Questões de Concurso

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Ano: 2023 Banca: NC-UFPR Órgão: CBM-PR Prova: NC-UFPR - 2023 - CBM-PR - Cadete |
Q2284117 Literatura
Leia o trecho a seguir, retirado de A Falência:
“E tudo nela repugnava a Ruth: a estupidez, a humildade, a cor, a forma, o cheiro; mas percebera que também ali havia uma alma e sofrimento, e então, com lágrimas nos olhos, perguntava a Deus, ao grande Pai misericordioso, por que a criara, a ela, tão branca e tão bonita, e fizera com o mesmo sopro aquela carne de trevas, aquele corpo feio da Sancha imunda? Que reparasse aquela injustiça e alegrasse em felicidade perfeita o coração da negra.”
ALMEIDA, Júlia Lopes de. A Falência. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2019. p. 200.
Com base na leitura integral do livro de Júlia Lopes de Almeida e do fragmento destacado acima, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: NC-UFPR Órgão: CBM-PR Prova: NC-UFPR - 2023 - CBM-PR - Cadete |
Q2284116 Literatura
Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, abre-se com falas dos personagens Johann e Bertran:
— Silêncio, moços! acabai com essas cantilenas horríveis! Não vedes que as mulheres dormem ébrias, macilentas como defuntos? Não sentis que o sono da embriaguez pesa negro naquelas pálpebras onde a beleza cinzelou os olhares da volúpia? — Cala-te, Johann! Enquanto as mulheres dormem e Arnold-o-loiro cambaleia e adormece murmurando as canções de orgia de Tieck, que música mais bela que o alarido da saturnal? Quando as nuvens correm negras no céu, como um bando de corvos errantes, e a lua desmaia, como a luz de uma lâmpada sobre a alvura de uma beleza que dorme, que melhor noite que a passada ao reflexo das taças?
AZEVEDO, Álvares de. Noite na Taverna. Lisboa: Tipografia de J.H. Verde, 1878, p. 1.
Em relação às histórias envolvendo os três personagens mencionados na abertura de Noite na Taverna, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2283253 Literatura
Atenção: Use o texto a seguir, do romance “Dom Casmurro’, de Machado de Assis, para responder à próxima questão.

   “Meses depois fui para o seminário de São José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige. Entretanto, se eu me ativer só à lembrança da sensação, não fico longe da verdade; aos quinze anos, tudo é infinito. Realmente, por mais preparado que estivesse, padecia muito. Minha mãe também padeceu, mas sofria com alma e coração; demais, o Padre Cabral achara um meio-termo: experimentar-me a vocação; se no fim de dois anos, eu não revelasse vocação eclesiástica, seguiria outra carreira.”
Assinale a opção que indica corretamente o estilo de época a que pertence essa obra de Machado de Assis. 
Alternativas
Q2283027 Literatura
Atenção: use o texto a seguir para responder à próxima questão.

Observe o trecho inicial do romance “O Quinze”, de Rachel de Queiroz:

“Depois de se benzer e de beijar duas vezes a medalhinha de São José, dona Inácia concluiu: ‘Dignai-vos ouvir nossas súplicas, ó castíssimo esposo da Virgem Maria, e alcançai o que rogamos. Amém.’

Vendo a avó sair do quarto do santuário, Conceição, que fazia as tranças sentada numa rede ao canto da sala, interpelou-a:

— E nem chove, hein, Mãe Nácia? Já chegou o fim do mês... Nem por você fazer tanta novena...
Dona Inácia levantou para o telhado os olhos confiantes:

— Tenho fé em São José que ainda chove! Tem-se visto inverno começar até em abril.”
Em termos de estilos de época, o trecho de Rachel de Queiroz pertence
Alternativas
Q2267487 Literatura
A qual autor(a) da literatura brasileira de fase nacional se refere o excerto a seguir?
    “Os heróis d’A Moreninha” são quatro estudantes de medicina; as senhoras são filhas ou esposas de comerciantes. N’O moço loiro, duas famílias esteiam a narrativa; a primeira, modesta, de um funcionário algo ridículo, com uma mulher e uma filha porfiando em brilhar na sociedade, em aparecer e dar festas. Outra, de comerciantes opulentos e dignos, mas cheia de mistérios e encrencas que dinamizam a narrativa toda, e à qual pertencem o herói e a heroína. O vilão e o subvilão são comerciante o primeiro, caixeiro o segundo. E assim vai tudo.     Alguns de seus romances patenteiam, mais que outros, esta fidelidade ao sistema das posições e relações na sociedade do tempo. Se em muitos deles tudo gira em torno do amor, não é apenas porque o romancista leva em conta o público feminino, ou porque o sexo constitua um fulcro na literatura. Analisando o tipo de amor que descreve, veremos que na base das complicações sentimentais – namoricos, faniquitos, intriguinhas, negaceios – há uma infra-estrutura determinada pela posição da mulher, nessa sociedade acanhada de comerciantes, funcionários e fazendeiros, onde ela era um dos principais transmissores de propriedade, um dos meios de obter fortuna ou qualificação. Daí os combates que se travam ao seu redor e cuja verdadeira natureza vem descrita em Rosa.”
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira – momentos decisivos. 6ª ed. v. 2. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. 
Alternativas
Respostas
71: B
72: C
73: B
74: C
75: C