Hoffmann faz uma comparação entre a prática da avaliação e...

Alternativa correta: E - III e IV

A questão aborda as diferenças entre as abordagens de avaliação educacional sob duas perspectivas: a liberal (tradicional) e a libertadora. Para entender a questão, é necessário conhecer as ideias de Jussara Hoffmann, que é uma das principais referências no debate sobre avaliação educacional no Brasil. Hoffmann critica a visão tradicional de avaliação, que tende a ser excludente e punitiva, e defende uma avaliação mais formativa, contínua e inclusiva.

Na visão liberal ou tradicional, a avaliação possui um caráter classificatório e sentencivo (I), ou seja, tende a rotular os estudantes com base em suas notas, o que pode influenciar negativamente sua autoestima e motivação. Esta abordagem também é criticada por ter uma intenção de reprodução das classes sociais (II), mantendo as estruturas de poder e privilégio atuais, e promove uma ação individual e competitiva (V), incentivando a competição em vez da cooperação entre os estudantes.

Por outro lado, a visão libertadora, que é a enfocada no gabarito correto da questão, propõe uma avaliação que é ação coletiva e consensual (III). Nessa abordagem, a avaliação é vista como um processo construído conjuntamente por professores e alunos, baseado no diálogo e na busca coletiva pelo entendimento. Além disso, a visão libertadora caracteriza-se por uma concepção investigativa, reflexiva (IV), na qual a avaliação é utilizada como uma ferramenta para entender e refletir sobre os processos de ensino e aprendizagem, visando à melhoria constante e ao desenvolvimento integral do aluno.

A alternativa E é correta porque as características III e IV são consistentes com a perspectiva de Hoffmann sobre a avaliação em uma visão libertadora, onde a avaliação deve ser um processo colaborativo que estimula a reflexão crítica e a construção conjunta do conhecimento.

1-  Tendência progressista libertadora

Caracteriza-se pela atuação não-formal. Busca contribuir para desvelar a realidade social de opressão, questionando as relações homem-natureza e homem-homem. Ao invés de conteúdos tradicionais, trabalha com “temas-geradores”, extraídos da realidade dos educandos. A relação entre aluno e professor horizontal, os dois se posicionando como sujeitos do ato de conhecimento.