Questões de Concurso

Foram encontradas 1.748 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q2536306 Redação Oficial
      K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse:
     – E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”.
     Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca.
     – Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora.
     Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.
(KAFKA, Franz. O processo. Belo Horizonte/MG. Editora Pé da Letra, 2018. Tradução por Lívia Bono.)
O trecho apresenta cena ocorrida em um tribunal, em que o personagem K., ao ver-se na posição de réu, trata por “meritíssimo” o juiz. Caso o autor optasse por retratar a forma como se dirige K. ao magistrado como “Vossa Excelência”, pronome de tratamento comum quando se faz referência a altas autoridades, e redigisse o termo em sua forma abreviada de modo a economizar caracteres, é correto dizer que ele escreveria:
Alternativas
Q2496411 Redação Oficial
Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades quanto às concordâncias verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a concordância para a terceira pessoa.
(Manual de Redação da Presidência da República, 2018.)

Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, analise as afirmativas a seguir.
I. Vossa Excelência indicará a instituição que será responsável pela distribuição das doações.
II. Vossa Senhoria designará vossa substituta, devendo constar em ata.
III. O Digníssimo Diretor da Escola Estadual recebeu uma homenagem.

Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2473752 Redação Oficial
Segundo os novos padrões de correspondência oficial, o documento expedido por Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia passou a ser o:
Alternativas
Q2469368 Redação Oficial
Leia o texto a seguir:


5 problemas que atrapalham a comunicação escrita


A gestão e o engajamento são mediados pela linguagem o tempo todo, e isso exige senso de responsabilidade na hora de escrever



Mensagens surgem de todas as telas. Apps de mensagem, ferramentas de gestão remota, e-mails de trabalho, newsletters, e-books, posts nas redes sociais. Segundo uma pesquisa de 2018 da Adobe, profissionais de escritório nos EUA gastavam uma média de 3,1 horas por dia em e-mail de trabalho. Isso em 2018, imagine agora em 2022.


Diante de tantos textos,é natural que surjam mil e uma fórmulas para escrever textos de sucesso, centenas de dicas de como melhorar sua escrita. Muitas delas focadas em contextos específicos: conquistar ou fidelizar clientes, aumentar engajamento nas redes sociais, vender produtos e serviços, construir e consolidar marcas.


E, como observadora, aprendiz, pesquisadora e professora, sigo acompanhando as mudanças dos canais na linguagem e seus efeitos em profissionais nas mais diversas empresas. O que percebo é que gatilhos e fórmulas podem ser úteis em alguns contextos sim e, claro, gerar muitos negócios. Mas ainda temos uma longa caminhada para aprimorar os textos que circulam nas organizações, especialmente as mensagens rotineiras, que constroem ou corroem, dia a dia, a confiança e o engajamento nas equipes.


Ainda são incontáveis os textos prolixos, com linguagem inadequada e imprecisos; inúmeros “oks” que podem significar “aprovado”, “lido” ou “faz o que achar melhor”; recados no chat com apenas “oi, tudo bem”, que aguardam resposta para revelar o real motivo do contato; e-mails sem cordialidade, objetivo ou prazos.


Curioso é que há quem ainda acredite que os problemas dos textos cotidianos são erros ortográficos, problemas de regência e concordância. Antes fosse…


Os problemas, na realidade, decorrem de:



1. Pressa


2. Sobrecarga de trabalho


3. Automatismo ao escrever


4. Desconexão com as pessoas envolvidas na interação (mesmo que remota)


5. Desatenção ao impacto da comunicação nas relações e na reputação profissional e corporativa


Talvez não seja possível resolver esse cenário de infoxicação e sobrecarga. Mas uma mudança de mindset pode ser muito útil: encare os inúmeros textos cotidianos como parte integrante e determinante do trabalho. A liderança, a gestão de processos e o engajamento das equipes são mediados pela linguagem o tempo todo, por isso, ter esse senso de responsabilidade pelo que e como escrever muda bastante a perspectiva diante das mensagens.


Experimente investir um minuto a mais antes de começar uma mensagem e antes de apertar o botão enviar. Eu sei que parece ser perda de tempo ou até impossível achar um minuto que não existe na sua agenda. Só que o retorno sobre o investimento é grandioso. Menos retrabalho e conflitos desnecessários, mais precisão e assertividade.


