Tício e Caio são Policiais Civis do Estado da Paraíba, atua...
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A solução da questão exige o conhecimento sobre os crimes
praticados por funcionário público contra a administração em geral, previstos
no código penal. Ao se analisar a questão, percebe-se que Tício e Caio
cometeram o crime de corrupção passiva, prevista no art. 317 do CP, vez que
solicitaram em razão da sua função vantagem indevida. Tal crime ainda se
consumaria independentemente de terem recebido a vantagem (CUNHA, 2017).
Analisemos então cada uma das alternativas:
a)
ERRADA. O crime de concussão
acontece quando se exige em razão da função vantagem indevida e está
previsto no art. 316 do CP. Fica claro na questão que os funcionários não
exigiram, apenas solicitara. Tal delito é de natureza formal, não importando se
obteve a vantagem, e sua pena é de dois a doze anos e multa.
b) CORRETA. Está em consonância com o que diz o CP, visto
que Tício e Caio solicitaram a vantagem indevida, a pena é de reclusão de dois
a 12 anos e multa e a pena é aumentada
de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional, de acordo com o art. 317, §1º do CP. Foi justamente o que
aconteceu, os funcionários públicos deixaram de conduzir Moisés, infringido o
seu dever funcional.
c) ERRADA. Pois haverá sim
aumento de pena, certo que a corrupção passiva trata-se de crime formal, pois
independentemente de terem recebido a vantagem indevida, o crime estaria
configurado. Porém, traz o CP a hipótese de aumento de pena como visto na
alternativa anterior.
d) ERRADA. A prevaricação está
no art. 319 do CP, e diferentemente da corrupção passiva, ela se dá quando o
funcionário retarda ou deixa de praticar o ato, não porque solicitou ou recebeu
alguma vantagem indevida, mas para satisfazer um interesse ou sentimento
pessoal seu.
e) ERRADA. O crime de concussão
acontece quando se exige em razão da função vantagem indevida e está
previsto no art. 316 do CP. Fica claro na questão que os funcionários não
exigiram, apenas solicitara. Bem como a concussão tem de dois a doze anos e
multa e tal causa de aumento de pena de 1/3 ocorre na corrupção passiva, como
já analisado nas alternativas anteriores.
GABARITO DA PROFESSORA: LETRA B
Referências
bibliográficas:
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito penal parte especial (arts. 121 ao 361). 9 ed. Salvador: Juspodvm, 2017.
A solução da questão exige o conhecimento sobre os crimes
praticados por funcionário público contra a administração em geral, previstos
no código penal. Ao se analisar a questão, percebe-se que Tício e Caio
cometeram o crime de corrupção passiva, prevista no art. 317 do CP, vez que
solicitaram em razão da sua função vantagem indevida. Tal crime ainda se
consumaria independentemente de terem recebido a vantagem (CUNHA, 2017).
Analisemos então cada uma das alternativas:
a)
ERRADA. O crime de concussão
acontece quando se exige em razão da função vantagem indevida e está
previsto no art. 316 do CP. Fica claro na questão que os funcionários não
exigiram, apenas solicitara. Tal delito é de natureza formal, não importando se
obteve a vantagem, e sua pena é de dois a doze anos e multa.
b) CORRETA. Está em consonância com o que diz o CP, visto
que Tício e Caio solicitaram a vantagem indevida, a pena é de reclusão de dois
a 12 anos e multa e a pena é aumentada
de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional, de acordo com o art. 317, §1º do CP. Foi justamente o que
aconteceu, os funcionários públicos deixaram de conduzir Moisés, infringido o
seu dever funcional.
c) ERRADA. Pois haverá sim
aumento de pena, certo que a corrupção passiva trata-se de crime formal, pois
independentemente de terem recebido a vantagem indevida, o crime estaria
configurado. Porém, traz o CP a hipótese de aumento de pena como visto na
alternativa anterior.
d) ERRADA. A prevaricação está
no art. 319 do CP, e diferentemente da corrupção passiva, ela se dá quando o
funcionário retarda ou deixa de praticar o ato, não porque solicitou ou recebeu
alguma vantagem indevida, mas para satisfazer um interesse ou sentimento
pessoal seu.
e) ERRADA. O crime de concussão
acontece quando se exige em razão da função vantagem indevida e está
previsto no art. 316 do CP. Fica claro na questão que os funcionários não
exigiram, apenas solicitara. Bem como a concussão tem de dois a doze anos e
multa e tal causa de aumento de pena de 1/3 ocorre na corrupção passiva, como
já analisado nas alternativas anteriores.
GABARITO DA PROFESSORA: LETRA B
Referências
bibliográficas:
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito penal parte especial (arts. 121 ao 361). 9 ed. Salvador: Juspodvm, 2017.
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Comentários
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Devido à solicitação de vantagem indevida por parte dos policiais civis (Tício e Caio) o crime será o de CORRUPÇÃO PASSIVA.
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Bons estudos!
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Gabarito: B
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Questão inteligente de se cobrar PENAS.
Seria exaurimento do crime formal se tivessem conduzido preso Móises.
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