo
invertido acessível apenas ao santo dos três pulinhos — não
importa o quanto você revire o sofá, olhe embaixo da cama ou
verifique a geladeira (afinal, por que não?). O mistério universal
dos objetos perdidos é tema central de dois livros infantojuvenis recém-chegados às livrarias brasileiras. Em Doutor Sumiço
(Companhia das Letrinhas), o cartunista paulista Caco Galhardo dá vida a Lico, um garoto que tem o superpoder de fazer
as coisas desaparecerem, mas acaba fazendo mau uso desse
dom. Já em A costura (Pequena Zahar), a escritora e ilustradora
argentina Isol nos conduz pela busca da menina Lila por itens
perdidos, que ela crê terem caído em buracos pelo mundo, fissuras que decide procurar e costurar.
Em comum às duas histórias há o destaque à figura da
avó, não só como porto seguro para os netos, mas também
como detentora e guardiã de saberes ancestrais. “No livro,
a avó traz o afeto, o amor e a compreensão, sem contar os
bolinhos de queijo. E é na casa dela que estão todas as lendas dos nossos antepassados que vão ficando pelo caminho”,
conta Galhardo.
Embora pouco afeitos a moralidades, os autores deixam
esfumaçadas algumas lições valiosas. Por trás da sucessão de
perdas que vivenciamos, há uma bonita lição a ser aprendida
sobre acolher a impermanência, a efemeridade, o fluxo incessante de chegadas e partidas que dão cadência à vida. As coisas que são deixadas para trás sem que se saiba onde também
nos convidam a aceitar o inexplicável como parte intrínseca da
jornada. Afinal, mistério sempre há de pintar por aí.
(Marília Kodic. Revista Quatro Cinco Um. 30 de maio de 2023. Adaptado)
A respeito das histórias dos livros citados, é correto
afirmar que