Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre por que- porque/ porquê/ por quê em português

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Q1707117 Português
Não revelou ______ cometeu o crime. _______ você insiste em não recorrer? Não fui a audiência _______ não tenho procuração. Você não recorreu? __________?
Alternativas
Q1706410 Português
    O senhor argumenta que a inteligência artificial poderá introduzir novas formas de preconceito. Como isso se daria?

    No passado, tínhamos de lidar com a discriminação coletiva contra categorias inteiras. Em breve, porém, teremos de lidar com a discriminação individual, não mais coletiva. Será o preconceito com base em dados coletados sobre cada pessoa – informações que podem revelar que alguém é péssimo em matemática, ou um mau vizinho, ou mais preguiçoso que a média. Bancos e outras corporações já estão usando algoritmos para analisar dados pessoais para só então tomar decisões que nos afetam. Quando se solicita um empréstimo, é provável que seu analista seja uma inteligência artificial. O algoritmo analisa dados como seu histórico de pagamento, seu grau de escolaridade e até a frequência de uso de seu plano de saúde para saber se você é confiável. Muitas vezes, o robô faz um trabalho melhor do que o funcionário de carne e osso. O problema é que, quando o algoritmo discrimina alguém injustamente, é difícil detectar isso. Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e você pergunta por quê, a resposta é “o algoritmo negou”. Aí você retruca: “Por que o algoritmo disse não?”. Ao que eles respondem: “Não sabemos”. Nenhum funcionário entende o algoritmo porque ele é baseado no que se chama de aprendizado de máquina avançado. Quando as pessoas discriminam grupos inteiros, esses coletivos se unem, se organizam e protestam. Mas e se o preconceito tem origem em um algoritmo que pode discriminar um único indivíduo apenas por ser quem é?

(Veja, 29.08.2018. Adaptado)
Observe o emprego das expressões destacadas em negrito na seguinte passagem:
Se o banco se recusa a lhe conceder um empréstimo e você pergunta por quê, a resposta é “o algoritmo negou”. Aí você retruca: “Por que o algoritmo disse não?”. Ao que eles respondem: “Não sabemos”. Nenhum funcionário entende o algoritmo porque ele é baseado no que se chama de aprendizado de máquina avançado.
Assinale a alternativa que reescreve trecho dessa passagem empregando corretamente essas expressões.
Alternativas
Q1702125 Português
Avalie as frases abaixo e assinale a alternativa CORRETA quanto ao uso dos porquês.
I – Por quê você quis vir? II – Eu não consegui chegar no horário porque meu pneu furou. III – Eu não conheço ele, por quê? IV – Não entendo o porquê de tantos questionamentos.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: IGP-SC Prova: IESES - 2017 - IGP-SC - Perito Odontolegista |
Q1701519 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.


DIÁLOGO DE SURDOS

Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos Acesso em 30 out 2017.


   A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.

   Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]

   Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica.

   Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).

   Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.

   Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.  

   Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.

   Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...

   A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.

   Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.

Sírio Possenti

Departamento de Linguística

Universidade Estadual de Campinas 

Observe: “B não ‘pode’ ver isso, porque trairia sua identidade”. O emprego dos porquês requer especial atenção. Dessa forma, analise as frases das alternativas a seguir e assinale a única INCORRETA.
Alternativas
Respostas
381: E
382: C
383: D
384: D
385: C