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Q2521877 Português
Leia o texto para responder à questão.

Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade

    Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
      Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
    Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
    Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
    Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.

(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
No trecho do 2º parágrafo – Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis. –, os dois-pontos foram empregados para introduzir uma
Alternativas
Q2521807 Português
A alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão de concordância verbal é:
Alternativas
Q2521805 Português
Leia o texto, para responder à questão.

    Com tanta coisa acontecendo no mundo, deve ser molez a arranjar assunto fresquinho para escrever. Foi o que me disseram outro dia, e me flagrei pensando: quem dera.
    Recebemos uma overdose de informação, mas isso não significa que os acontecimentos sejam surpreendentes a ponto de fazer a festa dos colunistas. É leite tirado de pedra diariamente. Como ser original quando tudo se repete e repete e repete?
    O Brasil inteiro está comentando a lista de convocados pelo técnico, uns o criticando, outros o absolvendo, e daqui a pouco uma nova Copa começará em que a nossa seleção terá boa chance de vencer, e alguma de perder. Já não passamos por isso antes, igualzinho?
    Questões envolvendo a extradição de um criminoso, ataques sangrentos em alguns países, crise nas Bolsas de Valores, barreiras comerciais afetando a relação entre países, alerta para chuva forte, violência nas estradas. Mais do mesmo.
    Atos insanos surgem aqui e ali, nos escandalizando por alguns dias, fazendo com que discutamos sobre mentes d oentias e a necessidade que tantos têm de espetacularizar a própria história, e então, passado o susto, viramos a página.
    Crises econômicas, conflitos religiosos, garotos matando colegas de aula, casamentos e separações de celebridades, denúncias de corrupção, tendências da moda outono-inverno, últimos capítulos de novela. O que ainda suspende a nossa respiração? O que é que ainda falta dizer? O que ainda nos deixa perplexos? Como ofertar um pouco de originalidade ao leitor? Que pretensão.
    É só um desabafo: hoje os absurdos se sucedem em e scala industrial e os fatos novos são como mariposas, nascem e morrem no mesmo dia. Por essas e outras, persevero no trivial, que, contrariando sua natureza, passou a ser o inusitado da vida.

(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
Observe os trechos destacados na passagem a seguir.

O Brasil inteiro está comentando a lista de convocados pelo técnico, uns o criticando, outros o absolvendo, e daqui a pouco uma nova Copa começará em que a nossa seleção terá boa chance de vencer, e alguma de perder. Já não passamos por isso antes, igualzinho?

A alternativa em que esses trechos estão substituídos de acordo com a norma-padrão de regência e emprego do sinal de crase é:
Alternativas
Q2521361 Português

Atenção: Leia o texto a seguir e responda a questão:


O que é SAMU?


    As pressões sobre os serviços de urgência e emergência têm aumentado em face de mudanças demográficas, epidemiológicas e sociais, por isso muitos países organizaram sistemas para atendimento às urgências e emergências, sob modelos distintos.

        Em 2011, o Ministério da Saúde lançou a Rede denominada Saúde Toda Hora, que está reorganizando a Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). Com este novo modelo, o Ministério da Saúde está ampliando o acesso da população brasileira aos serviços de urgência e emergência na rede pública, garantindo atendimento rápido, universal, equânime e adequado aos pacientes, o que ajuda a reduzir mortes e sequelas, além de diminuir o tempo de espera. Integram a Rede os serviços da Atenção Básica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), as UPAs 24 horas, as Salas de Estabilização, o S.O.S Emergências e a Força Nacional do SUS.

     No Brasil, o SAMU 192 teve início através de um acordo bilateral, assinado entre o Brasil e a França, através de uma solicitação do Ministério da Saúde. Foi criado em 2003 e oficializado pelo Ministério da Saúde por meio do Decreto nº. 5.055, de 27 de abril de 2004. Hoje, a PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012 - Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências.

      O SAMU, no Brasil, propõe um modelo de assistência padronizado que opera através do acionamento à Central de Regulação das Urgências, com discagem telefônica gratuita e de fácil acesso (linha 192), com regulação médica regionalizada, hierarquizada e descentralizada.

    Para o planejamento, implantação e implementação da regionalização, interiorização e ampliação do acesso ao SAMU 192 no Brasil, deverá ser utilizado, prioritariamente, o parâmetro de tempo-resposta, ou seja, o tempo adequado tecnicamente transcorrido entre a ocorrência do evento de urgência e emergência e a intervenção necessária.

     A função básica de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é responder de forma organizada, a fim de evitar o uso excessivo de recursos, a toda situação de urgência que necessite de meios médicos, desde o primeiro contato telefônico até a liberação das vítimas ou seus encaminhamentos aos serviços de saúde. O sistema deve determinar e desencadear a resposta mais adequada para o caso, assegurar a disponibilidade dos meios hospitalares, determinar o tipo de transporte exigido e preparar o acolhimento dos pacientes nos serviços de saúde.

     Entretanto, o SAMU 192, ultrapassa a dimensão do atendimento, assistência e transporte de vítimas. Ocupa-se, também, de conhecer a magnitude, caracterização e tendências no que diz respeito a tempo médio de resposta dos atendimentos de urgência, percentual de atendimento por meio de intervenção básica e avançada e tipos de atendimentos, propiciando uma postura mais pró-ativa frente a morbidade/mortalidade.

     A informação da demanda feita à Central de Regulação das Urgências, assim como dos atendimentos realizados pelo SAMU, é estratégica para o planejamento das ações de uma atenção cada vez mais qualificada em todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências, de acordo com as necessidades da área de abrangência de cada SAMU.


Fonte <https://sage.saude.gov.br/paineis/samu/oquee.html>. Acesso em 28/04/2024.

 

No quarto parágrafo, lê-se o seguinte:


“O SAMU, no Brasil, propõe um modelo de assistência padronizado que opera através do acionamento à Central de Regulação das Urgências, com discagem telefônica gratuita e de fácil acesso (linha 192), com regulação médica regionalizada, hierarquizada e descentralizada”


Considerado o termo a que se refere e o verbo que o exige, podemos identificar que o elemento destacado desempenha, na oração de que faz parte, a função sintática de: 

Alternativas
Respostas
71: C
72: A
73: E
74: C
75: C