Não é uma fórmula matemática, porque o contexto está sempre ali para nos surpreender e nosso olhar pode estar sempre mais atento a pequenos grandes detalhes no uso das palavras. Mas pode ser um passo e tanto para navegar pelo oceano de mensagens infindáveis que tanto dizem sobre quem somos, sobre como nos relacionamos e sobre a empresa que representamos.


Sigo observando, aprendendo, linguista e curiosa que sou. E você?



Vivian Rio Stella
Doutora em Linguística pela Unicamp



Fonte: https://vocerh.abril.com.br/coluna/vivan-rio-stella/5-problemas-queatrapalham-a-comunicacao-escrita. Acesso em: 16 jan. 2024.
De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, no correio eletrônico, ao realizar comunicados oficiais, a forma padrão de fecho é:
Alternativas
Q2469367 Redação Oficial
Leia o texto a seguir:


5 problemas que atrapalham a comunicação escrita


A gestão e o engajamento são mediados pela linguagem o tempo todo, e isso exige senso de responsabilidade na hora de escrever



Mensagens surgem de todas as telas. Apps de mensagem, ferramentas de gestão remota, e-mails de trabalho, newsletters, e-books, posts nas redes sociais. Segundo uma pesquisa de 2018 da Adobe, profissionais de escritório nos EUA gastavam uma média de 3,1 horas por dia em e-mail de trabalho. Isso em 2018, imagine agora em 2022.


Diante de tantos textos,é natural que surjam mil e uma fórmulas para escrever textos de sucesso, centenas de dicas de como melhorar sua escrita. Muitas delas focadas em contextos específicos: conquistar ou fidelizar clientes, aumentar engajamento nas redes sociais, vender produtos e serviços, construir e consolidar marcas.


E, como observadora, aprendiz, pesquisadora e professora, sigo acompanhando as mudanças dos canais na linguagem e seus efeitos em profissionais nas mais diversas empresas. O que percebo é que gatilhos e fórmulas podem ser úteis em alguns contextos sim e, claro, gerar muitos negócios. Mas ainda temos uma longa caminhada para aprimorar os textos que circulam nas organizações, especialmente as mensagens rotineiras, que constroem ou corroem, dia a dia, a confiança e o engajamento nas equipes.


Ainda são incontáveis os textos prolixos, com linguagem inadequada e imprecisos; inúmeros “oks” que podem significar “aprovado”, “lido” ou “faz o que achar melhor”; recados no chat com apenas “oi, tudo bem”, que aguardam resposta para revelar o real motivo do contato; e-mails sem cordialidade, objetivo ou prazos.


Curioso é que há quem ainda acredite que os problemas dos textos cotidianos são erros ortográficos, problemas de regência e concordância. Antes fosse…


Os problemas, na realidade, decorrem de:



1. Pressa


2. Sobrecarga de trabalho


3. Automatismo ao escrever


4. Desconexão com as pessoas envolvidas na interação (mesmo que remota)


5. Desatenção ao impacto da comunicação nas relações e na reputação profissional e corporativa


Talvez não seja possível resolver esse cenário de infoxicação e sobrecarga. Mas uma mudança de mindset pode ser muito útil: encare os inúmeros textos cotidianos como parte integrante e determinante do trabalho. A liderança, a gestão de processos e o engajamento das equipes são mediados pela linguagem o tempo todo, por isso, ter esse senso de responsabilidade pelo que e como escrever muda bastante a perspectiva diante das mensagens.


Experimente investir um minuto a mais antes de começar uma mensagem e antes de apertar o botão enviar. Eu sei que parece ser perda de tempo ou até impossível achar um minuto que não existe na sua agenda. Só que o retorno sobre o investimento é grandioso. Menos retrabalho e conflitos desnecessários, mais precisão e assertividade.


Não é uma fórmula matemática, porque o contexto está sempre ali para nos surpreender e nosso olhar pode estar sempre mais atento a pequenos grandes detalhes no uso das palavras. Mas pode ser um passo e tanto para navegar pelo oceano de mensagens infindáveis que tanto dizem sobre quem somos, sobre como nos relacionamos e sobre a empresa que representamos.


Sigo observando, aprendendo, linguista e curiosa que sou. E você?



Vivian Rio Stella
Doutora em Linguística pela Unicamp



Fonte: https://vocerh.abril.com.br/coluna/vivan-rio-stella/5-problemas-queatrapalham-a-comunicacao-escrita. Acesso em: 16 jan. 2024.
De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, na redação oficial, o pronome de tratamento adotado para fazer referência, no corpo do texto, aos senadores da República é:
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: B
4: C
5: D