Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre morfologia - pronomes em português

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Q2400104 Português

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.


1. Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato.

2. Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu − e sua falta é mais importante para mim do que as reformas do ministério.

3. Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra.

4. O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.

5. Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio − cor incomum em gatos comuns − e se dispunha a ajudarme na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.

6. Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio, pensei, dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.

7. Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, sim, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.

8. Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.

9. Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.


(ANDRADE, Carlos Drummond. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:

Alternativas
Q2400099 Português

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.


1. Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato.

2. Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu − e sua falta é mais importante para mim do que as reformas do ministério.

3. Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra.

4. O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.

5. Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio − cor incomum em gatos comuns − e se dispunha a ajudarme na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.

6. Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio, pensei, dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.

7. Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, sim, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.

8. Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.

9. Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.


(ANDRADE, Carlos Drummond. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra (3o parágrafo).


No trecho acima, o pronome relativo “que” retoma o seguinte termo antecedente:

Alternativas
Q2398927 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


É verdade que, sem as abelhas, não existiria mais vida no planeta Terra?


Você gosta de morango? E de abobrinha? E de pepino, maracujá, tomate e kiwi? Esses alimentos parecem aleatórios, mas dividem uma particularidade muito interessante: sem as abelhas, eles não existiriam. Inclusive, sem as abelhas, nem nós estaríamos aqui para contar a história. Isso é, realmente, verdade?

Depende. O planeta Terra talvez continuasse fazendo parte da Via Láctea, mas não seria mais habitado por humanos e por muitos seres vivos. Fred Crema, especialista em vida selvagem do Projeto Araciara, explica que, se as abelhas acabarem, em cerca de dois anos não existirá mais ser humano. Afinal, sem abelhas, não há polinização; sem polinização, não há plantas; sem plantas, não há alimentos; sem alimentos, não há animais; sem alimentos e animais, não há homem.

Existe por volta de 308 mil espécies de plantas no mundo, sendo que 87% delas precisa de um intermediário, ou seja, de um ser vivo para que sua reprodução aconteça. As abelhas são responsáveis por 78% dessa intermediação, sendo que morcegos, borboletas, beija-flores, besouros e outros polinizadores ficam encarregados dos outros 22%.

Sem contar que algumas abelhas são responsáveis por polinizações específicas. Por exemplo, as da espécie Euglossa polinizam as orquídeas. E, caso você não saiba, a baunilha é uma orquídea, logo, sem a Euglossa, não teríamos aquele extrato natural aromático que colocamos em bolos.

Hoje, são três as principais ameaças para as abelhas: os agrotóxicos, o fumacê e as queimadas. Fred explica que os agrotóxicos são jogados nas plantações e, quando as abelhas polinizam as flores, acabam levando a substância consigo para "casa" e matando a colmeia inteira. O mesmo acontece com o fumacê, que mata as abelhas envenenadas. Com relação às queimadas, muitas se instalam em troncos de árvores e têm suas colmeias destruídas pelo fogo.

"Cerca de 350 espécies de abelhas são brasileiras, como aquela popularmente conhecida como 'abelhinha de cabelo'. Aquela abelha amarela e preta, a mais famosa, é euro-africana e chegou ao Brasil por um erro", conta o especialista do Projeto Araciara, que visa a proteção das abelhas nativas do Brasil.

Segundo Fred, há algumas maneiras de combatermos a extinção desse inseto essencial para a vida terrestre. A primeira e mais simples é plantando flores. "Quanto mais flor tiver, melhor, pois significa mais alimento para as abelhas".



(Disponível em: É verdade que, sem as abelhas, não existiria mais vida no planeta Terra?(msn.com). Adaptado.)

O mesmo acontece com o fumacê, 'que' mata as abelhas envenenadas.


O pronome destacado na frase é:

Alternativas
Q2398876 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


Frio aumenta casos de infarto, alerta cardiologista


Depois de muitos estranharem os dias tão quentes já no outono, parece que o clima resolveu mudar de vez e uma onda intensa de frio atingiu várias partes do país. Com temperaturas de apenas um dígito e sensação térmica ainda menor, o tempo gelado costuma exigir mais precauções com a saúde.

Além dos cuidados com as doenças respiratórias, outro alerta tem chamado atenção: a maior incidência de infartos durante o frio - doença que lidera a causa de óbitos entre os brasileiros. Logo, não há tempo a perder. É fundamental entender como os poucos graus afetam a saúde do coração e aprender a se prevenir desses eventos.

