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Q860789 Pedagogia

“No livro O Mundo como Vontade e Representação, o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) propõe uma metáfora interessante sobre as relações humanas. Ele conta que um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Então se dispersavam, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente companhia e o ciclo se repetia na luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o congelamento. Adolescentes não são porcos-espinhos, mas experimentam, na puberdade, uma condição que os aproxima dos mamíferos descritos por Schopenhauer: a convivência em um grupo. Afinal, ao fazer parte de uma reunião de pessoas que têm algo em comum, o jovem consegue “calor” na forma de aceitação e acolhimento. Ao mesmo tempo, precisa se defender dos “espinhos”, posicionamentos que se chocam contra a sua individualidade e podem degenerar em preconceito e agressividade”.

MARTINS, Ana Rita. Revista Nova Escola Abril, 2010.


A adolescência é caracterizada por inúmeros elementos, dos quais pode-se considerar:


I. a perda do corpo infantil, dos pais da infância e da identidade infantil.

II. a reorganização de novas estruturas e estados de mente.

III. a entrada na fase oral.

IV. a apropriação do novo corpo; a vivência de uma nova etapa do processo de separação-individuação.

V. a construção de novos vínculos com os pais, caracterizados por menor dependência e idealização.


É correto o que se afirma em:

Alternativas

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Alternativa correta: D - I, II, IV e V

A questão aborda o desenvolvimento psicossocial durante a adolescência, uma fase marcada por transformações significativas no corpo e na mente do indivíduo. Ela o faz usando a metáfora de Schopenhauer sobre os porcos-espinhos, que ilustra a busca por um equilíbrio entre a proximidade e a individualidade nas relações humanas. Para resolver a questão com sucesso, é necessário entender as características da adolescência, conforme descritas nas afirmativas.

Vamos analisar por que a alternativa D é a correta:

  • I. a perda do corpo infantil, dos pais da infância e da identidade infantil. Durante a adolescência, ocorre uma transição física e psicológica do estado infantil para um corpo mais maduro. É uma fase em que o jovem começa a se despedir das características e relações da infância.
  • II. a reorganização de novas estruturas e estados de mente. Esta afirmação está correta porque na adolescência há um processo de reorganização cognitiva e emocional, onde novas formas de pensar e sentir são desenvolvidas.
  • III. a entrada na fase oral. Esta afirmação está relacionada com a teoria psicossexual de Freud e não se aplica à adolescência, mas sim, ao início da vida de um indivíduo. Portanto, esta afirmação é incorreta.
  • IV. a apropriação do novo corpo; a vivência de uma nova etapa do processo de separação-individuação. O adolescente passa por mudanças corporais significativas e também por um processo psicológico onde busca sua própria identidade, separando-se da figura dos pais e tornando-se um indivíduo distinto.
  • V. a construção de novos vínculos com os pais, caracterizados por menor dependência e idealização. Adolescente começa a ver seus pais de um modo mais realista e constrói um relacionamento menos dependente e menos idealizado do que na infância.

Com base nessa análise, a alternativa correta é a D, que inclui as afirmativas I, II, IV e V, todas elas refletindo aspectos relevantes do desenvolvimento durante a adolescência.

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Fase oral - desde o nascimento até os 18 meses de idade, em que a boca da criança é o foco de gratificação libidinal derivado do prazer de se alimentar no seio da mãe, e da exploração oral do seu ambiente, ou seja, a tendência em colocar objetos na boca.

 

Logo, não se aplica ao adolescente !
#vamoscomfoco!

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