Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue...
Texto CB1A1-II
A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.
Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.
Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual.
In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições.
Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.
No terceiro período do primeiro parágrafo, o termo “o
tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista”
desempenha a função de sujeito.
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Texto: “É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos."
“O tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista" é o sujeito do verbo “é" (na ordem direta, temos: “o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista é usual").
Complementando:
Sujeito: é o termo sobre o qual o restante da oração diz algo. É o ser do qual se diz alguma coisa.
Ex.: Pessoas inteligentes estudam muito.
Para identificarmos o sujeito, devemos fazer a pergunta “quem?, o quê? ou quê?" ANTES do verbo. Ex.: João vai prestar o concurso da PF. “QUEM" vai prestar o concurso da PF? R.: João (= sujeito)
O núcleo (isto é, a palavra-base) do sujeito é, pois, um substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.)
Gabarito: CERTO
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Comentários
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É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista
ISSO é usual
Logo, o "ISSO" é o sujeito da oração.
É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista.
Para achar o sujeito da oração podemos fazer a seguinte pergunta ao verbo ou locução verbal:
QUEM é usual?
o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista.
GABARITO: CERTO
é usual ISSO!
Núcleo do sujeito: tratamento
que é que se é usual?
o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista (sujeito)
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