Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre morfologia - verbos em português

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Q2294564 Português
O texto 1 serve de base para a questão desta prova.


Os riscos das telas para os Nativos Digitais!
Os riscos das telas para os Nativos Digitais! Os alunos fazem parte do que está sendo chamado de geração dos “nativos digitais”
Nativos Digitais seriam crianças e jovens nascidos já imersos no universo tecnológico. Por isso, teriam capacidades cognitivas mais adaptadas a essas tecnologias. Para esse grupo, portanto, a alta exposição a telas e tecnologia traria apenas benefícios no desenvolvimento cognitivo.

Mas será que isso é verdade?
Os riscos das telas para os nativos digitais – De acordo com o neurocientista Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, o conceito de “nativos digitais” não tem qualquer embasamento científico.
Em seu livro “A Fábrica dos Cretinos Digitais: os perigos das telas para nossas crianças”, recém-lançado no Brasil, o neurocientista é categórico em afirmar: quanto maior o investimento dos sistemas educacionais em tecnologia digital, pior é o desempenho acadêmico dos alunos em Matemática, Linguagem e Ciências.
Em seu livro, Desmurget cita dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) para sustentar essa afirmação.

Por que o rendimento acadêmico cai?
O livro escrito pelo neurocientista francês traz dados alarmantes sobre o tempo que crianças e jovens passam diante das telas. Segundo esses dados, jovens entre 13 e 18 anos de idade usam aparelhos digitais por aproximadamente 8h30 por dia. Ou seja, eles passam mais de um terço de um dia diante das telas. Desse total, porém, o tempo utilizado para estudos e dever de casa é de em média uma hora por dia. O restante é usado em jogos, filmes e redes sociais. Desmurget sustenta que o uso prolongado das telas acarreta problemas como déficit de atenção, distúrbios de concentração e impulsividade. A combinação desses problemas leva a queda no desempenho escolar.
O livro traz também os tempos gastos por crianças de outras idades em frente às telas: os pré-adolescentes (8 a 12 anos) passam em média 5h20 por dia em aparelhos, dos quais apenas 20 minutos dedicados a trabalhos acadêmicos; as crianças de 5 a 8 anos gastam em média 3h05 em frente às telas, das quais apenas 5 minutos são dedicados aos estudos.

Culpa da pandemia?
Michel Desmurget não concorda que a pandemia de Covid-19 seja responsável por esse quadro. Segundo o neurocientista, o uso exacerbado de telas para recreação já acontecia antes da crise sanitária. Depois do fechamento das escolas, sustenta ele, houve até uma melhora no tempo de uso das tecnologias para trabalhos escolares. O problema, para o autor, reside no fato de que as tecnologias se mostraram ineficientes para substituir os professores em aulas presenciais. Segundo Desmurget, o governo francês insistiu em reabrir as escolas poucas semanas depois da suspensão das aulas porque percebeu rapidamente que Ensino digital era um fracasso pedagógico.

Os recursos tecnológicos devem ser banidos?
Embora traga todos os riscos das telas para os nativos digitais, a obra de Michel Desmurget não defende a total retirada dos recursos tecnológicos da educação. Segundo o neurocientista, as crianças devem aprender as habilidades básicas para utilizar recursos tecnológicos em seu dia a dia.
O problema maior, para Desmurget, está no uso exagerado para recreação. Ele cita em seu livro um estudo que relacionou o uso de videogames e televisão com a diminuição da capacidade de memorização.
Nesse estudo, jovens de 13 anos receberam uma lista de palavras para memorizar. Em seguida, foram divididos em três grupos. Um deles, o de controle, fez qualquer atividade que não incluísse tela pela hora seguinte. No outro grupo, os jovens assistiram a uma hora de televisão e no terceiro grupo, eles passaram esse tempo jogando videogame.
No dia seguinte, os pesquisadores contaram a quantidade de palavras esquecidas pelos jovens de cada grupo. Os integrantes do grupo de controle esqueceram 13% das palavras da lista. Entre os que assistiram à televisão, o percentual foi de 39%. Os que jogaram videogame esqueceram 47% das palavras da lista.

