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Q1674967 Fisioterapia
Um paciente de 19 anos de idade deu entrada em um centro de reabilitação após alta hospitalar, apresentando histórico de lesão medular no nível T11 em consequência de um acidente de carro. Por se tratar de seu primeiro dia, a equipe multidisciplinar fez uma avaliação completa, incluindo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e a American Spinal Injury Association (ASIA). Nos dias que se seguiram, ele conheceu o fisioterapeuta que o acompanhará, o qual é muito experiente em lesão medular e, no primeiro encontro dos dois, o paciente relatou que pesquisou acerca de tratamentos póslesão medular e questionou a respeito de um tratamento de eletroestimulação. O fisioterapeuta explicou que se trata de um tratamento experimental ainda em pesquisa e que, para o momento, planeja um tratamento voltado para sua maior participação e independência.

Quanto a esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.  
Caso esse paciente queira fazer parte de alguma pesquisa que tem o objetivo de testar novos tratamentos, essa pesquisa deve respeitar o princípio bioético da não maleficência, ou seja, não provocar nenhum mal ao paciente. Entretanto, por se tratar de algo experimental, é possível que não esteja claro o princípio bioético da beneficência, pois não se sabe quais serão os benefícios ao paciente.
Alternativas

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A alternativa correta é: E - errado.

Vamos entender por que essa é a resposta correta, abordando os princípios bioéticos envolvidos.

No contexto da bioética, os princípios da não maleficência e da beneficência são frequentemente discutidos, especialmente em pesquisas clínicas. O princípio da não maleficência dita que os pesquisadores devem evitar causar dano aos participantes. Ou seja, durante todo o processo da pesquisa, deve-se garantir que o risco de dano seja minimizado ao máximo.

Por outro lado, o princípio da beneficência se refere à obrigação de proporcionar benefícios e de promover o bem-estar dos participantes. Em pesquisas experimentais, muitas vezes os benefícios esperados não são totalmente claros, mas ainda assim, a pesquisa deve estar fundamentada na possibilidade real de oferecer algum benefício, seja para o participante ou para o avanço do conhecimento científico que possa beneficiar futuros pacientes.

No caso apresentado, a questão erra ao sugerir que, por se tratar de um tratamento experimental, o princípio da beneficência pode não estar claro. Mesmo em estudos experimentais, é necessário que exista uma fundamentação científica que sugira potenciais benefícios, mesmo que não sejam imediatos ou diretamente para o participante.

Além disso, todas as pesquisas que envolvem seres humanos devem ser aprovadas por um comitê de ética em pesquisa. Este comitê verifica se os princípios de não maleficência e beneficência, entre outros, estão sendo respeitados, garantindo que a pesquisa seja conduzida de forma ética.

Portanto, o erro na afirmação está em sugerir que a beneficência pode não estar clara ou não ser uma exigência em pesquisas experimentais, o que não é correto segundo os princípios éticos vigentes.

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