Durante a lactação, uma empregada que trabalha em ambiente ...
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RESPOSTA LETRA B
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:
I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, , durante a gestação;
III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, , durante a lactação.
ADI 5938
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, conheceu da ação direta de inconstitucionalidade. Por maioria, confirmou a medida cautelar e julgou procedente o pedido formulado na ação direta para declarar a inconstitucionalidade da expressão "quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento", contida nos incisos II e III do art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos pelo art. 1º da Lei 13.467/2017, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Falaram: pelo amicus curiae Confederação Nacional de Saúde - CNS, o Dr. Marcos Vinicius Barros Ottoni; e, pelo amicus curiae Central Única dos Trabalhadores - CUT, o Dr. Ricardo Quintas Carneiro. Presidência do Ministro Dias Toffoli. Plenário 29.05.2019.
Vale lembrar:
NR-7: (M) Mulheres em idade fértil, com valores de Chumbo no sangue (Pb-S) a partir de 30 μg/100ml, DEVEM SER AFASTADAS da exposição ao agente.
Complemento! A questão contém aspecto jurisprudencial acerca das gestantes e lactantes em trabalhos insalubres.
Aqui vale mencionar que o art. 394-A, II e III condicionava o afastamento da lactante a atestado médico que recomendava o afastamento. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal considerou este artigo inconstitucional, entendendo que o trabalho de gestantes e de lactantes em atividades insalubres viola a Constituição Federal.
A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser afastados pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da gestante, ou lactante em apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido, nos termos do julgamento da ADI 5938. é inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento”, contida nos incisos II e III do art. 394-A da CLT, inseridos pelo art. 1º da Lei nº 13.467/2017.
https://cj.estrategia.com/portal/prova-comentada-direito-do-trabalho-pgm-cuiaba-procurador/
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5938 foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e declarou inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento”, contida nos incisos II e III do art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos pela Lei nº 13.467/201712.
A decisão foi baseada na proteção dos direitos sociais e fundamentais das gestantes e lactantes, garantindo que elas não sejam expostas a atividades insalubres sem a necessidade de apresentar um atestado médico. O STF entendeu que a proteção à maternidade e à criança são direitos irrenunciáveis e que a exigência do atestado poderia prejudicar essas trabalhadoras e seus filhos
NA DISCURSIVA:
Trecho do voto de MORAES: "Sob essa ótica, a proteção da mulher grávida ou da lactante em
relação ao trabalho insalubre caracteriza-se como importante direito
social instrumental protetivo tanto da mulher, quanto da criança, pois a
ratio das referidas normas não só é salvaguardar direitos sociais da
mulher, mas também efetivar a integral proteção ao recém-nascido,
possibilitando sua convivência integral com a mãe, nos primeiros meses
de vida, de maneira harmônica e segura e sem os perigos de um ambiente
insalubre, consagrada, com absoluta prioridade, no artigo 227 do texto
constitucional, como dever inclusive da sociedade e do empregador.
A imprescindibilidade da máxima eficácia desse direito social,
proteção à maternidade, portanto, também decorre da absoluta prioridade que o art. 227 do texto constitucional estabelece de integral proteção criança, inclusive, ao recém-nascido. Na presente hipótese, temos um
direito de dupla titularidade
A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos
irrenunciáveis e não podem ser afastados pelo desconhecimento,
impossibilidade ou a própria negligência da gestante ou lactante em juntar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o
recém-nascido"
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