Questões de Concurso

Percebe-se que, independentemente do tipo de suporte, analógico ou digital, são dispensáveis investimentos teóricos e metodológicos para o tratamento adequado dessa documentação, pois, há meios para que a informação seja recuperada.

Os meios de representação estão presentes desde a formação dos primeiros registros idealizados pelo homem. As representações são percepções que temos dos objetos; a depender do contexto, obtemos inúmeros significados e variações, os quais são atribuídos a partir daquilo que pensamos e daquilo que construímos referente ao mundo.

O estudo de necessidades e do comportamento informacional dos usuários de arquivo é uma área antiga de pesquisa, que apresenta avançadas metodologias em virtude da natureza de seu objeto, o documento de arquivo e dos aportes importantes nos últimos anos, em função da mudança de paradigma trazida pela realidade digital.

Os meios automáticos, que começaram a ser associados ao tratamento da informação, revolucionaram os processos até então usados e fizeram surgir novas abordagens dos documentos, sobretudo dirigidas aos conteúdos informativos, já que a informação havia ganhado estatuto de recurso dispensável da investigação e do desenvolvimento.

A área de análise documentária consiste em um conjunto de procedimentos de natureza analítico-sintética, envolvendo os processos de análise temática dos documentos e sua síntese, por meio da volatilização ou da representação em linguagens documentárias, com o objetivo de garantir uma recuperação rápida e precisa pelo usuário ou cliente.

Por processo de seleção compreende-se, no contexto estabelecido nesta Política, a escolha de materiais informacionais incompatíveis com a missão institucional para constituir as coleções dos acervos da biblioteca. 

A tendência das Bibliotecas é que elas façam a assinatura de portais eletrônicos e busquem periódicos de acesso fechado, que implicam na atualização mais rápida das coleções de periódicos, propiciando também a otimização do espaço físico e uma maior abrangência para o atendimento dos usuários.

Os procedimentos relativos tanto à formação de coleções quanto à etapa de desenvolvimento do acervo, obedecerão às modalidades de compra, doação e permuta, observando-se os parâmetros qualitativos e quantitativos elencados nessa política, além de considerar o perfil da Biblioteca citado anteriormente.

A Biblioteca poderá compor um acervo destinado à consulta local (congelado), onde 02 (dois) exemplares da coleção básica permanecerá no acervo disponível para empréstimo domiciliar (reserva de biblioteca), também com concessão aos finais de semana, de acordo com as necessidades dos usuários da biblioteca. 

Esta política tem por objetivos estancar o crescimento racional e equilibrado do acervo dentro das áreas de atuação da Fundação, identificar os elementos adequados para a formação e desenvolvimento do acervo, determinar critérios para a duplicação de títulos, estabelecer prioridade na aquisição de materiais e suas tipologias, complementar títulos ou temáticas já existentes no acervo, preencher lacunas, suprir os programas e projetos criados pela instituição, atender as equipes técnicas no exercício de suas atividades e traçar diretrizes para o descarte e/ou desbastamento de materiais bibliográficos.

O conceito de sistemas abrange o desenvolvimento de sistemas cooperativos de bibliotecas, reunidas geograficamente, ou pelo assunto, ou por qualquer outra característica comum, tendo cada um deles uma espécie de órgão central, que não somente coordena as atividades internas do sistema, como também serve de dispositivo de entrada e saída em relação às centrais de outras redes. 

A execução de programas cooperativos conduziu algumas instituições a uma natural posição de recuo e, o que é mais importante, as demais instituições participantes desses programas à aceitação, também natural, da inferioridade daquelas. Finalmente, firmou-se a consciência de que os programas em cooperação exigiam a renúncia voluntária a uma certa parcela de autossuficiência e de dependência.

Embora, com relação a outras conotações, a ideia de sistemas e redes já seja conhecida, a ênfase que atualmente se vem dando, sob esse aspecto, às atividades de Biblioteconomia e Documentação tem foros de novidade, excitante novidade, que se cristaliza em um instrumento de trabalho de grande potencial, porque mobiliza todos os recursos de muitas bibliotecas e centros de informação. Excitante novidade, mas igualmente grande desafio. 

O desenvolvimento da dependência fez surgirem sérios problemas que, muitas vezes, ainda entravam a plena cooperação mas, em compensação, apontou também algumas das possíveis soluções para eles. Foi assim que surgiu, para bibliotecários e outros profissionais da informação, a oportunidade de uma nova experiência de trabalho: sistemas e redes.

Falar em rede, como solução para racionalizar a indústria da informação, seria esquematizá-la como modelo de integração horizontal e, portanto, de forma hierárquica, dentro dos limites das organizações e dos serviços existentes ou planejados, de qualquer grandeza, e, nos quais, a ênfase recai mais nos recursos internos, de um extremo a outro, do que nas relações externas.

Partindo de uma análise onde a biblioteca digital se caracteriza por utilizar insumos eletrônicos para a sua formação e prestação de serviços, apontam este tipo de biblioteca como algo mais abrangente que as eletrônicas, podendo até ser incluída a biblioteca eletrônica na digital.

No contexto das bibliotecas sem parede, o conceito de lugar torna-se primário, tanto para bibliotecários quanto para usuários. O que é importante passa a ser o acesso, isso ocorre devido ao fenômeno de desterritorialização do documento.

Para os usuários, é relevante ter conhecimento do local onde os objetos digitais estão armazenados, seja em um servidor presente na sua cidade ou até fora do país, para ele o essencial é o acesso ao documento possibilitado pela internet.

Uma das principais consequências da implantação e desenvolvimento da plataforma web e da internet é o fenômeno da territorialização do documento, ou seja, o fato de passar o documento a ter sua materialidade vinculada da forma física anterior, assumindo a forma digital que possibilita uma organização espacialmente integrada de textos, imagens e sons.

Além das vantagens de acesso, as bibliotecas sem paredes ganharam espaço no universo das bibliotecas porque mais e mais documentos estão sendo publicados nos formatos eletrônicos, o que exige redimensionamentos de espaço e mecanismos de tratamento, busca e disseminação destes materiais.

Sabe-se que a falta de recursos ou, simplesmente, a prioridade na distribuição destes para a biblioteca é um dos principais motivos da ausência de reformas e reestruturação de seus espaços. Contudo, a partir da revisão de literatura sobre a situação da biblioteca pública no Brasil e no Mundo, identifica-se que a ressignificação do seu conceito e de sua função na sociedade está aquém dos seus serviços, na projeção do seu ambiente físico com um lugar de opinião pública, de cultura, de encontro, aberto, acessível, atrativo e confortável.

A biblioteca pública, como uma instituição social, deve possibilitar a convivência entre as pessoas, e por isso, à medida que o ser humano se transforma, ela também deve acompanhar tal mudança, sem necessidade de manter a historicidade dos diversos sujeitos que passaram por ela. 

A ideia de uma biblioteca pública, que esteja em dois tempos e dois lugares, atrapalha a acessibilidade de seus serviços, do relacionamento e fidelização de seus usuários. 

Talvez pensar a biblioteca pública com estas características possa dissociá-la da função que majoritariamente a sociedade entende como sua, que é de guardiã de livros. Embora, esta, também seja uma de suas funções, ela deve ser compreendida como um espaço universalmente acessível, onde os cidadãos são livres para se reunir e confraternizar sem se sentirem, apenas, como leitores

Na contemporaneidade, as bibliotecas públicas já atuam em uma concepção moderna e sem questões a enfrentar, e limites a superar. Pois já se desvencilharam de uma concepção iluminista de leitura, que atribui ao livro a inercia em relação a mudança das mentes.