Vargas Llosa reivindica un lugar para el género dramático en...

De acordo com as informações apresentadas no texto, Vargas Llosa em seu livro “A civilização do espetáculo” afirma que na sociedade contemporânea há uma supervalorização do entretenimento, da fofoca e do escândalo em detrimento da cultura. O escritor afirma ainda que “a vida não é só diversão, mas também drama, dor, mistério e frustração”, sem mencionar o gênero dramático, uma corrente literária.

Resposta: Errado

Vargas Llosa diz que a vida não é apenas diversão, mas também drama, dor, misterio e frustração

"A vida não é apenas diversão, mas também drama, dor, mistério e frustração." (L.15-16)
Não sei nada de espanhol, mas assim, por interpretação de texto, quando perguntam se o autor não está "reivindicando um lugar para o gênero dramático na sociedade do espetáculo", se eu me basear na frase acima, ele não está? o gabarito não seria CERTO?
me mandem mensagem qq coisa.
Gracias Muchachos.

Cara Karina,
O item está errado porque o escritor não reivindica um espaço maior para o gênero literário e sim para o drama com um significado mais amplo, como um aspecto psicológico inerente ao ser humano. Em español, uma das acepções da palavra gênero (utilizado na assertiva) é, segundo o dicionário da Real Academia Espanhola: "En las artes, cada una de las distintas categorías o clases en que se pueden ordenar las obras según rasgos comunes de forma y de contenido."

Traduzindo o texto:
Em seu novo livro, A Civilização do Espetáculo, o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa faz uma dura radiografia da crescente banalização que foi apoderando-se das sociedades contemporâneas.
Para Vargas Llosa, esta é a civilização do espetáculo. Ou seja, uma civilização em que a coisa mais importante, em sua escala de valores, é o entretenimento. Vargas Llosa discorda que o entretenimento se tornará o valor supremo, porque isso leva à banalização da cultura, à generalização da frivolidade e, no campo específico da informação, à proliferação do jornalismo irresponsável que se alimenta de fofocas e escândalos. Converter o entretenimento passageiro na aspiração suprema da vida humana é para ele um ideal absurdo e impraticável. "A vida não é só diversão, também drama, dor, mistério e frustração."
Em alguns trechos de seu livro, Vargas Llosa vê irreversível essa tendência à frivolização e considera que a cultura, tal e como ele conheceu, vai desaparecer. Ele se sente como uma espécie de dinossauro no mundo de hoje. Embora os dinossauros - diz - conseguem sobreviver e ser úteis em tempos difíceis. Sim, pode haver escapatória. A história não está escrita, não é fatídica, muda.

Traduzindo a questão:
Vargas Llosa reivindica um lugar para o gênero dramático na sociedade do espectáculo.

Resposta: Errado, pois no trecho Llosa diz que a vida também é drama e não que está querendo inserir o drama na sociedade do espetáculo. Para ele a sociedade do espetáculo foca o entretenimento como estilo de vida. Ele reivindica sim que as pessoas aceitem além da diversão, o drama, a dor, o mistério e a frustração em suas vidas. Buscar somente a diversão leva à banalização da cultura, à generalização da frivolidade. O autor inclusive se posiciona contra essa sociedade do espetáculo, não cabendo, portanto, querer adicionar nada a ela.