Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre denotação e conotação em português
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A respeito da frase “Criamos ferramentas que estão rasgando em pedaços o tecido social com o qual a sociedade funciona”, retirada do texto, analise as seguintes assertivas:
I. A frase apresenta linguagem conotativa, ou seja, sentido figurado.
II. O sujeito da oração principal é indeterminado.
III. A palavra ‘que’ é uma conjunção integrante.
Quais estão corretas?
Leia o texto de Raquel de Queiroz com atenção e responda a questão.
A grande causa de esquecimento, a responsável pela pouca contrição da gente e a pouca constância no arrependimento, é o tempo, é o tempo não ser, como o espaço, uma coisa onde se possa ir e vir, sair e voltar... O que se passa no tempo, some-se, anda para longe e não volta nunca, pior do que se estivesse do outro lado de terra e mar.
Afinal, quem pode manter, num espelho, uma imagem que fugiu?
(Raquel de Queiroz)
Sobre a linguagem do texto de Raquel de Queiroz,
analise as afirmativas e assinale (V) para as Verdadeiras e (F)
para as Falsas.
( ) A palavra “espelho” tem sentido conotativo. É uma metonímia que subentende a palavra memória e recupera a ideia central do texto.
( ) “Afinal” é um advérbio que denota ordenamento e conclusão, fazendo o encadeamento dos segmentos textuais.
( ) A repetição da oração “é o tempo” é um recurso que busca dar ênfase e intensificar o enunciado.
( ) Na oração, “onde se possa ir e vir”, o pronome “onde” introduz uma oração adjetiva e retoma o termo “espaço”, intensificando a coesão textual.
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
Leia o texto para responder à questão.
Tirania chinesa
A evolução de Hong Kong no ranking de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras demonstra que esta não vem sendo devidamente respeitada: a ilha passou do 18º lugar em 2002, quando a classificação foi criada, para o longínquo 80º em 2021.
Nesta semana, o torniquete na mídia atingiu níveis inéditos com o fechamento do jornal Apple Daily. Criado em 1995, o periódico notabilizou-se por sua defesa da democracia, bem como por denunciar a repressão e a perseguição da ditadura chinesa contra manifestantes e dissidentes.
Agora, o próprio diário tornou-se uma vítima da política de cerceamento. Valendo-se da rigorosa nova lei de segurança nacional, promulgada no ano passado, cerca de 500 policiais varejaram a sede do jornal em 17 de junho.
Na ação, os agentes apreenderam dezenas de computadores e foram detidos membros da direção do jornal, denunciados por conluio com agentes estrangeiros. Dias depois, um editorialista do periódico foi preso, e a acusação era a mesma.
Além da intimidação direta, as autoridades miraram o estrangulamento financeiro da publicação, congelando 18 milhões de dólares honcongueses (R$ 11,7 milhões) em ativos pertencentes a três empresas ligadas ao Apple Daily. Premido por todos os lados, o veículo foi obrigado a encerrar as atividades.
A tentativa de criminalização do jornalismo compõe um quadro mais amplo de violações de liberdades individuais e coletivas que o regime chinês vem impondo ao território, em especial desde os colossais protestos pró-democracia ocorridos lá em 2019.
As ações aproximam Hong Kong do cotidiano tirânico do restante da China e tornam ficção qualquer ideia de autonomia da ilha.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 25.06.2021. Adaptado)