Como reduzir os riscos das telas para os nativos digitais?
Em seu livro, Desmurget defende que é preciso reduzir o tempo dedicado a aparelhos digitais e traz 7 regras básicas para atingir esse objetivo:
1. Suspender totalmente as telas para crianças com menos de 6 anos.
2. Estabelecer tempo médio de uso entre 30 e 60 minutos por dia para crianças maiores de 6 anos. 
3. Permitir o uso de apenas um aparelho por vez.
4. Acesso a conteúdo inapropriado para a idade.
5. so de dispositivos pela criança ou jovem no quarto, principalmente quando estiver sozinho, proibido.
6. Proibir o uso imediatamente antes de dormir.
7. Proibir o uso antes de ir para a escola.

Desmurget alerta que, para que as regras tenham sucesso, é importante envolver as crianças na construção dessas restrições, porque quando entendem que o objetivo não é puni-las nem frustrá-las, as crianças tendem a seguir as regras com maior tranquilidade.

https://educador360.com/pedagogico/os-riscos-das-telas-para-os-nativos-digitais/Acesso em:26 ago. 2023.
Se os verbos no infinitivo, que iniciam as regras básicas 1, 2, 3 e 6, sugeridas no final do texto 1, para reduzir os riscos das telas, estivessem conjugados para o imperativo afirmativo, na 2º pessoa do plural, estariam escritos da seguinte forma:
Alternativas
Q2294378 Português

Casa arrumada

Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida… Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?

Tapete sem fio puxado?

Mesa sem marca de copo?

Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto… Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos…

Netos, pros vizinhos…

E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias…

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela… E reconhecer nela o seu lugar.



Disponível em: https://www.casacombossa.com.br/casaarrumada/. Acesso em: 03 de set. 2023.

Com base no texto “Casa arrumada”, analise as afirmativas a seguir:

I. Em: “Sofá sem mancha?/Tapete sem fio puxado?/Mesa sem marca de copo?/Tá na cara que é casa sem festa.”, a ausência destacada pelo autor é marcada pela repetição do adjetivo “sem”.
II. Em: “Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…”, a sequência de verbos destacados está na forma nominal do gerúndio e transmite a ideia de movimento.

Marque a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q2294375 Português

A higiene na Idade Média


Os camponeses medievais há muito tempo são alvo de piadas em relação à higiene, o que remonta aos tratados clericais medievais que frequentemente os descreviam como pouco mais do que animais brutais. No entanto, era prática comum que quase todos lavassem as mãos e o rosto pela manhã. Uma lavagem precoce também era desejável porque pulgas e piolhos eram um problema comum. A cama de palha, raramente trocada, era um paraíso particular para piolhos, mesmo se algumas medidas preventivas fossem tomadas, como misturar ervas e flores como manjericão, camomila, lavanda e hortelã na palha.

Como a maioria das pessoas fazia as refeições sem facas, garfos ou colheres, também era uma convenção lavar as mãos antes e depois de comer. Às vezes se usava sabão e os cabelos eram lavados com uma solução alcalina, como a obtida pela mistura de cal e sal. Os dentes eram limpos com gravetos (principalmente avelã) e pequenos pedaços de tecido de lã. O barbear normalmente não era feito ou era feito apenas uma vez por semana, a menos que se fosse um monge, caso em que era barbeado diariamente por um irmão. Como os espelhos medievais ainda não eram muito grandes ou claros, era mais fácil para a maioria das pessoas visitar o barbeiro local quando necessário.

O camponês comum provavelmente estava mais preocupado em se livrar da sujeira do dia quando se lavava, mas para um aristocrata havia mais alguns detalhes a serem atendidos a fim de ganhar o favor da sociedade educada. Ocasiões sociais como refeições, quando alguém pode se aproximar de seus colegas, justificavam uma atenção especial à higiene e havia até regras de etiqueta produzidas como guias úteis para essas ocasiões.

