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Q2444475 Português
O Sol influencia as mudanças climáticas?


          O Sol é a estrela que mantém o Sistema Solar unido graças à sua gravidade. Sem sua presença, a vida na Terra como a conhecemos não seria possível.

            A conexão e as interações entre a estrela e este planeta determinam as estações do ano, as correntes oceânicas, o tempo e o clima, entre outras coisas, de acordo com a Nasa — agência espacial norte-americana.

          O Sol tem um impacto importante sobre o clima da Terra: ele é considerado um garantidor da vida, pois ajuda a manter o planeta quente o suficiente para que ela exista.

         No entanto, a estrela mais próxima da Terra não é responsável pela tendência de aquecimento global registrada nas últimas décadas.

          De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, o aquecimento global em evidência nas últimas décadas é um evento muito precoce para ser vinculado às mudanças na órbita da Terra e grande demais para ser causado pela atividade solar, diz a agência espacial.

          A Nasa vem estudando a estrela do Sistema Solar há bastante tempo e, segundo a agência, há duas evidências que refutam a crença de que o Sol é a causa do aquecimento global.

            Por um lado, observa a agência, a quantidade de energia solar que atinge a atmosfera superior tem sido monitorada desde 1978, e os cientistas conseguiram determinar que não houve tendência de aumento na quantidade de energia solar que atinge o planeta.

          “Uma segunda evidência irrefutável é que, se o Sol fosse responsável pelo aquecimento global, esperaríamos ver um aumento nas temperaturas em todas as camadas da atmosfera, desde a superfície até a atmosfera superior (estratosfera). Mas, na realidade, o que se observa é um aquecimento na superfície e um resfriamento na estratosfera. Isso é consistente com o fato de esse fenômeno ser devido a um acúmulo de gases que retêm o calor perto da superfície da Terra”, informa a Nasa.

        Como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU aponta, há um amplo consenso científico de que as variações de longo e curto prazo na atividade solar desempenham apenas um papel muito pequeno no clima da Terra.

       De fato, o aquecimento causado pelo aumento dos gases de efeito estufa induzido pelo homem é muito maior do que os efeitos decorrentes das variações recentes da atividade solar.

        Os satélites observaram os níveis de emissão solar por mais de 40 anos e descobriram que eles aumentaram ou diminuíram em menos de 0,1% nesse período. Em contraste, desde 1750 o aquecimento causado pelos gases de efeito estufa provenientes da combustão de combustíveis fósseis é mais de 270 vezes maior do que o leve aumento nas temperaturas do próprio sol no mesmo intervalo de tempo.


(Fonte: National Geographic Brasil — adaptado.)
Sabemos que o emprego da vírgula está intrinsecamente ligado à sintaxe oracional. Nesse sentido, assinalar a alternativa em que, caso retirássemos a(s) vírgula(s), o termo sublinhado mudaria sua função sintática:
Alternativas
Q2444473 Português
O Sol influencia as mudanças climáticas?


          O Sol é a estrela que mantém o Sistema Solar unido graças à sua gravidade. Sem sua presença, a vida na Terra como a conhecemos não seria possível.

            A conexão e as interações entre a estrela e este planeta determinam as estações do ano, as correntes oceânicas, o tempo e o clima, entre outras coisas, de acordo com a Nasa — agência espacial norte-americana.

          O Sol tem um impacto importante sobre o clima da Terra: ele é considerado um garantidor da vida, pois ajuda a manter o planeta quente o suficiente para que ela exista.

         No entanto, a estrela mais próxima da Terra não é responsável pela tendência de aquecimento global registrada nas últimas décadas.

          De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, o aquecimento global em evidência nas últimas décadas é um evento muito precoce para ser vinculado às mudanças na órbita da Terra e grande demais para ser causado pela atividade solar, diz a agência espacial.

          A Nasa vem estudando a estrela do Sistema Solar há bastante tempo e, segundo a agência, há duas evidências que refutam a crença de que o Sol é a causa do aquecimento global.

            Por um lado, observa a agência, a quantidade de energia solar que atinge a atmosfera superior tem sido monitorada desde 1978, e os cientistas conseguiram determinar que não houve tendência de aumento na quantidade de energia solar que atinge o planeta.

