Como atesta Gláucia Diniz, ao analisar os paradoxos das rel...

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Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2017 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q824156 Psicologia
Como atesta Gláucia Diniz, ao analisar os paradoxos das relações violentas (In: Fères-Carneiro, 2016), entre os motivos que impedem as mulheres de denunciar a violência física ou psicológica de que são vítimas nas relações conjugais, destaca-se
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Alternativa correta: C - a internalização das prescrições normativas que impedem a mulher de ter voz própria.

Vamos entender melhor o tema abordado pela questão, que trata dos motivos que impedem as mulheres de denunciar a violência (física ou psicológica) nas relações conjugais, conforme analisado por Gláucia Diniz.

A questão se baseia no conceito de paradoxos das relações violentas, que são situações onde, apesar do sofrimento e da violência, as vítimas encontram dificuldades para romper o ciclo de abuso. Para resolver essa questão, é necessário compreender os fatores sociais, culturais e psicológicos que contribuem para que essas mulheres permaneçam em relacionamentos abusivos.

Justificando a alternativa correta:

Alternativa C: A internalização das prescrições normativas refere-se às normas e valores socialmente construídos que ensinam às mulheres a serem submissas, silenciosas e a aceitarem o papel de cuidadoras. Essas normas são tão profundamente enraizadas que muitas vezes as mulheres não percebem que têm o direito de resistir ou denunciar a violência. Esse processo de internalização gera a sensação de que elas não têm uma voz própria ou não devem se manifestar contra o abuso, perpetuando o ciclo de violência.

Analisando as alternativas incorretas:

Alternativa A: A valorização, pela mídia, do ideal de mulher forte e autônoma que reage às agressões, embora relevante em discussões sobre representações midiáticas, não é específica para explicar os motivos que impedem as denúncias. Na verdade, a mídia muitas vezes perpetua estereótipos e não reflete a complexidade das experiências das mulheres em relações violentas.

Alternativa B: O esforço em sustentar relacionamentos recentes e pouco estáveis pode ser um fator, mas não é o principal motivo destacado por Gláucia Diniz. Relações violentas podem existir independentemente do tempo de duração ou estabilidade do relacionamento; o foco aqui é nas normas internalizadas.

Alternativa D: A falta de uma legislação específica de proteção da mulher contra o cônjuge agressor está desatualizada. No Brasil, existem leis como a Lei Maria da Penha, que oferece proteção às mulheres. No entanto, a questão trata de motivos mais internos e psicológicos, não da ausência de legislação.

Alternativa E: O desejo feminino de assegurar seu sustento por um homem, mesmo que violento pode ser um fator em alguns casos, mas a questão sublinha as prescrições normativas internalizadas como o ponto principal. A dependência econômica é um elemento importante, mas não é o único nem o mais destacado por Diniz.

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Resposta: C - a internalização das prescrições normativas que impedem a mulher de ter voz própria.

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