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Texto 1
O cativeiro
O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em um domingo de sol, Alemão conseguiu abrir o cadeado e escapou. Ele tinha o largo horizonte do mundo à sua espera. Tinha as árvores do bosque ao alcance de seus dedos. Tinha o vento sussurrando promessas em seus ouvidos. Alemão tinha tudo isso. Ele passara a vida tentando abrir aquele cadeado. Quando conseguiu, virou as costas. Em vez de mergulhar na liberdade, desconhecida e sem garantias, Alemão caminhou até o restaurante lotado de visitantes. Pegou uma cerveja e ficou bebericando no balcão. Os humanos fugiram apavorados.
Por que fugiram?
O macaco havia virado homem.
O perturbador desta história real não é a semelhança entre o homem e o macaco. Tudo isso é tão velho quanto Darwin. O aterrador é que, como homem, o macaco virou as costas para a liberdade. E foi ao bar beber uma. (...)
BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006. p. 54. (fragmento)
Identifique a construção que se mantém fiel à idéia do trecho “O aterrador é que, como homem, o macaco virou as costas para a liberdade”.
Texto 1
O cativeiro
O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em um domingo de sol, Alemão conseguiu abrir o cadeado e escapou. Ele tinha o largo horizonte do mundo à sua espera. Tinha as árvores do bosque ao alcance de seus dedos. Tinha o vento sussurrando promessas em seus ouvidos. Alemão tinha tudo isso. Ele passara a vida tentando abrir aquele cadeado. Quando conseguiu, virou as costas. Em vez de mergulhar na liberdade, desconhecida e sem garantias, Alemão caminhou até o restaurante lotado de visitantes. Pegou uma cerveja e ficou bebericando no balcão. Os humanos fugiram apavorados.
Por que fugiram?
O macaco havia virado homem.
O perturbador desta história real não é a semelhança entre o homem e o macaco. Tudo isso é tão velho quanto Darwin. O aterrador é que, como homem, o macaco virou as costas para a liberdade. E foi ao bar beber uma. (...)
BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006. p. 54. (fragmento)
Com base no título da história, podemos fazer a seguinte reflexão:
TEXTO 1
Publicidade e violência
A política, os direitos e a própria cidadania, transformados em mercadorias dentro da linguagem publicitária, não são mais a política, os direitos ou a cidadania, mas são versões mercadológicas da política, dos direitos e da cidadania. Essas versões mercadológicas, a exemplo de qualquer outra mercadoria, vendem-se a partir do desejo do consumidor de se tornar melhor que os outros. O Consumo toma impulso pela competitividade que a sociedade de consumo estimula entre os indivíduos. Assim como a mensagem política tenta garantir que votar em tal candidato significa ser mais bonito, mais moderno ( quem vota no outro candidato é menos bonito, menos moderno), um refrigerante se anuncia a partir da diminuição daquele que não o consome. E assim por diante: uma marca de cigarro é vendida zombando do homem que não fuma aquele cigarro e que, por isso, não consegue seduzir as mulheres; um automóvel se promove à medida que humilha quem anda de carro velho. É essa ordem extensa de fomentos para a competição que organiza a sociedade de consumo - e, a cada dia mais, é ela quem organiza a significação da vida humana. É sintomático que, quando alguém se descreve, quando alguém busca traduzir em palavras sua própria identidade, descreve normalmente mercadorias de sua preferência. Nas palavras de Canclini, "consumir é tornar mais inteligível um mundo onde o sólido se evapora". *
Há muito tempo já deixamos para trás a cultura do ser. Agora o que vai se formando é uma cultura um grau acima da tão denunciada cultura do ter. Forma-se a cultura do ter o que o outro não tem. Os bens de consumo retiram seu valor de um sentimento de exclusividade: é o cartão de crédito que dá uma identidade especial, sobretudo quando no hotel de Nova York já não pedem o passaporte, mas aquele cartão superespecial; o automóvel é tanto melhor quanto menos mortais possam comprá-lo; a roupa tem uma grife exclusiva. É bom pensar no que significa a palavra "exclusiva": ela significa exclusão, significa excluir o outro. Na raiz mesma do ato de consumir, dentro desse modelo, há um desejo de excluir o outro.
