Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre educação física no ambiente escolar em educação física
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A partir de dados obtidos da observação sistemática das aulas de Educação Física, verifica-se que a avaliação tem sido entendida e tratada, predominantemente, por professores e alunos para: a) atender exigências burocráticas expressas em normas da escola; b) atender a legislação vigente: e c) selecionar alunos para competições e apresentações tanto dentro da escola quanto com outras escolas. Geralmente é feita pela consideração da “presença” em aula, sendo este o único critério de aprovação ou, então, reduzindo-se a medidas de ordem biométrica: peso, altura etc. bem como de técnicas: execução de gestos técnicos, "destrezas motor”, "qualidades físicas”, ou simplesmente, não é realizada. Esses entendimentos negligenciam, entre outras coisas, o fato de que a avaliação contém um caráter "formal", aparente, explicitado e assumido pela escola, por exemplo, na determinação de períodos para avaliação e de notas, na seleção dos talentos esportivos etc. Contém, ainda, um caráter “não formal" expresso em todas as condutas e comportamentos que constantemente, durante a aula, o professor utiliza para situar o aluno em relação aos seus conhecimentos, habilidades e valores. (...) Tem prevalecido a "orientação" oficial advinda do sistema esportivo. Essa "orientação oficial" determina as condições organizacionais das escolas, as quais condicionam a prática pedagógica da Educação Física, dando-lhe um significado, uma finalidade, um conteúdo e uma forma.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. Ed. Cortez, São Paulo, 1992, p. 69.
De acordo com Soares et. al., (1992), o significado, a finalidade o conteúdo e a forma da avaliação orientada pela instituição esportiva são respectivamente
O esporte é uma construção histórico-social humana em constante transformação e fruto de múltiplas determinações. Assim, críticas ao esporte só podem ser endereçadas ao seu sendo, a como ele se apresenta historicamente. E, no caso da pedagogia crítica da EF, com vistas à sua superação, o que significa buscar colaborar para que esse esporte assuma outras características, estas, então, mais adequadas a uma outra (alternativa à hegemônica hoje) concepção de homem e sociedade. A negação do esporte não vai no sentido de abolilo ou fazê-lo desaparecer ou então, negá-lo como conteúdo das aulas de EF. Ao contrário, se pretendemos modificá-lo, é preciso exatamente o oposto, é preciso tratá-lo pedagogicamente. É claro que, quando se adota uma perspectiva pedagógica crítica, esse "tratá-lo pedagogicamente" será diferente do trato pedagógico dado ao esporte a partir de uma perspectiva conservadora de educação.
BRACHT, V. Esporte na escola e esporte de rendimento. Revista Movimento - Ano VI - nº 12 - 2000/1, p. 16.
O autor propõe que o ensino da técnica, necessária à prática dos esportes, seja realizada de forma
A figura que reinava no imaginário da intelectualidade brasileira e que tem sua síntese no Jeca Tatu, personagem criado por Monteiro Lobato, em 1918, como meio de descrever o típico homem do interior, mobiliza imagens de um país assolado pela doença e pela vermina, decorrente da falta de saneamento, de nutrição e de instrução, mas também fruto do descaso dos governantes. Para os explicadores do Brasil da década de 1910 e 1920, o problema estava em como sanear as imensas populações de jecas-tatus espalhadas pelo território nacional, moralizar seus corpos e desmistificar “[...] o mobiliário cerebral do Jeca [...] [e] o suculento recheio de superstições [...]” (LOBATO, 1918, p. 286) que povoavam a sua mente. (...) O melhor caminho seria a imigração, modo mais simples de melhorar as características raciais do brasileiro. (...) Conforme Leite (1992), vários ensaístas, como Silvio Romero e Euclides da Cunha, acreditavam que somente o branqueamento da população poderia salvar o Brasil da degenerescência. Lugarcomum nos estudos ditos científicos do final do século XIX, que procuravam provar a desigualdade das raças, das quais a branca e a europeia seriam superiores, o tema da degeneração, de acordo com Blanckaert (2001, p. 149), mobilizava outras questões como “[...] os efeitos da mestiçagem entre raças diferentes, a limitação da imigração de variada extração, a parte do inato e do adquirido nas gerações, os problemas de aclimatação nas colônias, a detecção das frações ‘degeneradas’ da humanidade (alcoólicos, epilépticos, loucos, pervertidos e criminosos”. As ideias de tornar o Brasil um país livre dos seus “males de origem”, utilizando o expediente da imigração, são bem localizadas na historiografia. (...) O corpo era o alvo a ser atingido pela educação física, a melhoria das condições biotipológicas pela adoção de regras de higiene, nas quais estavam inclusos o amor pelo esporte, a exercitação diária, o aprendizado na escola das regras de saúde, o culto ao padrão grego de estética corporal, o amor à pátria e a moralização dos hábitos que poderiam levar à degenerescência.
SCHNEIDER, O.; NETO, A. F. Intelectuais, educação e educação física um olhar historiográfico sobre saúde e escolarização no Brasil. Revista Brasileira de Ciências dos Esporte, Campinas, v. 27, n. 3, p. 73- 92, maio, 2006, p. 76. [Adaptado].
O texto refere-se ao preconceito como forma de razão científica, que apontava desde então, o corpo como alvo e os objetivos da Educação Física como sendo
Um jogo de duas equipes, por exemplo "queimada", envolve a situação imaginária de uma guerra onde uma equipe "extermina" a outra com "tiros" de bola. O imaginário da "guerra" vai sendo escondido pelas regras, cada vez mais complexas, às quais os jogadores devem prestar o máximo de atenção. Por esse motivo, é conveniente promover, junto aos alunos, discussões sobre as situações de violência que o jogo cria e as consequentes regras para seu controle. Dessa forma, os alunos poderão perceber, por exemplo, que um jogo como a "queimada" é discriminatório, uma vez que os mais fracos são eliminados (queimados) mais rapidamente, perdendo a chance de jogar. Isso não significa não jogar "queimada", senão mudar suas regras para impedir a sobrepujança da competição sobre o lúdico. Quanto mais rígidas são as regras dos jogos, maior é a exigência de atenção da criança e de regulação da sua própria atividade, tomando o jogo tenso. Todavia, é fundamental o desenvolvimento das regras na escola, porque isso permite à criança a percepção da passagem do jogo para o trabalho.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. Ed. Cortez, São Paulo, 1992, p. 45.
Ao elaborar um programa de ensino de jogos, Soares et. al. (1992), definem que os conteúdos sejam selecionados considerando