Questões de Concurso

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Q2569739 Português

Como surgiu o Carnaval?



    O Carnaval surgiu a partir de várias comemorações que aconteciam na Antiguidade entre egípcios, gregos, romanos e outros povos. Essas festas celebravam a colheita e homenageavam deuses. Um exemplo eram as saturnálias, na Roma antiga, para Saturno, deus da agricultura, quando o povo dançava pelas ruas.

     Durante a Idade Média, a época das festas antigas foi adotada pela Igreja Católica para marcar o período antes da Quaresma (antes da Páscoa), quando o consumo de carne era proibido. Estaria aí a explicação para o termo Carnaval: viria do latim carnem levare (retirar ou ficar livre da carne).

        Ao longo do tempo, uma das mais famosas festas inspiradas nas celebrações da Antiguidade foram os bailes de máscaras europeus. Na Itália, por volta do século 13, só os nobres participavam. No século 19, máscaras e fantasias se tornaram populares.

     A folia se modificou de acordo com a região. No Brasil, por exemplo, a influência foi o entrudo, a partir do século 17: festa portuguesa em que eram comuns brincadeiras com água. Com o tempo, ganhou outros elementos, como as marchinhas no final do século 19.

        O primeiro bloco brasileiro de Carnaval de que se _____ notícia saiu pelas ruas do Rio de Janeiro em 1846 sob o comando do português José Nogueira de Azevedo Prates, conhecido como Zé Pereira: ele começou a tocar bumbo e atraiu outros foliões. A brincadeira não parou mais!

       Em 1929, uma turma de foliões carioca resolveu se organizar sob o nome de “Deixa Falar”. Na época, parecido com blocos de rua, o grupo se tornou a primeira escola de samba brasileira (dela surgiria a atual Estácio de Sá).

        Os trios elétricos já _____ quase 70 anos! Apareceram quando os músicos baianos Dodô e Osmar colocaram alto-falantes num carro e saíram pelas ruas de Salvador. No ano seguinte, o veículo ficou maior até chegar aos grandes trios de hoje em dia.

      Também é comum ver na Bahia os grupos de afoxé, como os Filhos de Gandhy. Eles _____ origem no período da escravidão, quando os negros usavam trajes africanos para cantar e dançar. Além disso, há Carnaval de rua em outras cidades, como nas pernambucanas Recife e Olinda, com muito frevo e bonecos gigantes — chegam perto dos 4 metros de altura!



(Fonte: Recreio — adaptado.)

“Em terra de cego, caolho é rei.” A vírgula foi empregada pelo mesmo motivo do ditado popular em: 
Alternativas
Q2569444 Português
Leia o texto e responda à questão.

Ministério da Saúde lança campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram, nessa quarta-feira (29), campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a pasta em nota.
Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, lembrado nesta sexta-feira (31) e que, este ano, tem como tema Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco.
“Por meio de linguagem jovem, a campanha visa a promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.”
O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.
“Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas”, ressaltou a pasta. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental.”
Ainda de acordo com o ministério, o consumo de tabaco é considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de saúde classificadas como “debilitantes”.
“Alguns estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em mulheres grávidas pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral do feto. Já a exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.”
Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução proibindo a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil. Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

Disponível em: https://portalcorreio.com.br. Acesso em 31/05/2024. Adaptado)
“[...] a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.”
Assinale a alternativa que contém a explicação ADEQUADA para o uso das cinco vírgulas no trecho. 
Alternativas
Q2568902 Português
TEXTO 1

AS MULHERES E AS GUERRAS

Estados em que mulheres viviam oprimidas apresentavam índices mais altos de prisioneiros políticos, assassinatos, desaparecimentos. Veja artigo sobre mulheres e guerras. A condição social das mulheres guarda relação direta com as guerras. Esse é o tema de uma revisão científica publicada pela revista “Science”.

Desde os primórdios da humanidade, os homens se matam nas batalhas. Esqueletos desenterrados de cavernas pré-históricas exibem mais fraturas na cabeça, quando pertencem ao sexo masculino. No entanto, identificar e separar fatores biológicos daqueles culturais envolvidos na gênese da violência, é tarefa intelectual de alta complexidade. Até a década de 1990, os estudos ressaltavam que o subdesenvolvimento, a falta de democracia, a existência de um grande número de jovens desempregados e o nacionalismo estavam por trás dos conflitos armados. Em 2000, Mary Caprioli, da Universidade de Minnesota, surpreendeu os especialistas ao publicar um trabalho, no qual relacionava a posição subalterna da mulher na sociedade com as revoluções e as guerras entre os países.