É seguro dizer que a apresentação comum em filmes e livros modernos de camponeses medievais imundos que consideravam a lavagem como uma forma de tortura talvez não seja muito precisa e as pessoas de todas as classes se mantinham tão limpas quanto suas circunstâncias permitiam. No entanto, também é verdade que quando os europeus medievais, mesmo aqueles das classes mais altas, faziam contato com outras culturas, como os bizantinos ou os muçulmanos, durante as Cruzadas, os europeus frequentemente ficavam em segundo lugar no quesito higiene.


Disponível em:

https://apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/320/ahigiene-na-idade-media. Acesso em: 03 de set. 2023. (adaptado) 

Com base no texto “A higiene na Idade Média”, analise as afirmativas a seguir:

I. No trecho: “Ocasiões sociais como refeições, quando alguém pode se aproximar de seus colegas, justificavam uma atenção especial à higiene”, os sujeitos da locução verbal e do verbo destacado são, respectivamente: refeições e ocasiões especiais.
II. No trecho: “[...] camponeses medievais imundos que consideravam a lavagem como uma forma de tortura [...]”, tem-se, respectivamente, um substantivo comum, um substantivo abstrato, um adjetivo e um verbo.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2294004 Português
Como o corpo reage quando sentimos medo


         Entre as reações mais comuns nos seres humanos, emoções como o medo desempenham um papel crucial na adaptação e na sobrevivência a diferentes situações.             Elas são uma forma de mostrar o que está acontecendo com uma pessoa, como explica um artigo da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) em conjunto com o Centro Nacional de Prevenção de Desastres do México (Cenapred).
         O medo é uma emoção que funciona como um alerta para as pessoas em uma situação de risco ou ameaça. Quando ele se manifesta, as palpitações aumentam, o corpo começa a suar e a respiração fica mais agitada. O medo se manifesta tanto no corpo quanto na mente, explica a universidade mexicana. Ele pode se manifestar em diferentes níveis: cognitivo, fisiológico, comportamental e neuronal.
       No nível cognitivo, o medo é transformado em imagens e pensamentos interpretativos sobre o estímulo ou a situação temida.
     Fisiologicamente, essa emoção se apresenta em alterações corporais, como aceleração da frequência cardíaca e da respiração (que pode levar à sensação de tontura), ____________ muscular com tremor nas pernas e nas mãos, sudorese e aparecimento de determinadas expressões faciais (como palidez).
       Além disso, em nível comportamental, as ações que aparecem no corpo como resultado do medo são _____________ em imobilidade (“congelamento”), fuga, choro, entre outros.
      Na parte neuronal, o medo nasce em uma região do cérebro chamada ____________, no sistema límbico, que é responsável pela regulação das emoções e pelas funções de preservação da integridade da pessoa.


(Fonte: National Geographic Brasil — adaptado.)
Assinalar a alternativa em que a forma verbal NÃO poderia substituir “víamos” sem causar erro ao texto:
Nós víamos ele na entrada da escola.
Alternativas
Q2293864 Português
Por uma cultura de paz permanente