          “Uma segunda evidência irrefutável é que, se o Sol fosse responsável pelo aquecimento global, esperaríamos ver um aumento nas temperaturas em todas as camadas da atmosfera, desde a superfície até a atmosfera superior (estratosfera). Mas, na realidade, o que se observa é um aquecimento na superfície e um resfriamento na estratosfera. Isso é consistente com o fato de esse fenômeno ser devido a um acúmulo de gases que retêm o calor perto da superfície da Terra”, informa a Nasa.

        Como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU aponta, há um amplo consenso científico de que as variações de longo e curto prazo na atividade solar desempenham apenas um papel muito pequeno no clima da Terra.

       De fato, o aquecimento causado pelo aumento dos gases de efeito estufa induzido pelo homem é muito maior do que os efeitos decorrentes das variações recentes da atividade solar.

        Os satélites observaram os níveis de emissão solar por mais de 40 anos e descobriram que eles aumentaram ou diminuíram em menos de 0,1% nesse período. Em contraste, desde 1750 o aquecimento causado pelos gases de efeito estufa provenientes da combustão de combustíveis fósseis é mais de 270 vezes maior do que o leve aumento nas temperaturas do próprio sol no mesmo intervalo de tempo.


(Fonte: National Geographic Brasil — adaptado.)
Observando-se as regras de concordância verbal, assinalar a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q2444381 Português
Bauman: Para que a utopia renasça é preciso confiar no potencial humano Dennis de Oliveira

Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que refletem os tempos contemporâneos.

    Nascido na Polônia em 1925, o sociólogo tem um histórico de vida que passa pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, pela ativa militância em prol da construção do socialismo no seu país sob a direta influência da extinta União Soviética e pela crise e desmoronamento do regime socialista. Atualmente, vive na Inglaterra, em tempo de grande mobilidade de populações na Europa. Professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, Bauman propõe o conceito de “modernidade líquida” para definir o presente, em vez do já batido termo “pós-modernidade”, que, segundo ele, virou mais um qualificativo ideológico.

    Bauman define modernidade líquida como um momento em que a sociabilidade humana experimenta uma transformação que pode ser sintetizada nos seguintes processos: a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as de disputa e competição; o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza; a colocação da responsabilidade por eventuais fracassos no plano individual; o fim da perspectiva do planejamento a longo prazo; e o divórcio e a iminente apartação total entre poder e política. A seguir, a íntegra da entrevista concedida pelo sociólogo à revista CULT.

CULT – Na obra Tempos líquidos, o senhor afirma que o poder está fora da esfera da política e há uma decadência da atividade do planejamento a longo prazo. Entendo isso como produto da crise das grandes narrativas, particularmente após a queda dos regimes do Leste Europeu. Diante disso, é possível pensar ainda em um resgate da utopia? 

Zygmunt Bauman – Para que a utopia nasça, é preciso duas condições. A primeira é a forte sensação (ainda que difusa e inarticulada) de que o mundo não está funcionando adequadamente e deve ter seus fundamentos revistos para que se reajuste. A segunda condição é a existência de uma confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo, a crença de que “nós, seres humanos, podemos fazê-lo”, crença esta articulada com a racionalidade capaz de perceber o que está errado com o mundo, saber o que precisa ser modificado, quais são os pontos problemáticos, e ter força e coragem para extirpá-los. Em suma, potencializar a força do mundo para o atendimento das necessidades humanas existentes ou que possam vir a existir.


Adaptado de:
https://revistacult.uol.com.br/home/entrevistazygm unt-bauman/>. 
[Questão inédita]  Em “[...] o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza [...]”, qual é a relação sintático-semântica que a oração em destaque exprime?
Alternativas
Q2444377 Português
        A era dos memes na crise política atual Seria cômico, se não fosse trágico, o estado de irreverência do brasileiro frente à crise em que o país encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de nós mesmos e da acentuada crise político-econômica atual nos instiga a refletir se estamos “jogando a toalha” ou se este é apenas um “jeitinho brasileiro” de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e áudios engraçados expõe um certo tipo de estratégia do brasileiro para lidar com situações de conflito: “Tira a Dilma. Tira o Aécio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota um fio dental, morena você é tão sensual”. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. Não há aquele que não se divirta com essa piada ou outra congênere; que não gargalhe diante dos diversos textos engraçados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, é de “notório saber” que todas as classes estão conscientes da gravidade da situação e que, por conseguinte, concordam que medidas enérgicas precisam ser tomadas. A diferença está na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas.


     A “memecrítica” é uma categoria de crítica social que tem causado desconforto nos políticos e membros dos poderes judiciário e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas.


[...]