A afirmação enfrentou reações acaloradas, porque contrariava o conceito clássico de que o sexo feminino estaria associado à maternidade e à vida em paz por razões evolutivas e por imposições biológicas, como a baixa produção de testosterona. Um dos principais críticos, Erik Melander, da Universidade de Upsala, decidiu testar essa hipótese a partir de uma avaliação do status feminino em diversas sociedades, que levava em conta o sexo da maior liderança do país, a proporção de mulheres no Legislativo e o número delas com acesso ao ensino superior.

Para sua surpresa, os resultados não foram diferentes. Estados em que as mulheres viviam oprimidas apresentavam índices mais altos de prisioneiros políticos, assassinatos, desaparecimentos e maior risco de envolvimento em guerras civis e internacionais. O problema metodológico com esses estudos é que não comprovam a relação de causa e efeito. A desigualdade entre os sexos poderia ser simples consequência de outros fatores ligados ao comportamento violento: pobreza, baixo nível educacional, fanatismo religioso e atraso cultural.

Sociedades em que as minorias são discriminadas têm maior probabilidade de envolver-se em guerras externas e internas. No livro “War and Gender” (Guerra e Gênero) o professor americano Joshua Goldwin abordou o seguinte aspecto: embora existam diferenças biológicas que mantêm a mulher afastada dos campos de batalha — como os cuidados com a prole –, elas sempre interagem com os valores culturais. Segundo ele, os níveis de testosterona que aumentam quando um homem ganha dinheiro, é promovido no trabalho ou ganha um jogo, não explicam as diferenças bélicas entre suecos e paquistaneses, nem entre os suecos de hoje e seus antepassados vikings. Em seus estudos, a visão que mulheres e homens têm da guerra são muito mais semelhantes do que se imagina.

Diante da pergunta: “O conflito árabe-israelense deve ser resolvido pela via militar ou diplomática?”, as escolhas de mulheres e homens israelenses, egípcios, palestinos e kuvaitianos foram praticamente iguais. Quando os mesmos participantes responderam se era mais importante mandar para a escola um menino ou uma menina, as preferências machistas estavam tão associadas à beligerância, que o autor concluiu: “É possível prever quando uma pessoa optará pela guerra ou pela paz entre árabes e judeus, com base apenas no que pensa sobre igualdade sexual”. Conclusões similares foram tiradas nas pesquisas sobre preconceitos étnicos: sociedades em que as minorias são discriminadas têm maior probabilidade de envolver-se em guerras externas e internas.

Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/as-mulheres-e-as-guerras-artigo/ Acesso em 13/10/2023. (Adaptado)
Releia o trecho:
“A desigualdade entre os sexos poderia ser simples consequência de outros fatores ligados ao comportamento violento: pobreza, baixo nível educacional, fanatismo religioso e atraso cultural.”
Em relação às regras de pontuação, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q2567711 Português
É preciso proteger o livro, quem o produz e quem o lê


Sevani Matos, Dante Cid e Ângelo Xavier



      “Por vezes ganhamos mais experiência com o que lemos do que com o que vemos”, nos sentencia Miguel de Cervantes. Ele faleceu em 1616, por coincidência no mesmo dia de outros dois grandes escritores, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Veja: 23 de abril, quando celebramos o Dia Mundial do Livro.

      É uma data para homenagear não apenas os que têm o ofício da escrita, mas também todos aqueles envolvidos no segmento: editores, tradutores, ilustradores, revisores. E não se pode esquecer, claro, dos leitores. Afinal, é por eles que toda essa cadeia de produção se movimenta. Mas também nesta data celebramos o Dia do Direito do Autor.

     Trata-se, _________, de oportunidade ímpar para se discutir o papel do criador e seu consequente reconhecimento. Uma obra – literária ou não – é fruto não apenas de um lampejo criativo individual, mas de um empenho que deve ser reconhecido pela sociedade, legalmente passível de proteção econômica, por meio de leis nacionais e tratados internacionais de direitos autorais.

        Num mundo que debate os impactos da inteligência artificial (IA) na sociedade, é ainda mais imperioso discutirmos o direito do autor. Afinal, o bom desempenho de ferramentas de IA generativa está diretamente relacionado ao uso que se faz de criações e obras de criadores diversos, como os escritores.

     É fato que as big techs, que faturam bilhões e alardeiam pesados investimentos em inovação, desconsideram totalmente os direitos autorais de quem produz as obras que garantem o êxito das ferramentas de IA generativa.

