Mário Bunge é um físico, filósofo da ciência e humanista arg...
( ) Lei 1: apresenta uma relação constante e objetiva na natureza. São perceptíveis e são conhecíveis. Podem ser traduzidas como a própria forma como percebemos a natureza.
( ) Lei 2: é o enunciado da lei, ou seja, uma hipótese geral. São reconstruções modificadas das leis objetivas em nível do pensamento racional, podendo ser mais ou menos exatas pelo fato de serem modelos ideais. Toda Lei 2 tem um domínio de validade peculiar e é falível porque depende em parte da experiência.
( ) Lei 3: regula uma conduta e são guias para a ação. São proposições invariantes que dependem do observador, ou seja, são os sistemas referenciais e as condições iniciais, sendo caracterizadas como ferramentas de predição. Assim sendo, as Leis 3 são enunciados empíricos singulares dedutíveis de determinadas hipóteses.
( ) Lei 4: diz respeito ao alcance dos enunciados, ou seja, são as prescrições metodológicas e ontológicas das leis, ou ainda se caracterizando por serem guias para a construção de teorias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é a C - F – V – V – V. Para compreender essa questão, é importante ter um conhecimento sobre a classificação das leis científicas proposta por Mário Bunge, que é um renomado filósofo da ciência. As leis científicas, segundo sua perspectiva, podem ser entendidas como sistemas organizados de conhecimento que visam explicar fenômenos naturais e sociais, sendo categorizadas em diferentes tipos para melhor analisar a sua aplicabilidade e natureza.
Analisando cada assertiva com a respectiva justificativa da alternativa correta:
- Lei 1: Falsa. As leis objetivas da natureza são, de fato, relações constantes na natureza e são conhecíveis, mas não são necessariamente percebidas como tais pelas pessoas. A percepção humana pode ser falível e as leis precisam ser descobertas e descritas cientificamente.
- Lei 2: Verdadeira. Esta assertiva corresponde ao entendimento de que a Lei 2 trata da formulação racional e hipotética das leis objetivas, destacando assim sua natureza como modelos ideais que são submetidos a verificação e podem ser refutados ou confirmados pela experiência.
- Lei 3: Verdadeira. As leis que guiam a ação ou conduzem são, de acordo com Bunge, proposições que nos ajudam a prever eventos com base em condições iniciais e leis fundamentais. Elas dependem do contexto e da escolha de sistemas referenciais evidenciando sua dependência em relação ao observador.
- Lei 4: Verdadeira. A quarta categoria de lei está relacionada ao alcance e à aplicação das leis, oferecendo diretrizes para a construção de teorias e entendimento metodológico e ontológico. Isso significa que elas são axiomas ou princípios que não são diretamente sujeitos a verificação empírica, mas guiam o desenvolvimento teórico.
É essencial para o candidato entender não apenas o que cada lei significa, mas também como elas se inter-relacionam no quadro geral do método científico e da filosofia da ciência que Bunge defende. Essa compreensão ajuda a discernir a função e o papel de cada tipo de lei no avanço do conhecimento científico e na aplicação prática desse conhecimento na vida social.
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