Por outro lado, questionar as contradições presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, não garante mudanças sociais de grande impacto. Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social. É preciso o tête-à-tête, o diálogo crítico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um diálogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordâncias, entretanto respeite a opinião divergente, sem abrir mão da ética e do respeito aos direitos humanos.



(Luciano Freitas Filho – Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponível em:<http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/
era-dos-memes-na-crise-politica-atual/>  .)
[Questão inédita] Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto:

I. Em “Tira a Dilma, Tira o Aécio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota o fio dental, morena você é tão sensual”, as aspas cumprem o papel de demarcar citação.

II. Em “jogando a toalha”, as aspas estão demarcando uma expressão idiomática.

III. Em “memecrítica”, as aspas estão demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra.

IV. Em “berço esplêndido” as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade.


Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2444279 Português
Tecnoescravo


Quanto mais nos conectamos, mais nos alienamos.


         Certa vez, enquanto eu estava em um ônibus cheio, um homem sentado ao meu lado atirou seu celular pela janela. Ao ouvir o toque do seu telefone, em vez de atendê-lo prontamente, ele casualmente o jogou fora. Fiquei perplexo. Ele olhou para mim, deu de ombros e desviou o olhar. Eu não tinha ideia se o telefone era seu, se ele o tinha roubado ou sequer se sabia o que era um celular. Mas em um movimento aparentemente despreocupado, ele conseguiu se libertar daquilo que me tem consumido completamente.

    Quando meu celular toca, uma vibração incessante e aborrecida me rouba a atenção imediatamente. Eu praguejo, mas sou incapaz de ignorá-lo. Seja no meio de uma conversa, no chuveiro ou dormindo profundamente, o ressonar do telefone me causa tal pânico e excitação que sou compelido a atendê-lo.

     “A pressão para responder imediatamente ao pulso ou ao chamado deixa os tecnoescravos ansiosos por receber uma mensagem, levam-nos a se afastar na tentativa de obter um melhor sinal e/ou lidar com a urgência do momento como se fosse uma situação de vida ou morte”, escreve Gerald Celente, editor do jornal The Trends Journal. “… E com que propósito? Para dizer ‘alô’, criar intrigas e resmungar ou fazer negócios pelo telefone?”

         A tecnologia deveria nos libertar das amarras do trabalho e nos dar mais tempo livre para o lazer. No entanto, tem acontecido exatamente o oposto. Uma pesquisa realizada em 2005 pelo Leger Marketing para o jornal de tecnologia Computing Canadá mostrou que, para a maioria das pessoas, tecnologia significa mais trabalho e menos tempo com suas famílias. Sejam celulares, Blackberry’s, videogames ou e-mail, nós nos tornamos uma cultura escravizada pelos nossos eletrônicos.

          À medida que as pessoas mergulham ainda mais em seus equipamentos, cientistas e psicólogos começam a considerar a dependência tecnológica um grave problema de saúde pública, colocando-a na mesma categoria que o alcoolismo, o vício em jogos e em drogas. O estresse criado por esse vício tem gerado em suas vítimas artrite, enxaquecas e úlceras. Essas dependências físicas vêm causando ainda excesso de peso, problemas de coluna e de pele. O mais preocupante, no entanto, é o profundo impacto que exerce sobre o nosso desenvolvimento pessoal. Ao que parece, quanto mais conectados estamos, mais alheios ficamos.

        “Os seres humanos estão caindo na armadilha do ciclo da alta tecnologia, que impede suas mentes de viver o presente, observando a vida e absorvendo o que acontece ao seu redor”, descreve Celente. “Enquanto a tecnologia tem alterado radicalmente a vida externa, ainda não atingiu nada tangível capaz de melhorar a vida interna das pessoas: valores morais, emocionais, filosóficos e espirituais.”

          Observando com um olhar vazio a tela do computador por horas a fio, às vezes chego a me perguntar se há, escondida, naquele labirinto tecnológico, alguma mensagem secreta. No entanto, não importa o quanto eu olhe, termino sempre encontrando a mesma resposta: estou aprisionado.


(SLATE, Eric. Tecnoescrevo. Tradução de Nicolaus Linneu de Holanda. Adbusters, n. 77. Acesso em: 10/12/2023.)
Em “Quando meu celular toca, uma vibração incessante e aborrecida me rouba a atenção imediatamente.” (2º), os trechos sublinhados são classificados sintaticamente como:
Alternativas
Respostas
516: B
517: A
518: B
519: C
520: A