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Q2434383 Português

A respeito do uso dos porquês, assinalar a alternativa em que seu emprego está feito de forma CORRETA:

Alternativas
Q2433654 Português

Vida e tempo


Outrora as pessoas morriam mais cedo e nem assim deixavam de fazer as obras que as notabilizavam. Parece que a consciência da brevidade da vida levava-as a intensificar seu trabalho. Era como se, intuitivamente, soubessem que não tinham tempo a perder. Ameaçadas por um número maior de doenças sem cura, não podiam se dar ao luxo de adiar projetos e sonhos. Nossos poetas românticos, por exemplo, deixavam este mundo na flor da idade, ceifados pela sífilis ou pela tuberculose, mas as suas obras pareciam consumadas. Eram o melhor que eles poderiam fazer.

Hoje é diferente. Graças aos avanços da medicina e da farmacologia, nossa média de vida aumentou. Não podemos nos queixar de falta de tempo. Quem antes tinha quarenta ou cinquenta anos se considerava um velho. Hoje o indivíduo com sessenta sente-se disposto a recomeçar a vida. Supõe que ainda terá muito caminho pela frente.

Antigamente o desafio era viver mais. Hoje, é viver melhor. Fala-se muito em qualidade e não em quantidade de vida. Uma vida longa, mas deficiente, não parece valer a pena. Isso nos remete à velha questão: o ideal é viver pouco, mas com intensidade, ou viver muito, porém de forma rotineira e insípida?

Muitos alegam que viver da primeira forma é melhor, mas o que desejam mesmo é permanecer vivos (mesmo que isso implique enfrentar os contratempos da velhice). Há um consenso segundo o qual quem vive muito triunfa sobre os que morrem mais cedo. A longevidade aparece como um troféu que confere ao indivíduo admiração e prestígio, e só os incompetentes e desleixados se deixam colher precocemente pela morte.

Para ganhar esse troféu é preciso se submeter a um tipo de corrida diferente, no qual ganha quem chega por último. Diante disso, é melhor não se apressar. Certamente a melhor fórmula para obter esse prêmio é viver com moderação, evitando o estresse e outros males que nos impulsionam a uma existência trepidante. São grandes os malefícios que essa trepidação traz ao nosso organismo.

Viver devagar, no entanto, é um enorme desafio num mundo em que se exalta a excelência e o acúmulo de realizações. Como botar um freio na rotina se somos permanentemente convocados à competição e, em vista disso, a nossa agenda está sempre cheia? Quem tenta frear o ritmo não raro se sente excluído. Ao buscar se desprender das amarras que o vinculam à engrenagem do dia a dia, é tomado pelo tédio e a insatisfação. Conheço gente que, embora se queixe do excesso de trabalho, não suporta os domingos e feriados. Acha que neles falta alguma coisa.

O fato é que, mesmo com as cobranças do mundo moderno, hoje vivemos mais. Isso não significa que vivamos melhor nem que o maior tempo de que dispomos nos leve a realizações significativas. Todos temos alguns momentos-chave, em que as coisas acontecem, e outros em que nos limitamos a “tocar” biologicamente a vida. Ninguém garante que, se vivesse mais de 24 anos, Castro Alves teria feito poemas superiores aos que fez. Viver mais também não deixa de ser um problema; implica um desafio maior para a conquista e a manutenção da felicidade.


(Disponível em: http://chviana.blogspot.com.br/. Em: abril de 2016. Adaptado.)

Assinale a afirmativa na qual o “que” é pronome relativo.

Alternativas
Q2432652 Português

Leia o Texto I para responder às questões de 1 a 6.


TEXTO I


Curadoria de conteúdo e engajamento do aluno - uma jornada única


Daiana Rocha



Recentemente o site Época Negócios publicou um breve artigo mencionando que a curadoria é o novo marketing. O artigo traz exemplos de como grandes empresas, como Itaú, McDonalds e HBO, têm utilizado a curadoria como geração de conteúdo eficaz e propositivo. O mesmo artigo fala sobre como o ensino se tornou granular e como se encontra conteúdo sobre tudo nas redes e que cada vez mais diferentes tipos de influencers qualificam tais conteúdos.

Pois bem, se aprendemos o tempo todo e a curadoria já faz parte de áreas diversas como uma alternativa de se manter próximo da sociedade, por que não falar mais sobre como a curadoria de conteúdo educacional pode tornar o engajamento dos alunos mais significativo?

Como a curadoria de conteúdo influencia na jornada do aluno

A jornada de estudos de um aluno precisa ser única. Mas, para além disso, o aluno precisa enxergar as conexões que existem entre sua vida e a curadoria de conteúdo que permeia desde as redes sociais que consome, até o conteúdo educacional que descobre durante sua formação. Isso é possível; pode não ser fácil, mas possível é.

Não é fácil porque, como professores curadores, sabemos que precisamos atender objetivos de aprendizagem, competências, legislação e conteúdo programático. Tudo isso em um tempo específico determinado pelos currículos, que muitas vezes ainda seguem uma lógica de aprendizagem tradicional e linear.

Mas é possível, se enxergarmos tudo isso como um grande mapa. Como uma jornada única que conecta emoção e significado aos conteúdos que intercalam teoria e aplicabilidade à resolução de problemas reais.

Ou seja, a seleção do conteúdo precisa ser realizada atendendo as diretrizes educacionais. No entanto, o diferencial da curadoria vai além de selecionar conteúdo. Ela envolve também excluir o excesso de informação, dar evidência ao que é confiável e que vai além da sala de aula.

