Questões de Concurso
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Os Sertões é uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária. Euclides da Cunha, entretanto, pretendeu apenas contar o que presenciara no sertão e compreender o fenômeno cientificamente, sem apresentar qualquer conflito interior, como se observa no texto apresentado.
No trecho apresentado, evidencia-se a diferença já reveladora dos contrastes sociais do início do século XX no Brasil. Nesse episódio da luta, o fenômeno de Canudos revela o isolamento político e econômico do sertão brasileiro, em relação ao Brasil cosmopolita, do sul e do litoral.
No segundo parágrafo, Antonio Candido revela uma concepção canônica de literatura, a qual é privilegiada nos currículos e reflete o espírito libertário dos romances românticos e realistas no Brasil, contemporâneos a movimentos de emancipação, tais como a Inconfidência Mineira e a Independência do Brasil, respectivamente.
Com proximidade tanto cronológica quanto ideológica do projeto estético do Parnasianismo de Olavo Bilac, a linguagem de Antonio Candido, em Direito à Literatura, revela-se erudita e em defesa da fruição da literatura para que todos tenham direito a textos literários bem escritos e, assim, escrevam melhor.
Antonio Candido, no primeiro parágrafo, se utiliza de recurso estilístico recorrente no Barroco: o paradoxo. No texto do teórico, esse recurso contextualiza o ambiente de contradições em que se vive hoje; na lírica amorosa de Gregório de Matos, entretanto, o paradoxo apresenta a dualidade entre ascetismo e sensualismo, espírito e matéria.