Com referência aos argumentos hipotéticos apresentados, julg...
Argumento 1:
P1: O governo quer que a ferrovia seja construída, há necessidade de volumosos investimentos iniciais na construção e não haverá demanda suficiente por sua utilização nos primeiros anos de operação.
P2: Como há necessidade de volumosos investimentos iniciais para a construção da ferrovia e não haverá demanda suficiente por sua utilização nos primeiros anos de operação, a taxa interna de retorno do negócio será baixa.
P3: Se a taxa interna de retorno do negócio for baixa, os empresários não terão interesse em investir seus recursos próprios na construção e operação da ferrovia.
P4: Se o governo quer que a ferrovia seja construída e se os empresários não tiverem interesse em investir seus recursos próprios na construção e operação, o governo deverá construí-la com recursos da União e conceder a operação à iniciativa privada.
C1: Logo, o governo deverá construir a ferrovia com recursos da União e conceder a operação à iniciativa privada.
Argumento 2:
Q1: O governo federal constrói a ferrovia com recursos da União ou toma emprestados 70% dos recursos necessários à construção da ferrovia, via Tesouro Direto, pagando juros à taxa SELIC de 9% a.a., e empresta ao empresário, via banco público de desenvolvimento, à taxa subsidiada de 3% a.a.
Q2: Se o governo constrói a ferrovia com recursos da União, remunera o capital do construtor segundo sua taxa mínima de atratividade, que é de 16% a.a.
Q3: É menos oneroso para o governo tomar emprestado via Tesouro Direto, pagando juros à taxa SELIC de 9% a.a. e financiar a construção à taxa subsidiada de 3% a.a, do que remunerar o capital do construtor segundo sua taxa mínima de atratividade, de 16% a.a.
Q4: Se o governo empresta para o empresário 70% dos recursos necessários à construção da ferrovia, à taxa subsidiada de 3% a.a., então a taxa interna de retorno do acionista no negócio supera sua taxa mínima de atratividade.
Q5: Se a taxa interna de retorno do acionista no negócio supera sua taxa mínima de atratividade, então o empresário tem interesse em investir seus recursos próprios em parte da construção e na operação da ferrovia.
C2: Logo, se é menos oneroso para o governo tomar emprestado via Tesouro Direto, pagando juros à taxa SELIC de 9% a.a. e financiar à taxa subsidiada de 3% a.a., do que remunerar o capital do construtor segundo sua taxa mínima de atratividade, de 16% a.a., então o governo toma emprestados 70% dos recursos necessários à construção da ferrovia, via Tesouro Direto, pagando juros à taxa SELIC de 9% a.a., empresta ao empresário, via banco público de desenvolvimento, à taxa subsidiada de 3% a.a., e o empresário terá interesse em investir seus recursos próprios em parte da construção e na operação da ferrovia.
Se o argumento 2 for válido, então a proposição Q3 será verdadeira.
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (9)
- Comentários (15)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Pessoal, a questão é um pouco extensa, mas vamos com calma que dá pra pegar.
Para o argumento ser válido, penso que as premissas devem estar compatíveis com a conclusão. Então, se a premissa Q3 e a conclusão C2 forem V, o argumento será válido; se Q3 for V e C2 F, ou vice-versa, o argumento será inválido, pois houve incompatibilidade. Para confirmar essa ideia, tem-se as questões de Agente PF/04:
Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. ERRADO.
Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido. ERRADO.
Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. ERRADO.
Pois bem, já que a questão colocou "se o argumento 2 for válido", temos uma opção para que isso ocorra:
Q3: D ______________(V)
C2: D -> B ^ E ______(V)
E, para que B^E seja V, temos uma única possibilidade: V^V. Logo, sabe-se que, quando D= V, B=V e E=V, o argumento será válido.
Ok! Já sabemos que, se o argumento for válido, há a possibilidade de Q3 ser verdadeira. Mas agora vamos saber se Q3 será verdadeira apenas nessa circunstância. Se sim, a questão está Correta. Para fazermos isso, temos que imaginar a hipótese de Q3 ser F e ainda assim o argumento ser válido. Abaixo vemos que isso é impossível, pois se D for F, a premissa Q3 será F e a conclusão C2 será V, independentemente dos valores de B ou de E. Veja:
Q3: D__________(F)
C2: F -> B^E.____(V).
Conclusão geral: só tem como o argumento 2 ser válido se a proposição Q3 for verdadeira, pois, se ela for falsa, sempre teremos um resultado a qual o argumento será inválido. Logo, Correta a questão.
Sinval, na verdade essa questão é bem mais simples de se resolver, veja só:
Essa questão em seu gabarito preliminar deu como ERRADO.
Porém a banca alternou para CERTO com todo sentido.
A questão resolve apenas com teoria, ora.. se na redação do item tá dizendo que o Argumento 2 é válido, é claro que a proposição Q3 é verdadeira e as demais também.
Veja a justificativa da banca de alteração do gabarito.
" conteúdo do item está correto, pois, se o argumento 2 for válido, então a proposição Q3 será verdadeira. Por este
motivo, opta‐se pela alteração do gabarito"
http://www.cespe.unb.br/concursos/BACEN_13_ANALISTA_TECNICO/arquivos/JUSTIFICATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO_BACEN_ANALISTA_TECNICO_PARA_P__GINA_DO_CESPE_22_11.PDF
Simples.
A questão já afirma que o argumento é válido.
Dessa forma, tomamos a conclusão como falsa e alguma das premissas como falsa também, que não seja necessariamente a Q3.
E, para a conclusão ser falsa, temos que ter Q3 (V) -->F. Sendo assim, a proposição Q3 é verdadeira.
Tanto no método da conclusão falsa e uma das proposições falsas, quanto no método da conclusão verdadeira e todas as proposições verdadeiras, a proposição Q3 precisa ser verdadeira. Para verificar, considere Q3 como falsa e note que o argumento não será válido.
Fiquei pastando pra entender, agora foi! O enunciado nos diz que o argumento é válido, isso é de enorme ajuda! Por quê? Simples, analisando a estrutura do argumento ele é formado por condicionais e na conclusão também está UM CONDICIONAL! E quando um condicional está na conclusão e o argumento é válido, sabemos que o antecedente é verdadeiro e o resto é falso, então, o antecedente da conclusão é composto pela premissa Q3 ipsis literis "Logo, se é menos oneroso para o governo tomar emprestado via Tesouro
Direto, pagando juros à taxa SELIC de 9% a.a. e financiar à taxa
subsidiada de 3% a.a., do que remunerar o capital do construtor segundo
sua taxa mínima de atratividade, de 16% a.a.", por consequência do raciocínio, isso tem que ser verdadeiro!
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo