A Doença de Alzheimer tem uma fisiopatologia caracterizada p...

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Q2319114 Medicina
A Doença de Alzheimer tem uma fisiopatologia caracterizada por evolução lenta e progressiva, com uma fase pré-clínica, que evolui para as manifestações clínicas, inicialmente com sinais de alterações cognitivas que, geralmente, evoluem para um quadro demencial.
Assinale a opção que apresenta um indicador para o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer.
Alternativas

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A alternativa correta é: B - Acúmulo do peptídeo beta-amiloide (Aβ) nos tecidos cerebrais.

Vamos entender o tema central da questão. A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente a memória e outras funções cognitivas. A fisiopatologia dessa doença é complexa, mas um dos principais marcadores para seu diagnóstico precoce é o acúmulo de placas de beta-amiloide no cérebro. Essas placas são formadas quando o peptídeo beta-amiloide se deposita nos tecidos cerebrais, interrompendo a comunicação entre neurônios e levando à morte celular.

Justificativa da Alternativa Correta:

B - Acúmulo do peptídeo beta-amiloide (Aβ) nos tecidos cerebrais: Esta é a resposta correta porque o acúmulo de beta-amiloide é um dos primeiros eventos que ocorrem na Doença de Alzheimer, mesmo antes dos sintomas clínicos se manifestarem. Esse acúmulo é um indicador precoce da doença e é usado como um dos critérios diagnósticos.

Examinando as Alternativas Incorretas:

A - Desmielinação idiopática das células gliais do córtex cerebral: A desmielinação refere-se à perda da bainha de mielina que isola os neurônios. Esse processo é mais característico de outras doenças neurológicas, como a esclerose múltipla, e não é um marcador precoce da Doença de Alzheimer.

C - Ausência da proteína Tau no tecido cerebral: Na verdade, na Doença de Alzheimer, a proteína Tau sofre alterações que levam à formação de emaranhados neurofibrilares, mas sua ausência não é um marcador diagnóstico da doença.

D - Perda de densidade dos emaranhados neurofibrilares (ENFs) na formação hipocampal: Os emaranhados neurofibrilares são, na verdade, mais abundantes na Doença de Alzheimer, não menos. Sua presença é associada à progressão da doença, mas não é um indicador precoce.

E - Degeneração inflamatória da estrutura do sistema límbico: Embora a inflamação possa ocorrer na Doença de Alzheimer, este não é um marcador específico ou precoce, mas sim um evento que ocorre em várias doenças neurodegenerativas.

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A questão versa sobre um indicador para o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer, uma condição neurodegenerativa progressiva. A alternativa B é a correta, pois aponta para o acúmulo do peptídeo beta-amiloide (Aβ) nos tecidos cerebrais. Esse acúmulo é característico da doença e uma das principais alterações patológicas observadas em pacientes com Alzheimer. O peptídeo beta-amiloide forma placas senis, que são depósitos extracelulares encontrados no tecido cerebral de indivíduos afetados. Essas placas são um dos biomarcadores usados para o diagnóstico da doença, especialmente em estágios iniciais. As outras opções não são consistentes com os biomarcadores conhecidos da Doença de Alzheimer: a desmielinação idiopática das células gliais (A) não é típica da doença; a ausência da proteína Tau (C) é incorreta, pois na realidade ocorre uma hiperfosforilação dessa proteína, contribuindo para a formação de emaranhados neurofibrilares; a perda de densidade dos ENFs (D) contraria o que geralmente é observado, que é um aumento desses emaranhados; e a degeneração inflamatória (E) é um evento secundário que pode ocorrer em diversas doenças neurodegenerativas, mas não é um biomarcador específico para o diagnóstico precoce do Alzheimer. Portanto, o acúmulo do peptídeo beta-amiloide é o indicador mais relevante para o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer entre as opções apresentadas.

A alternativa correta é a B: Acúmulo do peptídeo beta-amiloide (Aβ) nos tecidos cerebrais.

Por quê?

  • Acúmulo de beta-amiloide: Uma das características patológicas mais marcantes da Doença de Alzheimer é a formação de placas amiloides, constituídas principalmente pelo peptídeo beta-amiloide (Aβ). Esse acúmulo ocorre anos antes do aparecimento dos sintomas clínicos e é considerado um dos principais marcadores da doença.

Analisando as outras opções:

  • A: Desmielinação idiopática das células gliais do córtex cerebral: A desmielinação geralmente está associada a outras doenças neurológicas, como a esclerose múltipla, e não é específica da Doença de Alzheimer.
  • C: Ausência da proteína Tau no tecido cerebral: A proteína Tau, quando hiperfosforilada, forma os emaranhados neurofibrilares, que são outra característica patológica da Doença de Alzheimer. A ausência da proteína Tau não é um indicador da doença.
  • D: Perda de densidade dos emaranhados neurofibrilares (ENFs) na formação hipocampal: A perda de densidade dos ENFs é um marcador de progressão da doença, mas não um indicador precoce, pois os ENFs se formam após o acúmulo de beta-amiloide.
  • E: Degeneração inflamatória da estrutura do sistema límbico: A inflamação é um processo associado à Doença de Alzheimer, mas não é um marcador específico para o diagnóstico precoce.

Por que o acúmulo de beta-amiloide é um indicador precoce?

  • Precede os sintomas: O acúmulo de beta-amiloide começa anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas clínicos, como perda de memória e dificuldades cognitivas.
  • Marcador patológico: A presença de placas amiloides é uma característica patológica específica da Doença de Alzheimer.
  • Potencial para diagnóstico precoce: A detecção do acúmulo de beta-amiloide através de exames como a PET com fluorodeoxiglicose (FDG-PET) ou a tomografia por emissão de pósitrons (PET) com ligantes para amiloide pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença.

Em resumo:

O acúmulo do peptídeo beta-amiloide nos tecidos cerebrais é considerado um dos marcadores mais importantes para o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer, pois precede o aparecimento dos sintomas clínicos e é uma característica patológica específica da doença.

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