Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre funções morfossintáticas da palavra se em português

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Q744912 Português

A partícula “SE” possui várias formas de uso, sendo assim, analise as afirmativas a seguir:

I - Como pronome, o “SE” pode ser Pronome Pessoal Reflexivo: neste caso a ação envolve dois sujeitos, em que ambos praticam a ação um sobre o outro, e portanto também sofrem a conseqüência da ação praticada.

II - Como pronome, o “SE” pode ser Pronome Pessoal Recíproco: Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele mesmo receberá suas conseqüências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação.

III – Como pronome apassivador o “SE” serve para indicar que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Chamamos de sujeito “paciente”. O pronome apassivador segue um VTD (verbo transitivo direto) que esteja na 3ª (terceira) pessoa.

IV – O “SE” também pode ser utilizado como pronome indefinido, chamado ainda de índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado, e por muitos gramáticos não é considerado um pronome.

V - Como conjunção subordinativa, o “SE” pode ser condicional, podendo ser substituído pelas construções 'já que', 'visto que' e 'por que'. É utilizado na oração subordinada para indicar a condição da oração principal.

Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q744637 Português

    No mundo inteiro, busca-se melhorar a segurança no trânsito com ações de engenharia, de fiscalização e de educação. Todas as experiências em educação de crianças e de adolescentes objetivam _________ como pedestres e ciclistas, bem como contribuir para a formação de cidadãos que respeitem a legislação e que não se envolvam em acidentes de trânsito. Espera-se que as lições aprendidas na escola perdurem até que esses jovens cresçam e tornem-se motoristas.

    Exceto por pouquíssimos programas educativos que adotam a cidadania como referência para desenvolver a consciência crítica sobre direitos e deveres no trânsito, quase todas as práticas educativas existentes no Brasil e no Exterior abordam o tema sob o ponto de vista informativo. Partem da premissa de que os alunos precisam conhecer comportamentos seguros para atravessar as vias (treinamento de habilidades psicomotoras).

    Essa prática reflete a visão de que o homem precisa adaptar-se ao automóvel, e os acidentes não são entendidos como consequência de um modo de vida que cultua o individualismo e a competição. A grande maioria das ações educativas atuais, portanto, colabora para a dominação da máquina sobre o homem. Se aos alunos não for permitido refletir criticamente sobre o trânsito, sobre as consequências da liberdade do automóvel no sistema viário, e se eles não puderem vivenciar os valores éticos, as ações educativas não estarão contribuindo para a formação de cidadãos nem de motoristas que respeitem as regras por ____________ como condição fundamental para a vida em sociedade.

    (…)

http://www.sinaldetransito.com.br - adaptado

Analisar os itens abaixo: I - “Se aos alunos não for permitido refletir criticamente sobre o trânsito...” II - Nas escolas, ensina-se a educação no trânsito atualmente. A palavra “se” em I e II, respectivamente, classifica-se de:
Alternativas
Q742884 Português

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o próximo item.

A oração “que os genéricos sejam bem mais baratos” (l. 13 e 14) funciona como o complemento da forma verbal “espera-se” (l.13), na qual o sujeito é indeterminado pela partícula “se”.

Alternativas
Q742877 Português

Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.

Na linha 3, o termo “se” é um pronome apassivador e, caso sua colocação fosse alterada de proclítica — como está no texto — para enclítica — que a doença transmitia-se —, essa alteração incorreria em erro gramatical.

Alternativas
Q732878 Português

Texto para a questão

"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar"

ENTREVISTA - Zygmunt Bauman


O sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman é um dos intelectuais mais respeitados e produtivos da atualidade. Aos 84 anos, escreveu mais de 50 livros. Dois dos mais recentes, “Vida a crédito” e “Capitalismo Parasitário” chegam ao Brasil pela Zahar. As quase duas dezenas de títulos já publicados no País pela editora venderam mais de 200 mil cópias. Um resultado e tanto para um teórico. Pode-se explicar o apelo de sua obra pela relativa simplicidade com que esmiúça aspectos diversos da “modernidade líquida”, seu conceito fundamental. É assim que ele se refere ao momento da História em que vivemos. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Disso resultariam, entre outras questões, a obsessão pelo corpo ideal, o culto às celebridades, o endividamento geral, a paranoia com segurança e até a instabilidade dos relacionamentos amorosos. É um mundo de incertezas. E cada um por si. Em entrevista à ISTO É, por e-mail, o professor emérito das universidades de Leeds, no Reino Unido, e de Varsóvia, na Polônia, falou também sobre temas que começou a estudar recentemente, mas são muito caros aos brasileiros: tráfico de drogas, favelas e violência policial.

