Questões de Concurso
Sobre conhecimentos gerais
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Entre os festejos e manifestações tradicionais brasileiros, qual é a festividade que ocorre no mês de junho, onde são comuns as danças de quadrilhas e as comidas típicas como, por exemplo, canjica, arroz doce e bolo de milho:
A cultura popular raramente se modifica, e são aprendidas de forma simples. Um dos exemplos de cultura popular brasileira é:
Esta tradição muito forte na Tunísia, desde o fim do século XIX, refreou o regime, impedindo-o de ser tão repressivo como gostaria, e assegurava que o poder permitia um pluralismo político limitado, desde que isso nunca ameaçasse a hegemonia do Rassemblement Constitutionnel Démocratique (RCD). De facto, os partidos políticos seculares que foram autorizados depois de 1980 colaboraram várias vezes com o regime devido ao seu receio do islamismo. Quando a presidência quebrou este princípio ao alterar a Constituição de modo a permitir que o Presidente em funções se candidatasse por mais de dois mandatos e ao instituir uma assembleia parlamentar bicamaral para salvaguardar o controle do RCD, a sua base de apoio começou a fragmentar-se, tal como aconteceu com o seu antecessor por motivos semelhantes nos anos 1980.
JOFFÉ, George. A Primavera Árabe no Norte de África: origens e perspectivas de futuro. Relações Internacionais, n. 30, p. 85-116, jun. 2011. p. 101. [Adaptado].
O texto se refere à tradição
Observe a imagem a seguir.
LATUFF, Carlos. Sem título. In: SANTOS, M. J. As charges nas ruas: a primavera árabe nos traços de Carlos Latuff e Ali Ferzet. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, [S. l.], v. 46, 2014. Disponível em: < https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/15890/13757>. Acesso em: 19 jun. 2024.
Convidado pelos organizadores de um dos protestos no
Egito, Carlos Latuff reproduziu por meio de desenhos
algumas das convocatórias do evento. Na charge em
questão, ele desenhou o sapato motivado pelo
À primeira vista é difícil perceber nas receitas qual é a parte mágica (que mais respeitosamente deveremos chamar de axé, poder), e quais as virtudes testáveis experimentalmente dessas plantas. Devemos ter em mente que, na língua iorubá, frequentemente existe uma relação direta entre os nomes das plantas e suas qualidades, e seria importante saber se receberam tais nomes devido às suas virtudes ou se devido a seus nomes determinadas características foram a elas atribuídas, como um tipo de jogo de palavras (ou, mais respeitosamente, p/o). Essas encantações-jogos de palavras têm uma grande importância nestas civilizações. Sendo pronunciadas em orações solenes, podem ser consideradas como definições e com frequência são as bases sobre as quais o raciocínio é construído. Servem também como conclusão e prova final nas histórias transmitidas de geração a geração pelos babalaôs, e expressam ao mesmo tempo o ponto de vista da cultura iorubá e o senso comum de seu povo.
VERGER, Pierre. Ewé o uso das plantas na sociedade Iorubá. São Paulo, Companhia das Letras, 1995, p. 24. [Adaptado].
Tal sistema de designação da língua iorubá demonstra qual característica daquela civilização?
Leia o texto a seguir.
Berimbau
Quem é homem de bem, não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
E assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom, não cai
E se um dia ele cai, cai bem!
Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza, camará
MORAES, V. Berimbau. Disponível em:https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/49258/ . Acesso em: 31 mai. 2024. [Adaptado].
“Berimbau” foi gravada em 1963, em um disco de Vinícius
de Moraes com Odete Lara. A canção tem uma introdução
marcada pelo compasso do berimbau, estrutura que se
mantém até o refrão. O sucesso da canção fez com que não
fosse gravada junto dos demais afro-sambas de Vinícius e
Baden Powell. Qual característica da Afro-ética a música
representa?
Nesse horizonte, não se está mais seguro do que quer dizer a palavra homem. Existe uma história do conceito de homem e é preciso se interrogar sobre essa história: de onde vem o conceito de homem, como o homem ele mesmo pensa o que é o próprio do homem? Por exemplo, quando tradicionalmente se opõe o homem ao animal, se afirma que o próprio do homem é a linguagem, a cultura, a história, a sociedade, a liberdade etc. Podem-se colocar questões sobre a validade de todas essas definições do "próprio" e do homem e, portanto, sobre a validade do conceito de homem tal como geralmente é utilizado. Colocar questões sobre esse conceito de homem é nada ter de seguro a esse respeito. Mas isso não quer dizer ser contra o homem. Frequentemente se acusa a desconstrução de, ao colocar questões sobre a história do conceito de homem, ser inumana, desumana, contra o humanismo. Nada tenho contra o humanismo, mas me reservo o direito de interrogar quanto à história, à genealogia e à figura do homem, quanto ao conceito do próprio do homem.
DERRIDA, J. A solidariedade dos seres vivos. Entrevista por Evando Nascimento, publicada no suplemento Mais! Folha de São Paulo, em 27.5.2001.
De que modo tais reflexões produzem óbice ao etnocentrismo?
Na Bolívia, logo após o problema criado pelas medidas do governo Melgarejo, relativas à apropriação de terrenos e propriedades indígenas, o governo do presidente Frias (1874- 1876) em consonância com a Assembleia Nacional promulgou a lei de “exvinculación”. A lei de exvinculación teve um efeito devastador para os índios. De um lado quebrava-se a histórica vinculação dos mesmos com a terra da comunidade e, por outro, se acelerava o processo de expropriações em favor do Estado, que uma vez consolidadas passavam a ser leiloadas. Isto intensificou o surgimento de grandes latifúndios no altiplano e vales. A lei reconhecia a propriedade soberana e pessoal dos índios sobre sua terra, mas a desvinculava da comunidade, por isso o termo “ex-vinculação”, porque fraturava a base de uma relação secular do índio com a terra. A “sayaña” dentro do “ayllu” formava uma unidade de propriedade comunitária indivisível. A lei foi na contramão da essência comunal e representou, sobretudo, uma visão ideológica e modernizadora que não respeitava e ou não entendia a realidade histórica e cultural dos povos indígenas.
HASSLOCHER-MORENO, Alejandro Marcel. Bolívia e a questão indígena: da escravidão à cidadania plena. Revista Campo da História, v. 7, n. 1, 2022, p. 344. [Adaptado].
Qual conceito foi a base pelo próprio governo para a formulação desta disposição legal?