As interações medicamentosas envolvendo fármacos com estrei...
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O tema central da questão é sobre interações medicamentosas, especificamente aquelas que envolvem fármacos com estreita margem terapêutica. Entender a margem terapêutica é crucial, pois refere-se à faixa entre a dose mínima eficaz e a dose mínima tóxica de um medicamento. Fármacos com pequena diferença entre essas doses requerem atenção especial devido ao alto risco de toxicidade.
A alternativa correta é a C: Digoxina e espironolactona – pode resultar em toxicidade digitálica.
A Digoxina é um medicamento utilizado para tratar condições cardíacas, e possui uma estreita margem terapêutica, o que significa que pequenas variações na sua concentração podem resultar em efeitos adversos sérios. A Espironolactona pode aumentar os níveis de potássio no sangue e, indiretamente, aumentar a concentração de digoxina, aumentando o risco de toxicidade digitálica. A toxicidade digitálica pode causar sintomas como náuseas, vômitos, arritmias e até mesmo insuficiência cardíaca.
Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
A - Aminofilina e furosemida: Embora a interação entre aminofilina e diuréticos como furosemida possa alterar os níveis de eletrólitos, não é comumente associada a um aumento significativo do risco de toxicidade da aminofilina. Portanto, esta não é a interação mais crítica entre as opções.
B - Amiodarona e fluoxetina: Embora ambas as drogas possam afetar o coração e o sistema nervoso central, a interação direta que leva a um aumento de cardiotoxicidade não é tão destacada na literatura quanto outras interações possíveis.
D - Valproato de sódio e fenobarbital: O uso concomitante pode, de fato, influenciar as concentrações séricas de ambos os medicamentos, mas a consequência mais relevante costuma ser o aumento dos níveis de fenobarbital, não a diminuição do efeito do valproato.
E - Digoxina e metformina: Não há informações suficientes que indiquem uma interação que leve ao aumento da concentração de metformina quando administrada com digoxina. Estas drogas não são conhecidas por interagir de forma crítica uma com a outra neste aspecto.
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spironolactona é um diurético poupador de potássio, tendo como mecanismo de ação o antagonismo da aldosterona.
Digoxina é um glicosídeo digitálico indicado no tratamento de arritmias e insuficiência cardíaca congestiva. Altera a distribuição iônica através da membrana celular, produzindo aumento da contratilidade do miocárdio.
Interação: Foi demonstrado que espironolactona aumenta a meia-vida da digoxina, fato que exige atenção se houver associação destes fármacos, devido ao índice terapêutico estreito da digoxina e, consequentemente, risco de toxicidade digitálica.
Evelly: digoxina + diuréticos de alça aumentam efeito da digoxina.
Para o tratamento da insuficiência cardíaca a digoxina é por vezes tomada juntamente com diuréticos, os quais vão diminuir a concentração de potássio no plasma (furosemida faz isso), aumentando assim os efeitos da digoxina (visto que diminui a competição no sítio de ligação do potássio na bomba Sódio/Potássio-ATPase). Este efeito combinado pode provocar arritmias.
A espironolactona inibe o transporte de digoxina mediado pela P-gp e, desta forma, aumenta o nível plasmático e a toxicidade da digoxina. A interferência de um inibidor de P-gp nos túbulos renais constitui um importante mecanismo de interação entre fármacos (STORPIRTIS et al, 2013; TANIGAWARA, 2000).
Aminofilina e furosemida – pode aumentar o risco de toxicidade da aminofilina. ( furosemida é um diuretico de alça ascendente, atua bloqueando o simporte se sodio, dois cloreto e potassio, ela traz como efeito a hipopotassemia, hipomagnesemia, hiponatremi, hipocloremia, hiperurecemia, hiperglicemia e ototoxicidade.
a aminofilina age inibindo a fosfodilesterase aumentando os mediadores intraceculares cgmp Camp
provancando um relaxamento dos bronquios pulmonares
aminofeilina bronquiodilatador e furosemida é um dioretico, comprometimento do debito cardiaco gerando edema pulmonar sendo o uso da furosemida usado para esse priblema, a aminofilina pode atuar inibindo a adenilato ciclase que convertiaria atp em cAMP que provoca o aumento dos niveis de calcio que aumenta o debito cardiaco, aminofilina bloqueia essa cascata toda, inibindo a fosfodiesterase do tipo 3 que converte AMPc em AMP, essa interacao é boa...
Amiodarona e fluoxetina – pode aumentar o risco de cardiotoxicidade. a amiodarona faz parte do grupo de antiarritimicos ela atua bloqueiando os canais de potassio da celula marca passo, ela inibi a CYP2D6 assim como a fluoxetina que inibi a recapitacao de serotonina e é usada para tratar a depressão...a miodarona pode prolongar o intervalo qt sozinha e quando associado com a fluoxetina esse prolongamento pode ser exarcebado , aumentando o risco de cardiotoxicidade..
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