"A condição se dá porque as temperaturas mais baixas exigem que o organismo regule sua atividade metabólica para produzir mais calor, aumentando a atividade corpórea, enquanto o frio força o espasmo das artérias coronárias, que se contraem. Com maior esforço, o coração pode sofrer com arritmias, passar por uma insuficiência cardíaca e até apresentar um infarto", alerta a cardiologista Priscilla Gianotto Tosello.

Embora todas as pessoas devam fazer check-ups anualmente para observar como anda a saúde do coração e manter hábitos saudáveis e preventivos, a atenção precisa ser redobrada com quem já integra o grupo de risco, visto que são pacientes predispostos a sofrer eventos cardiológicos, ou seja, com maior chance.

"Quem é tabagista, hipertenso, diabético, sedentário, está com sobrepeso ou obesidade, ou apresenta doenças cardíacas deve ficar mais atento a sinais de cansaço, dores e formigamento nos braços, dores no peito, tonturas, náuseas, suor intenso e mal-estar. A qualquer sintoma, é essencial buscar ajuda médica", explica a especialista.

Pensando na importância de cultivar os hábitos certos durante as baixas temperaturas, Priscilla elencou algumas dicas importantes, que devem ser colocadas em prática nos dias gelados para preservar a saúde.


(Disponível em: Frio aumenta casos de infarto, alerta cardiologista (msn.com). Adaptado.)

'É fundamental entender como os poucos graus afetam a saúde do coração e aprender a se prevenir desses eventos.'


Assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Q2398795 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


Caos nos aeroportos: por que a Europa virou o pesadelo dos turistas brasileiros


Quem está com viagem marcada para a Europa nos próximos dias deve se preparar para o pior. A crise enfrentada pelas companhias aéreas durante as férias de verão do hemisfério norte tem tomado conta das principais capitais europeias. O destaque negativo vai para Portugal, onde brasileiros chegaram a passar até quatro dias no aeroporto de Lisboa sem conseguir voltar ao país. Registros de cancelamentos, atrasos nos voos e bagagens extraviadas são comuns, e muitos passageiros estão sem receber informação alguma sobre como proceder nesses casos. Devido o colapso, algumas empresas não estão sequer prestando atendimento básico aos seus clientes, como fornecer alimentação durante os períodos de espera.


COMO MINIMIZAR OS PROBLEMAS

Os passageiros brasileiros têm os seus direitos garantidos pela Resolução 400, emitida pela Agência Nacional de Aviação Civil(Anac)

• Peça informações por escrito para a companhia aérea. Comprovantes de mensagens são cruciais caso você precise entrar na justiça

• No caso de atrasos e eventuais cancelamento em que a empresa aérea não forneceu alimentação: guarde recibos dos restaurantes.

• Muitas empresas têm respondiso aos passageiros com maior agilidade nas redes sociais, principalmente pelo Twitter.

• Rastreador magnéticos, como o AirTag, da Apple, podem ser fixado na bagagem para facilitar a localização em caso de extravio



Surtos de doenças respiratórias entre os funcionários, greves de profissionais do setor aéreo e aumento da demanda são algumas das causas do problema. A tão esperada recuperação do setor após dois anos de pandemia é, ironicamente, a principal responsável pela situação atual dos aeroportos: não houve tempo hábil para recontratar funcionários demitidos nem para oferecer os voos disponíveis nas opções pré-pandemia.


Sobrecarregados, os trabalhadores paralisaram as atividades em companhias que operam na Bélgica, Espanha, França, Itália e Portugal. Foi o caso da Ryanair, empresa de baixo custo que registrou greve de três dias. Nas redes sociais, passageiros do mundo todo sofrem com um problema que jamais tinha sido observado com tamanha intensidade: o extravio de bagagens. Imagens de milhares de malas abandonadas nos saguões dos aeroportos inundaram as redes sociais.


(Disponível em: Caos nos aeroportos: por que a Europa virou o pesadel dos turistas brasileiros (msn.com). Adaptado.)

Devido o colapso, algumas empresas não estão, sequer, prestando atendimento básico aos seus clientes.


Assinale a expressão CORRETA que contenha, respectivamente, uma preposição e um pronome.

Alternativas
Respostas
271: E
272: B
273: B
274: B
275: C