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Q2373738 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Como funciona a energia eólica? 


A energia eólica é produzida pela força dos ventos e é convertida em energia cinética que se transforma em eletricidade. O processo é feito por meio de turbinas eólicas ou aerogeradores, que são parecidos com moinhos de ventos.

Geralmente, a estrutura da turbina é composta por uma torre, rotor e pás. Assim, o vento faz as pás girarem a uma velocidade entre 10 a 25 rotações por minuto, o que aciona o rotor, que é a peça a que as pás estão conectadas.

Ele é multiplicado no interior da nacele que é a estrutura retangular que fica atrás das pás e conecta a torre da turbina. No seu interior fica o gerador que converte a energia cinética em energia elétrica.

Após isso, a eletricidade é conduzida por meio de dutos para transformadores que estão dentro da torre. Um dos transformadores está conectado à turbina e o outro concentra a energia que foi gerada.

Por fim, a energia é distribuída aos consumidores finais pela rede de distribuição.

(Fragmento adaptado. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/entenda-como-funciona-a-energia-eolica-offshore-que-e-gerada-no-mar/)




Assinale a alternativa em que a divisão silábica está CORRETA.
Alternativas
Q2371967 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
As palavras a seguir foram retiradas do texto; assinale a alternativa que está correta quanto à divisão silábica.
Alternativas
Q2371430 Português



(Disponível em: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/page/199.)


As palavras a seguir foram retiradas da tirinha; assinale a que apresenta a divisão silábica INCORRETA. 
Alternativas
Q2368808 Português
A maior tartarugada…


         A maior tartarugada da América do Sul não houve. Mas durante dois meses foi um acontecimento entre um grupo de sibaritas fim de semana que frequenta à tarde um bar do centro.
         A tartaruga sonhava em câmera lenta na areia cálida das margens de um igarapé amazonense, sonhava com o mundo melhor de daqui a 200 anos, quando a pegaram e lhe torceram o destino.
       Foi encaixotada, baloiçou na correnteza de um rio em uma igara frágil, tomou um avião em Belém, voou sobre as nuvens, como suas antepassadas lendárias, não para a festa do céu, mas para a panela de um coronel amigo meu.
       No bar, não se falava em outra coisa. Era uma soberba tartaruga, volumosa, da raça mais nobre e saborosa. Durante vários dias discutiu-se a melhor maneira de assassiná-la, prepará-la, cozinhá-la e comê-la. Entre os convidados do coronel, havia gente do norte, sequiosa de repetir um prato, e gente do sul e de Minas, que aguardava com alguma ansiedade o momento de prová-lo.
       A tartaruga desceu no aeroporto Santos Dumont, onde o coronel e dois íntimos dele foram levar as boas-vindas ao delicioso quelônio, seguindo para a residência do primeiro, no Leblon. Aí, ela passou a esperar a morte com um estoicismo estúpido. Alguns dos futuros convivas foram visitá-la pessoalmente e voltaram encantados: “É uma tartaruga genial”!
       A data do banquete foi marcada. Depois adiada. O que foi? O que houve? Ela anda meio triste, explicava o coronel consternado. Saudades da pátria, disse um paraense. Pressentimento da morte, arriscou um sujeito romântico.
       A verdade é que a tartaruga não ia lá muito bem das pernas. Mergulhara em um quietismo exagerado, mesmo para um animal de sua espécie, recusava delicadamente qualquer alimento, espichava o pescocinho mecânico, contemplava com desalento o mundo exterior, e voltava à solidão inexpugnável de sua carapaça.
         Nunca se vira no mundo tartaruga tão introspectiva.
       Chamou-se às pressas um veterinário. Este chegou, de óculos, com sua ciência também subjetiva, olhou a tartaruga nos olhos, como se lhe perguntasse discretamente a idade, virou-a de barriga para cima, auscultou-a, redigindo depois, em silêncio, uma receita.
        – Pode-se fazer alguma coisa por ela, doutor? – perguntou o coronel, pálido, mas disposto a saber toda a verdade.
       – Sinto dizer que ela vai muito mal – respondeu em tom frio o veterinário. – Sofre de arteriosclerose. Deve ser uma tartaruga em idade muito avançada. Suas túnicas arteriais devem estar duras como pedras.
        – Bonito! – exclamou o coronel.
     – Como?! – interrogou o veterinário, achando que o dono da cliente aludira às palavras técnicas empregadas por ele.
      – É que eu ia fazer um big almoço dela... Agora o que vou dizer ao pessoal? Em um sábado pela manhã, a tartaruga entrou lentamente em pane e morreu. Teve um enterro comum de bicho morto. Mas no bar houve um momento de condolência, quando soubemos da infausta notícia.  


(Paulo Mendes Campos. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/. Acesso em: 18/11/2023.) 

Observam-se as palavras “estoicismo”, “consternado” e “inexpugnável”, nos 5º, 6º e 7º parágrafos, respectivamente. Assinale a alternativa em que as palavras estejam separadas silabicamente de forma correta de acordo com o padrão da Língua Portuguesa brasileira.
Alternativas
Q2368580 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
A palavra “senão”, no contexto “Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente.” (3º§), possui significado e escrita diferentes da expressão “se não”, apesar de terem fonética igual. A partir dessa consideração, assinale a alternativa cujo par de palavras são homófonas. 
Alternativas
Respostas
191: A
192: B
193: D
194: A
195: B