Alcoolismo é o termo que designa as anomalias clínicas ...

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Q1969019 Medicina Legal
    Alcoolismo é o termo que designa as anomalias clínicas resultantes de intoxicações exógenas pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas. Tendo como referência o texto precedente, assinale a opção correta, acerca da embriaguez alcoólica e assuntos correlacionados. 
Alternativas

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Gabarito: C

Explicação:

A questão aborda o tema do alcoolismo e exige conhecimento sobre as fases do desenvolvimento da dependência alcoólica conforme descrito em relatórios técnicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Comitês Técnicos da Saúde Mental e sobre o Álcool e Alcoolismo. Vamos analisar cada alternativa para entender melhor.

Alternativa C (correta):

A alternativa C está correta ao afirmar que os Relatórios Técnicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Comitês Técnicos da Saúde Mental e sobre o Álcool e Alcoolismo dividem a instalação do alcoolismo em quatro fases: fase pré-alcoólica (alfa), fase prodrômica (beta), fase crucial (gama) e fase crônica. Essa classificação é amplamente aceita e utilizada na medicina legal e na psiquiatria para descrever a progressão do alcoolismo.

Alternativa A (incorreta):

Na ingestão de bebida alcoólica, a depressão do sistema nervoso central (SNC) não se inicia pelos centros corticais inferiores. O álcool inicialmente afeta os centros corticais superiores, que são responsáveis pelo autocontrole e pelo julgamento crítico. Isso explica por que os indivíduos embriagados podem apresentar comportamentos impulsivos e perda de autocrítica. Portanto, a descrição oferecida na alternativa não está correta em relação ao início da depressão do SNC.

Alternativa B (incorreta):

O álcool não é considerado uma substância estimulante do sistema nervoso central pela medicina legal. Na verdade, o álcool é classificado como depressor do sistema nervoso central, uma vez que reduz a atividade do cérebro e do sistema nervoso, levando a efeitos como sedação, diminuição de reflexos e, em níveis elevados, pode causar coma e morte.

Alternativa D (incorreta):

Embora a fase III da instalação do alcoolismo esteja associada a uma decadência progressiva do indivíduo, física, psíquica e social, bem como a presença de psicoses alcoólicas, a descrição fornecida é mais aplicável à fase IV (crônica) do alcoolismo. A fase III (gama) é caracterizada principalmente pela perda de controle sobre o consumo e dependência física. Portanto, a caracterização apresentada na alternativa está incorreta para a fase mencionada.

Alternativa E (incorreta):

A duração da fase I (pré-alcoólica) da instalação do alcoolismo não é definida de maneira rígida como tendo de dois a cinco anos. Diferentes indivíduos podem passar por essa fase em tempos variados, dependendo de vários fatores, incluindo genética, ambiente social e padrões de consumo. Não há consenso específico sobre a duração exata dessa fase, o que torna a afirmação apresentada na alternativa imprecisa.

É essencial entender que o conhecimento detalhado das fases do alcoolismo e das características das substâncias psicoativas, como o álcool, é crucial para responder corretamente a questões de concursos públicos sobre medicina legal e toxicologia. Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas!

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Segue uma descrição das cinco “espécies” de alcoolismo de Jellinek:

Tipo Alfa – indivíduo que bebe por razões puramente psicológicas (ex: tristeza, ansiedade,

resolução de conflitos), geralmente em contexto social. Por exemplo, na procura do efeito de

desinibição nos relacionamentos interpessoais. Não existe evidência de perda de controle,

dependência física, nem incapacidade em se privar inteiramente do álcool. Jellinek descreve-o

como um beber indisciplinado.

Tipo Beta – descreve um beber continuado, que acarreta uma deterioração física. Por exemplo,

problemas gástricos, hepáticos e nutricionais. Não se observam sinais de dependência física ou

psicológica.

Tipo Gama – beber excessivo em que está patente o aumento de tolerância, perda de controle

(craving) e abstinência de álcool. O indivíduo pode resistir ao consumo do álcool durante longos

períodos, embora apresente índices de dependência psicológica e física notáveis (privação e

craving). Típico bebedor anglo-saxônico.

Tipo Delta – existe evidência de tolerância e síndrome de abstinência, mas o consumo do álcool

é mais estável. O indivíduo aparenta nunca ficar verdadeiramente embriagado, mas ingere

continuadamente álcool em pequenas quantidades. Regista-se a incapacidade para alcançar

abstinências prolongadas. O consumo é influenciado por condições sociais e/ou financeiras.

Típico bebedor mediterrânico.

Tipo Epsílon – consumo de álcool periódico. Contudo, o indivíduo parece que só fica satisfeito

quando perde o controlo de si próprio, podendo mesmo ficar inconsciente com a alcoolização.

B) O álcool é considerado pela medicina legal como uma substância estimulante do sistema nervoso central.

Depressora

GAB: c

Fases da embriaguez:

Alcoolismo

·      substância depressora do sistema nervoso central

·      De excitação, ou subaguda : é a ebriedade incompleta, em que o indivíduo torna-se irrequieto, agitado, falador, eufórico, a consciência ainda impede alguns atos e determina o comportamento social. O indivíduo possui, ainda, consciência do que faz, sendo, portanto, penalmente responsável pelos atos que vier a cometer;

·      De confusão ou aguda (fase do leão) é a que constitui periculosidade, tornando-se o ébrio insolente e agressivo, apresenta fala desconexa, delírios, apetite desordenado, vaidade, perversidade, fanatismo. É a embriaguez completa; - Também chamada de fase médico-legal.

·      Do sono, comatosa ou superaguda (fase do porco) ® também é embriaguez completa em que o ébrio fica inconsciente, em sono profundo.

Psicose de korsakoff: decorrente do consumo crônico do álcool por pessoas mal alimentadas, cuja origem se dá por uma redução total na ingestão de alimentos, durante meses ou anos, na qual ocorre quadro amencial, amnésia e confabulação

Letra A -   Em primeiro lugar são afectados os centros superiores (o que se repercute na fala, pensamento, cognição e juízo) e posteriormente deprimem os centros inferiores (afectando a respiração, os reflexos e, em casos de intoxicação aguda, provocando coma). Bloqueia o funcionamento do sistema nervoso central, provocando um efeito depressor. A aparente estimulação conseguida com o álcool é, na realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controle inibitório do cérebro.

Letra B - Depressor

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