ISTOÉ - O que caracteriza a “modernidade líquida”?

ZYGMUNT BAUMAN - Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida.

ISTOÉ - As pessoas estão conscientes dessa situação?

ZYGMUNT BAUMAN - Acredito que todos estamos cientes disso, num grau ou outro. Pelo menos às vezes, quando uma catástrofe, natural ou provocada pelo homem, torna impossível ignorar as falhas. Portanto, não é uma questão de “abrir os olhos”. O verdadeiro problema é: quem é capaz de fazer o que deve ser feito para evitar o desastre que já podemos prever? O problema não é a nossa falta de conhecimento, mas a falta de um agente capaz de fazer o que o conhecimento nos diz ser necessário fazer, e urgentemente. Por exemplo: estamos todos conscientes das consequências apocalípticas do aquecimento do planeta. E todos estamos conscientes de que os recursos planetários serão incapazes de sustentar a nossa filosofia e prática de “crescimento econômico infinito” e de crescimento infinito do consumo. Sabemos que esses recursos estão rapidamente se aproximando de seu esgotamento. Estamos conscientes — mas e daí? Há poucos (ou nenhum) sinais de que, de própria vontade, estamos caminhando para mudar as formas de vida que estão na origem de todos esses problemas.

ISTOÉ - Ao se conectarem ao mundo pela internet, as pessoas estariam se desconectando da sua própria realidade?

ZYGMUNT BAUMAN - Os contatos online têm uma vantagem sobre os offline: são mais fáceis e menos arriscados — o que muita gente acha atraente. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar. Caso as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto, você pode simplesmente desligar, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa. Atrás do seu laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode se cortar fora dos desconfortos do mundo offline. Mas não há almoços grátis, como diz um provérbio inglês: se você ganha algo, perde alguma coisa. Entre as coisas perdidas estão as habilidades necessárias para estabelecer relações de confiança, as para o que der vier, na saúde ou na tristeza, com outras pessoas. Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos que pratique. O problema é que, quanto mais você busca fugir dos inconvenientes da vida offline, maior será a tendência a se conectar.

ISTOÉ - E o que o senhor chama de “amor líquido”?

ZYGMUNT BAUMAN - Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação. O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade permanente, pairando acima dele. Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam percebendo. É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade.

ISTOÉ - O que o sr. diria aos jovens?

ZYGMUNT BAUMAN - Eu desejo que os jovens percebam razoavelmente cedo que há tanto significado na vida quando eles conseguem adicionar isso a ela através de esforço e dedicação. Que a árdua tarefa de compor uma vida não pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis. A vida é maior que a soma de seus momentos.

Entrevista a Adriana Prado, publicada em 24.Set.10, disponível em http://www.istoe.com.br/assuntos/entre vista/detalhe/acesso 04 de março de 2016.

Analise as assertivas acerca do uso do SE nos seus níveis morfológicos e sintáticos:
I. Pode-se explicar o apelo de sua obra pela relativa simplicidade com que esmiúça aspectos diversos da “modernidade líquida”, seu conceito fundamental. Morfologicamente pronome pessoal oblíquo átono e sintaticamente partícula apassivadora. II. É assim que ele se refere ao momento da História em que vivemos. Morfologicamente, pronome pessoal oblíquo átono e sintaticamente é um objeto indireto. III. [...] se você ganha algo, perde alguma coisa. Morfologicamente pronome pessoal oblíquo átono e sintaticamente índice de indeterminação do sujeito.
Está (ão) correto (s).
Alternativas
Respostas
596: B
597: A
598: E
599: C
600: A