     Em fevereiro deste ano, o Copyright Committe da IPA, instituição da qual a Abrelivros, a CBL e o SNEL são membros, emitiu um posicionamento a favor do arcabouço jurídico existente. A instituição entende que a compilação, o tratamento, o armazenamento e a cópia de obras autorais para treinar modelos de IA implicam direitos exclusivos dos autores que não podem e não devem ser ignorados. Ou seja, empresas de IA generativa têm o dever de licenciar obras que pretendam utilizar em seu benefício.

      Não custa lembrar que os princípios básicos norteadores dos direitos dos autores levam em consideração questões de ética e transparência. Acreditamos que o respeito aos direitos autorais é de extrema relevância para que se assegure uma produção literária e artística de qualidade, em prol do desenvolvimento social e cultural de uma nação. Lutar por uma indústria editorial robusta é um preceito de quem defende a pluralidade de ideias, a disseminação do conhecimento e a liberdade de expressão.

      Somos sabedores de que, na era digital, o licenciamento e o registro de direitos são ainda mais fáceis de realizar, de forma rápida e segura. Discutir como proteger o direito do autor em tempos de IA é, portanto, urgente. E esse debate é ainda mais crucial quando pensamos que, nos últimos tempos, o livro tem sido, no Brasil e em várias partes do mundo, alvo de ataques e censuras.

   Calar a voz do autor e silenciar os seus direitos são um gigantesco retrocesso civilizatório. 



Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/04/e-preciso-proteger-o-livro-quem-o-produz-e-quem-o-le.shtml/. Adaptado.

Considere a sentença a seguir:

Uma obra — literária ou não — é fruto não apenas de um lampejo criativo individual, mas de um empenho que deve ser reconhecido pela sociedade, legalmente passível de proteção econômica, por meio de leis nacionais e tratados internacionais de direitos autorais.

Essa sentença pode também ser corretamente pontuada, sem alteração de sentido, da seguinte forma: 
Alternativas
Q2566832 Português
Um filme revolucionário


    Para muitos, a época do Natal é o momento da suprema hipocrisia. Durante 24 horas, ou talvez 48, os sorrisos são forçados, os sentimentos são de plástico e a gentileza, se merece o nome, não consegue esconder completamente a profundidade do ressentimento contra amigos ou familiares.

   Mas será que os mortais ainda se lembram do sorriso franco, dos sentimentos limpos e de uma gentileza genuína? Será que sentem saudades?

    Para esses nostálgicos, aconselho o filme “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, inspirado no livro “Foster”, de Claire Keegan. É o meu filme do ano, para usar a linguagem gasta dos balanços jornalísticos.

   A história é simples, ou parece simples: Cáit (espantosa Catherine Clinch) é uma criança de nove anos que sobrevive (é o termo) numa família que a ignora e despreza. O seu método de sobrevivência é o silêncio, a quietude e a observação. Para usar uma palavra clássica, Cáit é uma “enjeitada”. A mãe é uma figura exausta e ausente. O pai alcoólatra tem a delicadeza própria das bestas. E as irmãs mais velhas são espectros sem rosto e sem voz.

    Mas então os pais, que esperam uma nova criança e não têm tempo para Cáit, decidem enviá-la para a casa de Eibhlín e Seán, familiares distantes, só para passar o verão, e a garota é assim levada para um ambiente estranho. Decisão milagrosa, pois eles acolhem-na e, logo nos primeiros momentos, entendemos que algo mudou. Uma diferença nos gestos, digamos assim. Gestos de quem cuida.

    Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas, as suas rotinas, as suas conversas. Lentamente, a “menina silenciosa” vai saindo do seu casulo. “A Menina Silenciosa” é um filme revolucionário por tratar do mais revolucionário dos temas: a bondade humana.

     Não é uma daquelas virtudes mentirosas para ser exibida nas redes sociais e que apenas serve para alimentar a vaidade do suposto virtuoso. Também não é uma mera proclamação ideológica, abstrata, ideal, própria de quem ama a humanidade, mas despreza o ser humano comum.

      Como lembrava Emmanuel Levinas*, a bondade é uma virtude interpessoal. Ela só acontece face a face. A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento. E, como no filme, talvez seja um dia reciprocidade.


(João Pereira Coutinho. ‘A Menina Silenciosa’ é um filme revolucionário ao tratar da bondade humana. www.folha.uol.com.br/colunas, 22.12.2023. Adaptado)


*Emmanuel Levinas: filósofo francês (1906-1995)
Os parênteses empregados no quarto parágrafo sinalizam observações do autor que são
Alternativas
Respostas
66: A
67: A
68: A
69: A
70: B