Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre denotação e conotação em português

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Q2295992 Português
Quem frequenta os restaurantes de culinária japonesa já deve ter reparado em um alimento alaranjado (ou rosa) em forma de palitinho no meio das saladas. Apesar de muitos acharem que é caranguejo, o kani-kama, como esses palitinhos são chamados, é preparado com carne processada de diversos frutos do mar, inclusive caranguejo. Geralmente, é feito de polpa de peixe branco misturada com amido, clara de ovo e outros ingredientes. Dependendo do tipo, pode ter conservantes e corantes e é considerado um alimento processado. Para se ter uma ideia, o kani-kama é conhecido como salsicha do mar, devido às grandes quantidades de componentes artificiais.

Disponível em: 
<https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/09/01/kani-kama-ecaranguejo-mesmo-e-saudavel.htm>. Acesso em: 02 set. 2023. [Adaptado].

A alcunha “salsicha do mar” para o kani-kama é uma conotação
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IV - UFG Órgão: Prefeitura de Cidade Ocidental - GO Provas: CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Médico | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Biólogo | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Bibliotecário | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Assistente Social | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Enfermeiro | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Engenheiro Agrônomo | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Engenheiro Ambiental | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Engenheiro Civil | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Engenheiro Eletricista | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Fonoaudiólogo | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Nutricionista | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Psicólogo | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Português | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Ciências | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Matemática | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - AEE | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Artes | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nível III - Educacão Física | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Espanhol Conversação | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Geografia | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nível III - Libras | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Historia | CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nível III - Inglês Conversação |
Q2295945 Português
        Não é de se estranhar que a internet tenha parado para ver a propaganda da nova kombi. O vídeo, que celebra os 70 anos da Volkswagen no Brasil, traz um dueto entre Elis Regina, falecida em 1982, e sua filha Maria Rita. Muita gente ficou emocionada - e assustada - com a recriação digital da cantora. 

        A propaganda desperta muitas questões sobre o futuro das criações digitais de pessoas mortas, desde a possibilidade de os herdeiros contratarem esse uso comercial da imagem e da voz alheia até uma reflexão sobre o impacto que essas montagens geram no público. [...] 

        A discussão traz um dilema central da nossa época: a linha entre a realidade e a representação digital é cada vez mais tênue. Além disso, à medida que essas tecnologias continuam a se desenvolver e a se disseminar, é provável que elas desafiem nossas noções de autenticidade e identidade. [...]


Disponível em: <https://www.uol.com.br/tilt/colunas/carlos-affonso-desouza/2023/07/05/elis-regina-mostra-como-recriacao-digital-de-pessoasmortas-veio-para-ficar.htm>. Acesso em: 02 set 2023. [Adaptado]
No segmento “com a recriação digital da cantora”, o referente anafórico é identificado por
Alternativas
Q2293869 Português
Por uma cultura de paz permanente