A jornada da curadoria de conteúdo que proporciona engajamento deve considerar:

  1. O perfil do aluno e a modalidade de ensino;
  2. A seleção do conteúdo de maneira objetiva e prática;
  3. A diversificação de formatos de conteúdo;
  4. A criação de trilhas de aprendizagem significativa, aplicada à realidade do mercado, da profissão.

Para isso, professores e gestores precisam estar conectados com todo o aparato tecnológico de que a IES dispõe, sejam bibliotecas virtuais, portais de objetos de aprendizagem, bancos de questões, laboratórios virtuais.

Saber utilizá-los e acessá-los é fundamental para a realização da curadoria, mas, principalmente, para a concepção da trilha de aprendizagem. E ela que vai conduzir os alunos na sua jornada de estudos antes, durante e após cada período letivo.

Quando a curadoria de conteúdo contempla etapas que cruzam credibilidade do conteúdo, aspectos pedagógicos da aprendizagem, tecnologia e inovação, estamos conectando a qualidade acadêmica com as exigências do mundo digital.

Portanto, cada vez mais precisamos discutir sobre os desafios da curadoria de conteúdo na área educacional. Dessa maneira, podemos preparar nossos professores para tal atividade e pensar em jornadas que levem os alunos para caminhos diferentes conforme suas escolhas.

Receber feedback de nossos alunos sobre o conteúdo curado, por fim, também se torna um requisito primordial para aperfeiçoar as trilhas e cada vez mais tornar a aprendizagem digital próxima da vivência de outras curadorias que consumimos no nosso dia a dia.



Disponível em: https://desafiosdaeducacao.com.br/curadoria-de-conteudo-e-engajamento-do-aluno/ (Adaptado). Acesso em: 8 jan 2023.

Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma proposta de reescritura de trecho do texto que não acarreta desvio à norma padrão.

Alternativas
Q2429727 Português

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no seguinte texto, observando a grafia, regência e acentuação das palavras.


_______água gelada não prende gordura no fígado?

Por dois motivos. O primeiro é a que a bebida nem passa por este órgão ao ser ingerida,________ o percurso natural é atravessar o esôfago e o estômago e ser absorvida pelas paredes do intestino delgado, de onde segue pela corrente sanguínea até chegar_______ rins. O segundo é que a gordura no fígado é resultante de fatores que nada ________ com a água, seja ela da temperatura que for.

Alternativas
Ano: 2023 Banca: CETAP Órgão: FASEPA Prova: CETAP - 2023 - FASEPA - Pedagogo |
Q2426953 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.


O bebê infrator.

Otto Lara Resende.


Não quer fazer julgamento precipitado nem falar de cadeira, isto é, sentado com todo o conforto e longe da tragédia. Mas me pergunto em que é que mudou esse problema que já nem sei como chamar. Sei que foi massificado com a legião dos meninos de rua. Botar uma etiqueta num problema ajuda a esquecê-lo.

Menor, inicialmente, era menor de idade. Daí apareceu a palavra "demenor" pronunciada "dimenor" pelos próprios meninos. "Sou dimenor" é um prévio perdão.

São cada vez mais precoces, os meninos. Aos 14 anos, um garoto dirige como gente grande. O videogame não tem segredo para uma criança de sete anos. A idade da razão é hoje a idade do computador. Se é assim para os que têm videogame e carro, não é diferente para os que não têm. Ou têm caco de vidro e estilete, faca e pedaço de pau. São também precoces os chamados "despossuídos". Um antigo relatório dos anos 50 falava em "desvalidos". Da sorte acrescentava.

Era o tempo do SAM, uma abjeção. Uma denúncia dramática liquidou a sigla e o respectivo Serviço de Assistência ao Menor. No lugar veio a Funabem. Outra sigla, outra torpeza. Agora é a Febem. Duas sílabas. "Fe" de felicidade e "bem" de bem-estar. Ou de bem aventurança. Era isto, presumo, o que estava na cabeça dos que bolaram o Estatuto da Criança e do Adolescente. Absoluta prioridade para a criança, garante a Constituição.

Aí a gente vê o que vê na televisão. Tatuapé é um filme de horror. Ao vivo e real. O drinque desce redondo, como se diz. E o jantar está na mesa. Ainda bem que é fácil apagar das nossas retinas fatigadas aquele trecho do inferno. Tatuapé mancha, nódoa social, se desmancha. Não será um tatu a pé que vai atrapalhar nossa digestão. Viva o trocadilho. Mais um pouco e um grupo de extermínio é apenas um esportivo grupo de caça. Ao tatu, por exemplo.

Quando a República foi proclamada, há 102 anos já estava no ar o discurso. Podem checar. Uma bela retórica. A república ía alfabetizar e pôr na linha todos os brasileirinhos, livres enfim do atraso. E começou o enxurro de exposição de motivos, discursos, leis e códigos. Hoje é difícil saber o que é maior. Se o papelório ou se o problema. Aí vem a ideia luminosa: por que não baixar a idade? Aos 16 anos, o menor pode, sim, ser responsável.

Criminalmente responsável. Deixa de ser menor. Por que não aos 14 anos? Ou aos sete? Por que não ao nascer? É isto mesmo: todo bebê é um criminoso. E nato!


Folha de São Paulo. 10 abr. 1992. Acervo Instituto Moreira Salles.

Em: "Mas me pergunto em que é que mudou esse problema que já nem sei como chamar.", há correta identificação morfológica:

Alternativas
Respostas
51: A
52: D
53: D
54: E
55: A