        O Brasil já teve um Ministério da Guerra, criado em 1891, no período republicano. Atualmente, temos apenas o Ministério da Defesa, criado em 1999. Outros países também criaram seus ‘ministérios da guerra’. Mas não me recordo de um momento histórico no Brasil ou em outros países que tenha sido criado um Ministério da Paz.
        A violência nas escolas, contra estudantes e professores, não é uma exclusividade dos Estados Unidos que, ato contínuo, atordoa o mundo há décadas. A própria situação contra a Malala Yousafzai demonstra isso: por defender o direito das mulheres de terem acesso à educação foi vítima de um atentado em 2012, perpetrado pelo grupo fundamentalista Talibã.
        Os exemplos de guerra e violência dentro e fora das escolas, associados ou não à educação, são milenares, globais. São mazelas humanas que atingem a todos, independentemente de raça, credo, situação cultural, educacional ou financeira.
        O que pode mudar nesse cenário são ações efetivas e transferíveis em escala e em todos os níveis, pois sabemos que a paz e a cultura da paz nas escolas têm força, como o próprio exemplo da Malala Yousafzai sinaliza, ainda que em um certo contexto que possa ser uma imagem enviesada, apesar do brutal atentado, ela sobreviveu e, em 2014, recebeu o Nobel da Paz.
        Palavras leva o mar, se não estiveram associadas a ações e coragem. Mas palavras também são ferramentas para aprender e ensinar. Uma educação para a paz pode começar pelo básico, pelos dicionários, livros repletos de palavras e significados. Ali encontramos insights para o futuro das relações humanas. Estão lá os significados da empatia, socioemocional, escuta, diálogo, acolhimento… Fácil encontrar um dicionário na escola, e na palma da mão, claro.
        De fato, esse não é um tema simples, mas possível para a sociedade e para todo segmento educacional. Trata-se de olhar para o passado, mas com uma visão para redesenhos futuros. Compreender o que passamos recentemente: um período doloroso, de afastamento físico e social durante a fase mais dura da pandemia, que afetou a muitos, desequilibrou a saúde mental de estudantes, de professores e da sociedade em si.
        Quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), lembro que ouvi muito: depois disso tudo, vamos sair melhores como seres humanos. Acredito nisto, pela própria força do verbo esperançar. Mas confesso que precisamos avançar muito mais ainda para que isso se torne realidade.
        O fato concreto é que, enquanto isolados, passamos por sofrimentos, alguns por violência dentro de casa, muitos com medo do desconhecido e todos com a percepção diuturna do risco de morte. E, de repente, como em um passe de mágica, todos então estaríamos prontos a voltar ao tempo de retomada social, de reestabelecimento de relações, de grupos e pessoas em sala de aula.
        Tudo evolui o tempo todo, e a educação não está em uma bolha isolada. Andamos, de fato, mais devagar, porque já tivemos muita pressa. Mas nada deixou de evoluir. E não vejo problema algum que os avanços tecnológicos sejam rápidos, acelerados. A questão é como e com quais mecanismos podemos equilibrar essa evolução tecnológica acelerada com aspectos que abarquem seres humanos melhores, mentalmente saudáveis, resilientes, empáticos, abertos ao diálogo, à divergência, à inclusão, à diversidade.
        São muitos os pontos essenciais para criarmos uma cultura de paz nas escolas. Sei que um deles passa pelo diálogo, acompanhado pelo acolhimento do outro. Sei também que, hoje, as conexões são importantes, embora em tempos líquidos não há vantagem em estar em várias conexões, porque é fácil conseguir desconectar-se dessas desconexões sem grandes perdas ou custos.
        É um tanto a diferença entre conexão e relacionamento, bem descrita pelo filósofo, sociólogo, professor e escritor polonês Zygmunt Bauman, para quem a sociedade, na atual contemporaneidade líquida, está cada vez mais vazia, repleta de amigos on-line, mas em conexões off-line. Do próprio Bauman, “um vazio que faz com que a sociedade entre em um espírito de substituição e medo da solidão, pois, antes de entrarem na busca por conexões já sabem o roteiro final: se uma pessoa/conexão se vai, pode ser substituída por outra sem nenhum problema”.
        Se nós, professores, educadores, entes que trabalhamos com e para a educação queremos criar uma cultura da paz nas escolas , na outra ponta, na sociedade, nosso zeitgeist (do alemão “o espírito do tempo”) começa por uma reconstrução cotidiana de relacionamentos efetivos e afetivos, para se diferenciar e distanciar das conexões liga-desliga, nas quais não há entrega de sentimentos e nem de confiança, pois se sabe que essa relação vai ter seu final cedo ou tarde.
        Ou seja, uma cultura da paz precisa ser construída dentro de um novo espírito do tempo, de forma concretamente duradoura, permanente, e não líquida.
        “A incerteza é o habitat natural da vida humana – ainda que a esperança de escapar da incerteza seja o motor das atividades humanas. Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental, menos que apenas tacitamente presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas de felicidade”, Zygmunt Bauman, 2009.

(Adriana Martinelli. Revista Educação. Em 09/05/2023. Adaptado.)
O verbo “haver” empregado em “[...] atordoa o mundo há décadas.” (2º§) é caracterizado por sua impessoalidade, assim como ocorre em:
Alternativas
Respostas
816: C
817: C
818: D
819: D
820: A