Há, portanto, na lógica da competitividade encorajada (e forjada) pela sociedade de consumo, uma visão preconceituosa do outro. Se o desejo de consumir é comum a todos ( os homens se identificam entre si à medida que consomem), o exercício do consumo existe para diferenciar os homens uns dos outros dentro da competição individualista e narcisista. O que interessa é ser melhor que o outro. O outro precisa ser necessariamente pior do que eu. Pois se o consumo dá sentido, e um sentido ritualizado à vida de todos, é por meio dele que o indivíduo se sente pertencente a um círculo de privilegiados. Nem que sejam os privilegiados por algumas migalhas: um carnê do baú, uma sandália, um retrato de um ídolo afixado do lado de dentro da porta do guarda-roupa.
O estímulo a tanta competitividade pode ser fatal. Em nossos dias, o desejo de possuir grifes (de tênis, jeans ou bonés) tem sido a motivação de assaltos e de latrocínios. Jovens que se veem expulsos do paraíso do consumo, segregados daquela "cidadania" que pode ser comprada pelo consumo, insurgem-se de forma violenta contra os privilegiados. Tomam à força o que o mercado não lhes permite adquirir dentro da lei. Depois do assalto, desfilam realizados, passeando com um par de tênis americano (made in Taiwan). A mesma publicidade que reforça a visão preconceituosa dos que podem consumir contra os que não podem acentua também a humilhação (ou o ódio) dos que não podem comprar em relação aos que esbanjam dinheiro. É por isso que, num artigo recente, o escritor uruguaio Eduardo Galeano aponta para a publicidade nos meios de comunicação, e na TV de modo especial, como uma das principais causas da violência nas grandes cidades.
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*CANCINI, Nestor Garcia. Consumidores e cidadãos, conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1995.p.59. BUCCI, Eugênia. Sociedade de consumo (ou o consumo do preconceito). ln: O preconceito (vários autores). Lerner, Júlio (Ed.). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1996/1997 p.48-49.
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A organização discursiva e a finalidade textual correspondem a:
Indique, com base nos dados a seguir, o valor do Resultado Financeiro do Exercício (RFE): Saldo final das disponibilidades $ 400; Ativo financeiro $ 700; Restos a pagar processados $ 300; Saldo inicial das disponibilidades $ 150; Receita arrecadada $ 500
Considerando os dados a seguir, indique o valor para o Resultado da Execução Orçamentária do Exercício (REO): Ativo Financeiro $ 800; Passivo Financeiro $ 400; Restos a Pagar Processados $ 300; Receita Orçamentária $ 500; Dívida Ativa $ 100; Despesa Orçamentária $ 200.
Com relação ao uso de recursos públicos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou atender déficits de pessoas jurídicas, considerando-se o previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), pode-se afirmar:
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), caso outros prazos não estejam definidos nas respectivas constituições estaduais ou leis orgânicas municipais, os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas, no prazo de:
Com base no Artigo 52 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), será publicado:
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), os titulares de poderes e órgãos públicos expressamente identificados, deverão emitir Relatório de Gestão Fiscal:
O artigo 34 da Lei 4.320/64 estabelece que:
Indique, dos eventos a seguir, o único que se refere a uma apuração necessária para a liquidação da despesa pública:
Considerando-se a existência de processo inflacionário, mesmo em níveis reduzidos; bem como outras alterações, que impactam o valor dos bens móveis e imóveis registrados pela contabilidade pública, a Lei 4.320/64 assim define:
A avaliação de bens de almoxarifado, nos termos da Lei 4.320/64, obedecerá a seguinte norma:
Com base em dispositivo previsto na Lei 4.320/64, o Ativo Financeiro não compreenderá:
Nos termos do Artigo 89 da Lei 4.320/64, a contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração:
Nos termos da Constituição Federal do Brasil, a lei Orçamentária Anual é de iniciativa:
As aquisições de bens de consumo para estoque no almoxarifado, acarreta:
Considere os dados a seguir e informe o valor da Receita Corrente Líquida em um determinado período: Receita tributária $ 100; Receita patrimonial $ 2; Transferências correntes $ 50; Alienação de bens $ 1; Valores de terceiros retidos $ 3; Plano de seguridade se servidores $ 5; Despesa com pessoal ativo $ 20; Dedução para formação do FUNDEF $ 2.
A classificação correta, respectivamente, para as receitas oriundas da alienação de bens e prestação de serviços é:
O resultado patrimonial do exercício será superavitário quando: