Um veículo da SUFRAMA, conduzido por um servidor do órgão, d...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q369430 Direito Administrativo
Um veículo da SUFRAMA, conduzido por um servidor do órgão, derrapou, invadiu a pista contrária e colidiu com o veículo de um particular. O acidente resultou em danos a ambos os veículos e lesões graves no motorista do veículo particular. Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem.

Provado que o motorista da SUFRAMA não agiu com dolo ou culpa, a superintendência não estará obrigada a indenizar todos os danos sofridos pelo condutor do veículo particular
Alternativas

Gabarito comentado

Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores

No contexto de responsabilidade civil do Estado, é importante entender o conceito de responsabilidade objetiva. Quando um agente público, no exercício de suas funções, causa dano a terceiros, o Estado é responsável por indenizar o prejuízo, independentemente de culpa ou dolo do agente.

A responsabilidade objetiva do Estado está fundamentada na teoria do risco administrativo, que implica a obrigação de reparar o dano sempre que houver um nexo causal entre a ação do agente do Estado e o prejuízo sofrido pelo particular. Isto significa que, mesmo que o servidor da SUFRAMA não tenha agido com intenção ou negligência, a superintendência terá a obrigação de indenizar os danos causados ao condutor do veículo particular, desde que comprovado o nexo de causalidade.

Existem situações que podem excluir a responsabilidade do Estado, como nos casos de força maior, caso fortuito ou culpa exclusiva da vítima. Contudo, para que a responsabilidade seja afastada, o Estado precisa comprovar que o dano decorreu exclusivamente de uma dessas circunstâncias.

Portanto, considerando que o dano foi causado por um servidor da SUFRAMA no exercício de sua função e não há indicação de que houve força maior, caso fortuito ou culpa exclusiva da vítima, a superintendência está sim obrigada a indenizar os danos sofridos pelo condutor do veículo particular.

GABARITO: ERRADO.

Clique para visualizar este gabarito

Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo

Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

responsabilidade é solidária, ou seja, no mesmo "nível", no mesmo "patamar", logo: ela está obrigada a indenizar

Bons estudos!

QUESTÃO ERRADA.

Apenas não haverá ação de regresso contra o motorista servidor, haja vista não ter ocorrido o nexo causal(relação de causalidade entre a conduta e o resultado). Por exemplo: o carro poderia ter derrapado devido a problemas mecânicos, eximindo-se o dolo e culpa do agente.

No entanto, o Estado responderá pelo dano causado ao particular, independentemente de dolo ou culpa do servidor, de acordo com a Responsabilidade Objetiva ou do Risco Administrativo, pois o resultado ocorreu através de uma ação, e não omissão.


RESPONSABILIDADE OBJETIVA: AÇÃO do Estado. Exemplo: motorista de determinado órgão avança sinal vermelho e colide com veículo particular.

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: OMISSÃO do Estado. Deve ficar provado DOLO ou CULPA do agente público. Exemplo: funcionário do DNIT constrói um quebra-molas(lombada) e não instala uma placa de sinalização.


Acredito que outras questões ajudam a responder, vejam:

Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Responsabilidade civil do estado; Previsão constitucional e elementos da responsabilidade civil objetiva do Estado; 

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos eventuais danos que seus agentes causarem a terceiros ao prestarem tais serviços.

GABARITO: CERTA.



Prova: CESPE - 2007 - DPU - Defensor Público

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Responsabilidade civil do estado; Excludentes e atenuantes da responsabilidade civil objetiva e teoria do risco integral; 

Como a responsabilidade civil do Estado por ato danoso de seus prepostos é objetiva, surge o dever de indenizar se restarem provados o dano ao patrimônio de outrem e o nexo de causalidade entre este e o comportamento do preposto. No entanto, o Estado poderá afastar a responsabilidade objetiva quando provar que o evento danoso resultou de caso fortuito ou de força maior, ou ocorreu por culpa exclusiva da vítima. 

GABARITO: CERTA.

Errada.

Em nosso ordenamento jurídico, brasileiro, adote-se a Teoria do Risco Administrativo, segundo a qual o Estado responde objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, independente de dolo ou culpa, bastando apenas que se comprove o nexo de causalidade entre a ação ou omissão do Estado e o dano sofrido pelo administrado.

O ordenamento jurídico administrativo brasileiro adotou a Teoria do Risco Administrativo. Segundo essa teoria, o Estado responde pelos danos causados por intermédio de seus agentes independentemente de culpa em sentido amplo (= dolo ou culpa em sentido restrito), sendo assegurado ao Estado o direito de regresso contra o real causador do dano (ação regressiva), bem como as causas excludentes (caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima, culpa de terceiro, legítima defesa, exercício regular do direito e estado de necessidade) e atenuantes (culpa concorrente da vítima) da responsabilidade civil.

Clique para visualizar este comentário

Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo