Questões de Concurso

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Q845300 Literatura

Considere os excertos de poemas da literatura brasileira:


(I)

Lembro-me bem. A ponte era comprida,

E a minha sombra enorme enchia a ponte,

Como uma pele de rinoceronte

Estendida por toda a minha vida!


(II)

Se se pudesse o espírito que chora

Ver através da máscara da face,

Quanta gente, talvez, que inveja agora

Nos causa, então piedade nos causasse!


(III)

O Eden alli vai n’aquella errante

Ilhinha verde – portos venturosos

Cantando à tona d’água, os tão mimosos

Simplices corações, o amado, o amante.


(IV)

Existe um povo que a bandeira empresta

Para cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nesta festa

Em manto impuro de bacante fria!...


Em relação aos excertos, é correto afirmar:

Alternativas
Q845299 Literatura

Transpuseram a prosa formal, inovaram a ficção, dominaram a força dos gêneros, reformularam a sintaxe e poetizaram o romance brasileiro.


Trata-se dos escritores

Alternativas
Q845298 Literatura

Considere os excertos:


(I)

[...] no Brasil, contribuiu de maneira importante pelo fato de ter dado posição privilegiada ao meio e à raça como forças determinantes. Ora, meio e raça eram conceitos que correspondiam a problemas reais e a obsessões profundas, pesando nas concepções dos intelectuais e constituindo uma força impositiva em virtude das teorias científicas do momento [...].

Fonte: CANDIDO, A. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993. p. 152.


(II)

[...] o homem ocidental não mais se conformava em abrir mão das virtualidades da vida terrena que o humanismo [...] e o alargamento espacial da Terra lhe revelaram. Por isso, o conflito entre o ideal de fuga e renúncia do mundo e as atrações e solicitações terrenas. Diante do dilema, em vez da impossível destruição, tentou a conciliação, a incorporação, a absorção.

Fonte: COUTINHO, A. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1990. p. 99.


(III)

[...] A interação familiar, a educação da infância, as relações homem-mulher e homem-paisagem, a vida em sociedade, as instituições políticas e religiosas, tudo vai mudando de imagem e de significado no nível da consciência. Estilhaça-se o espelho em que esta reflete e prolonga a cultura recebida. E os cacos, ainda não rejuntados por uma nova ideologia explícita, vão-se dispondo em mosaico quando os apanha o andamento de uma prosa solta, rápida, impressionista.

Fonte: BOSI, A. Céu, inferno. São Paulo: Duas Cidades, 2010. p. 212-213.


(IV)

A fluência ardorosa do tempo, o gosto pelo nebuloso e antigo, a busca de consolidação da identidade nacional, o rosto pátrio, a afirmação de seus primeiros habitantes, [...], o uso da canção de verso breve, o folhetim, a comédia, certa tendência declamatória e a exploração fremente do sentimento sobre a razão.

Fonte: NEJAR, C. História da literatura brasileira: da carta de Caminha aos contemporâneos. São Paulo: Leya, 2011. p. 93.


Tendo em vista os estilos de época da literatura brasileira, os excertos destacados abordam, respectivamente,

Alternativas
Q837124 Literatura

Texto 10A3DDD


      É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo.

      Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita.

      O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História.

Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais> .

A partir da leitura do texto 10A3DDD e considerando-se a dinâmica do sistema literário brasileiro na geração de 1930 do Modernismo, é correto afirmar que nesse período escritores do gênero romance
Alternativas
Q837122 Literatura

Texto 10A3CCC


      O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular.

      Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização.

      O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas de estudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem.

Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações)

Visto como síntese de tendências estéticas universalistas e particularistas, o Modernismo é apresentado pelo texto 10ACCC como um movimento que
Alternativas
Respostas
526: A
527: C
528: A
529: E
530: C