No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciênci...
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A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.
Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
– Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o desejo de seu marido.
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, entendeu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém, teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irradiante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe faltava dantes.
– Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”.
Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
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Olá! Vamos analisar a questão e entender por que a alternativa correta é a Alternativa A.
Na frase: “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e” desempenha um papel crucial para entender o sentido da frase.
A conjunção “e” geralmente é usada para indicar adição ou soma de ideias. No entanto, em alguns contextos, ela pode assumir outros sentidos, como o de consequência, que é o caso aqui.
Vamos analisar as alternativas:
A - Consequência: Esta é a alternativa correta. A frase “os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa” indica que, como consequência dos cuidados recebidos, Fadinha ficou boa. A conjunção “e” aqui está introduzindo uma ideia que decorre da anterior, ou seja, a recuperação de Fadinha é uma consequência do tratamento bem-sucedido.
B - Condição: Esta alternativa está incorreta. Uma conjunção condicional sugere uma condição para que algo aconteça, como “se”, “caso” ou “desde que”. No contexto da frase, não há uma condição sendo estabelecida.
C - Oposição: Esta alternativa também está incorreta. Conjunções que indicam oposição incluem “mas”, “porém”, “entretanto”, “contudo”. A conjunção “e” na frase não está introduzindo uma ideia oposta, mas sim uma que decorre da anterior.
D - Causa: Esta alternativa está incorreta. Conjunções causais, como “porque”, “visto que”, “já que”, introduzem uma causa para a segunda oração. Na frase, “e” não está indicando a causa da recuperação de Fadinha, mas sim a consequência dos cuidados.
E - Tempo: Esta alternativa também está incorreta. Conjunções temporais, como “quando”, “enquanto”, “assim que”, indicam um período de tempo. A conjunção “e” no contexto não está introduzindo uma ideia relacionada ao tempo.
Portanto, a alternativa correta é a Alternativa A, que enfatiza a relação de consequência entre os cuidados recebidos e a recuperação de Fadinha.
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Gabarito A.
Fadinha ficar boa foi uma consequência do triunfo da ciência sobre o mal
GABARITO A
Os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal (CAUSA),
e Fadinha ficou boa, completamente boa... (CONSEQUÊNCIA)
VIDE Q628876 Q791900
A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, de maneira que o museu parece desempenhar um papel de pacificação social.
O FATO DE (CAUSA): A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida.
FEZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA): O museu parece assim desempenhar um papel de pacificação social.
Q823806
CONSECUTIVA = CONSEQUÊNCIA : QUE = TAL, TÃO, DE SORTE
DE MANEIRA
TANTO QUE
TÃO
DE SORTE QUE
CONSECUTIVA = DE OUTRO MODO, DE MANEIRA
Consecutivas -ideia de consequência. ( Tal, Tanto, Tamanho).
Que (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.) de modo que, de sorte que..
CAUSAL/EXPLICATIVA: QUE = JÁ QUE, PORQUE
TRISTE QUE ESTAVA NÃO FOI PASSEAR
PORQUANTO, PORQUE, UMA VEZ QUE, POIS, JÁ QUE
QUE: se for possível substituir a oração “porque motivo”
COMO = PORQUE, ANTES DA ORAÇÃO PRINCIPAL
1. As Ideias e seus Principais Conectivos
1.1 Adição: Ex. e, nem também, não só…, mas também etc.
1.2 Alternância: Ex. ou… ou, quer… quer, seja… seja etc.
1.3 Causa: Ex. porque, já que, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a etc.
1.4 Conclusão: Ex. logo, portanto, pois etc.
1.5 Condição: Ex. se, caso, desde que, a não ser que, a menos que etc.
1.6 Comparação: Ex. como, assim como etc.
1.7 Conformidade: Ex. conforme, segundo, consoante etc.
1.8 Consequência: Ex. tão… que, tanto… que, de modo que, de forma que etc.
1.9 Explicação: Ex. pois, porque, porquanto etc.
1.10 Finalidade: Ex. para que, a fim de que, para (+ infinitivo) etc.
1.11 Oposição: Ex. mas, porém, contudo, todavia, entretanto, embora, mesmo que etc.
1.12 Proporção: Ex. à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais etc.
1.13 Tempo: Ex. logo que, mal, quando, assim que, depois, sempre, toda vez que etc.
2. As transições – um outro tipo de conectivo
2.1 Afetividade: Ex. felizmente, queira Deus, pudera, oxalá, ainda bem (que)
2.2 Afirmação: Ex. com certeza, indubitavelmente, por certo, certamente, de fato etc.
2.3 Conclusão: Ex. em suma, em síntese, em resumo etc.
2.4 Consequência: Ex. assim, consequentemente, com efeito etc.
2.5 Continuidade: Ex. além de, bem como, também etc.
2.6 Dúvida: Ex. talvez, provavelmente, quiçá etc.
2.7 Ênfase: Ex. até, até mesmo, no mínimo, no máximo, só etc.
2.8 Exclusão: Ex. apenas, exceto, menos, salvo, só, somente, senão etc.
2.9 Explicação: Ex. a saber, isto é, por exemplo etc.
2.10 Inclusão: Ex. inclusive, também, mesmo, até etc.
2.11 Oposição: Ex. pelo contrário, ao contrário de etc.
2.12 Prioridade: Ex. em primeiro lugar, principalmente, antes de tudo, inicialmente etc.
2.13 Restrição: Ex. apenas, só, somente, unicamente.
2.14 Retificação: Ex. aliás, só, somente, unicamente etc.
2.15 Tempo: Ex. antes, depois, então, já, posteriormente etc.
“Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”,
Causa - O fato de
Consequência - Fez com que
O fato de os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfarem do mal, fez com que a fadinha ficasse boa, completamente boa.
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