Ana Mae Barbosa afirmava, já em 1997, que “o ensino de Arte...

A assertiva proporcionou avanços em novos territórios do saber e do ensinar/aprender, fomentando várias propostas diferenciadas para o ensino de arte nas últimas décadas – o que incitou a revisão de atividades pedagógicas condicionadas às práticas da antiga educação artística, mobilizando o pensamento e a reflexão sobre metodologias e repertórios

A frase leva ao entendimento de que a escola é um dos possíveis espaços de produção de conhecimento, garantindo oportunidades de se ampliar repertórios, conhecer outros pontos de vista, ter acesso às culturas diversas, participar ativamente da construção e da produção do próprio saber e em diálogos com as dos colegas 

Acrescida de crítica em uma dimensão contextual, local e global, o saber/ensinar arte dá um salto para além da busca pela criatividade e espontaneidade, travando diálogos, debates, desmanche inusitados, que surgem no contato com as próprias manifestações artísticas e culturais

O ensino de Arte é entendido como campo em que não se instauram poéticas de denúncia e resistência, deflagradoras de opressões pessoais, sociais e políticas. Por ser um campo que depende do circuito artístico, se alastram através de produções efêmeras sem sentido, mas capazes de provocar discussões relevantes