O sociólogo Émile Durkheim considera que o suicídio anômico ...

Alternativa correta: C - à ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida.

Vamos entender por que essa é a alternativa correta:

Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia moderna, investigou o fenômeno do suicídio em sua obra "O Suicídio". Ele identificou diferentes tipos de suicídio, entre eles o suicídio anômico. Segundo Durkheim, o suicídio anômico ocorre em situações em que há uma ausência de normas sociais claras, o que leva ao caos e à desordem, fazendo com que os indivíduos se sintam perdidos e sem uma orientação segura na vida.

Durkheim relacionou este tipo de suicídio com momentos de crises econômicas ou mudanças sociais drásticas, onde as antigas normas deixam de ser aplicáveis e as novas ainda não foram estabelecidas. Nessas situações, a falta de regulação social pode levar ao aumento do desespero e, consequentemente, ao suicídio.

Vamos analisar agora as alternativas incorretas:

A - a crises econômicas graves que ameaçam a sobrevivência de um grupo social por falta de recursos.

Essa alternativa não está totalmente incorreta, mas é uma simplificação inadequada do conceito de suicídio anômico. As crises econômicas podem ser um fator contribuinte, mas o ponto central do suicídio anômico é a falta de regulação social e não apenas a ameaça à sobrevivência por falta de recursos.

B - ao sentimento de insignificância e invisibilidade social de indivíduos submetidos à exclusão e a marginalização.

Essa descrição se aproxima mais do que Durkheim chamaria de suicídio egoísta, onde o indivíduo sente que não pertence à sociedade e não vê valor em sua vida. O suicídio anômico, por outro lado, está relacionado à ausência de normas e à desorganização social.

D - ao contágio social promovido pelas redes sociais que divulgam uma visão contestatória da prática de suicídio.

Esta alternativa traz à tona um conceito moderno, mas não se relaciona com os conceitos de Durkheim. O contágio social nas redes não se alinha com a ideia de desregulação ou ausência de normas sociais mencionada por Durkheim no suicídio anômico.

E - à interpretação do suicídio como um dever, a fim de se desembaraçar de uma vida sentida como insuportável.

Esta alternativa descreve o que Durkheim chamaria de suicídio altruísta, onde o indivíduo sente que sua morte beneficiará outras pessoas ou servirá a um propósito maior. Isso é diferente do suicídio anômico, que está relacionado à desordem e falta de normas sociais.

Espero que essa explicação tenha ajudado a entender melhor o conceito de suicídio anômico de Durkheim e a identificar a alternativa correta. Se tiver mais dúvidas ou precisar de mais exemplos, estou à disposição!

"• Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras normais da sociedade, certos indivíduos ficam em uma situação inferior a que ocupavam anteriormente. Assim, há uma perda brusca de riquezas e poder, fazendo com que, por isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio aumentem. É importante ressaltar que as taxas de suicídio anômico são maiores em países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as situações de anomia social."

Èmile Durkheim" cita mais 2 tipos de suicídios : egoísta e autruista

CORRETA ALTERNATIVA C

Em sua obra clássica "O Suicídio", Durkheim identifica 4 tipos de suicídio:

Egoísta - ocorre em indivíduos com poucos e frágeis laços sociais.

Altruísta - ocorre quando os laços sociais são tão fortes, que o indivíduo sacrifica a própria vida em prol do seu grupo.

Anômico - ocorre em situações de desregulação social, ausência ou fragilidade de normas que regem o comportamento, levando o indivíduo à sensação de desamparo, desorientação, culminando em suicídio.

Fatalista - é o menos debatido. Ocorre em situações de opressão, excessiva pressão e regulação sobre os comportamentos. O indivíduo sente que a única forma de fuga é o suicídio. Ocorre, por exemplo, com prisioneiros, escravos, etc.