Pode-se depreender do texto a contraposição entre
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2013
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 12ª Região (SC)
Provas:
FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
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FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área Administrativa |
FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Engenharia Civil |
FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Psicologia |
FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Contabilidade |
FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Estatística |
Q330660
Português
Texto associado
Atenção: Para responder a questão,
considere o texto abaixo.
(Adaptado de:Contardo Caligaris, Folha de S.Paulo, 17/10/2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ ult10037u398900.shtml.)
Num passado não muito remoto, cada um era definido
por sua proveniência, e as perguntas iniciais diziam: quem foram
seus pais e antepassados? Onde você nasceu? Quais são
as dívidas que você herdou?
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias façanhas que nos definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos, resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há tempos a sermos representados por nossa vida concreta.
Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os saltimbancos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos, convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa função produtiva.
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias façanhas que nos definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos, resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há tempos a sermos representados por nossa vida concreta.
Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os saltimbancos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos, convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa função produtiva.
(Adaptado de:Contardo Caligaris, Folha de S.Paulo, 17/10/2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ ult10037u398900.shtml.)
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