        O Brasil já teve um Ministério da Guerra, criado em 1891, no período republicano. Atualmente, temos apenas o Ministério da Defesa, criado em 1999. Outros países também criaram seus ‘ministérios da guerra’. Mas não me recordo de um momento histórico no Brasil ou em outros países que tenha sido criado um Ministério da Paz.
        A violência nas escolas, contra estudantes e professores, não é uma exclusividade dos Estados Unidos que, ato contínuo, atordoa o mundo há décadas. A própria situação contra a Malala Yousafzai demonstra isso: por defender o direito das mulheres de terem acesso à educação foi vítima de um atentado em 2012, perpetrado pelo grupo fundamentalista Talibã.
        Os exemplos de guerra e violência dentro e fora das escolas, associados ou não à educação, são milenares, globais. São mazelas humanas que atingem a todos, independentemente de raça, credo, situação cultural, educacional ou financeira.
        O que pode mudar nesse cenário são ações efetivas e transferíveis em escala e em todos os níveis, pois sabemos que a paz e a cultura da paz nas escolas têm força, como o próprio exemplo da Malala Yousafzai sinaliza, ainda que em um certo contexto que possa ser uma imagem enviesada, apesar do brutal atentado, ela sobreviveu e, em 2014, recebeu o Nobel da Paz.
        Palavras leva o mar, se não estiveram associadas a ações e coragem. Mas palavras também são ferramentas para aprender e ensinar. Uma educação para a paz pode começar pelo básico, pelos dicionários, livros repletos de palavras e significados. Ali encontramos insights para o futuro das relações humanas. Estão lá os significados da empatia, socioemocional, escuta, diálogo, acolhimento… Fácil encontrar um dicionário na escola, e na palma da mão, claro.
        De fato, esse não é um tema simples, mas possível para a sociedade e para todo segmento educacional. Trata-se de olhar para o passado, mas com uma visão para redesenhos futuros. Compreender o que passamos recentemente: um período doloroso, de afastamento físico e social durante a fase mais dura da pandemia, que afetou a muitos, desequilibrou a saúde mental de estudantes, de professores e da sociedade em si.
        Quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), lembro que ouvi muito: depois disso tudo, vamos sair melhores como seres humanos. Acredito nisto, pela própria força do verbo esperançar. Mas confesso que precisamos avançar muito mais ainda para que isso se torne realidade.
        O fato concreto é que, enquanto isolados, passamos por sofrimentos, alguns por violência dentro de casa, muitos com medo do desconhecido e todos com a percepção diuturna do risco de morte. E, de repente, como em um passe de mágica, todos então estaríamos prontos a voltar ao tempo de retomada social, de reestabelecimento de relações, de grupos e pessoas em sala de aula.
        Tudo evolui o tempo todo, e a educação não está em uma bolha isolada. Andamos, de fato, mais devagar, porque já tivemos muita pressa. Mas nada deixou de evoluir. E não vejo problema algum que os avanços tecnológicos sejam rápidos, acelerados. A questão é como e com quais mecanismos podemos equilibrar essa evolução tecnológica acelerada com aspectos que abarquem seres humanos melhores, mentalmente saudáveis, resilientes, empáticos, abertos ao diálogo, à divergência, à inclusão, à diversidade.
        São muitos os pontos essenciais para criarmos uma cultura de paz nas escolas. Sei que um deles passa pelo diálogo, acompanhado pelo acolhimento do outro. Sei também que, hoje, as conexões são importantes, embora em tempos líquidos não há vantagem em estar em várias conexões, porque é fácil conseguir desconectar-se dessas desconexões sem grandes perdas ou custos.
        É um tanto a diferença entre conexão e relacionamento, bem descrita pelo filósofo, sociólogo, professor e escritor polonês Zygmunt Bauman, para quem a sociedade, na atual contemporaneidade líquida, está cada vez mais vazia, repleta de amigos on-line, mas em conexões off-line. Do próprio Bauman, “um vazio que faz com que a sociedade entre em um espírito de substituição e medo da solidão, pois, antes de entrarem na busca por conexões já sabem o roteiro final: se uma pessoa/conexão se vai, pode ser substituída por outra sem nenhum problema”.
        Se nós, professores, educadores, entes que trabalhamos com e para a educação queremos criar uma cultura da paz nas escolas , na outra ponta, na sociedade, nosso zeitgeist (do alemão “o espírito do tempo”) começa por uma reconstrução cotidiana de relacionamentos efetivos e afetivos, para se diferenciar e distanciar das conexões liga-desliga, nas quais não há entrega de sentimentos e nem de confiança, pois se sabe que essa relação vai ter seu final cedo ou tarde.
        Ou seja, uma cultura da paz precisa ser construída dentro de um novo espírito do tempo, de forma concretamente duradoura, permanente, e não líquida.
        “A incerteza é o habitat natural da vida humana – ainda que a esperança de escapar da incerteza seja o motor das atividades humanas. Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental, menos que apenas tacitamente presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas de felicidade”, Zygmunt Bauman, 2009.

(Adriana Martinelli. Revista Educação. Em 09/05/2023. Adaptado.)
“Ao referir-se às transformações que ocorrem o tempo todo, a autora emprega a seguinte expressão acerca da educação ‘a educação não está em uma bolha isolada’. Pode-se afirmar que por meio de uma linguagem __________________, a autora expressa _____________________________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q2291439 Português

Leia a tirinha a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


(Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/7f/15/a9/7f15a968d8fbf06b82a89b1acb8d2857.jpg.)


O sentido presente na tirinha é o conotativo – sentido que se dá a uma palavra

Alternativas
Q2291356 Português
Saudade


   Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.
    A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais.
    Gostaria de ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou exprimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova.
    Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir.
     E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.
       Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade – mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo – e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes.
     Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.
      E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou.

(QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Adaptado.)
Para que um termo ou expressão apresente um efeito conotativo, deve-se considerar o contexto no qual estão inseridos, assim como as combinações utilizadas. Partindo de tal conjectura, é possível identificar a ocorrência de tal efeito em: 
Alternativas
Respostas
106: C
107: A
108: B
109: D
110: D