Questões de Concurso
Para if sul rio-grandense
Foram encontradas 1.013 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
L. A. Marcuschi define a linguística do texto como o estudo das operações linguísticas, discursivas e cognitivas reguladoras e controladoras da produção, construção e processamento de textos escritos ou orais em contextos naturais de uso.
A partir dessa definição, a linguística do texto, segundo Marcuschi, NÃO pressupõe
Ao discutir procedimentos didáticos para a elaboração de propostas de produção textual, M. L. Abaurre e M. B. Abaurre elencam alguns critérios objetivos a serem considerados pela/pelo docente durante a correção, etapa cuja função primordial é orientar a/o estudante no aprimoramento de seu trabalho em função de características associadas à situação de escrita – finalidade, perfil de leitor, contexto de circulação, estrutura do gênero discursivo, grau de formalidade de linguagem.
Sobre o conjunto de parâmetros apresentados pelas autoras acerca da tarefa de analisar tais produções escritas, é correto afirmar que
Marcos Bagno trabalha com a ideia de que a ortografia oficial do português não é estritamente racional, exibindo uma série de incoerências e incongruências que inevitavelmente conduzem os aprendizes a fazerem deduções que, embora lógicas do ponto de vista intuitivo, não encontram respaldo nas convenções da ortografia oficial.
Para o autor, é correto afirmar que os erros de ortografia detectados na escrita dos alfabetizados
Leila Perrone-Moisés sintetiza alguns argumentos sobre o porquê de se estudar literatura: ensinar literatura é ensinar a ler e, nas sociedades letradas, sem leitura não há cultura; os textos literários podem incluir todos os outros tipos de texto que o aluno deve conhecer; a significação, no texto literário, não se reduz ao significado, operando a interação de vários níveis semânticos e produzindo interpretações teoricamente infinitas; a literatura de ficção, ao mesmo tempo em que ilumina a realidade, mostra que outras realidades são possíveis, desenvolvendo a capacidade imaginativa e inspirando transformações históricas; e, por último, a poesia capta níveis de percepção e de fruição da realidade que outros tipos de texto não alcançam.
Considerando as virtudes arroladas pela autora, o ensino de literatura deve pressupor que o professor
Ao sintetizar as propriedades sintático-semântico-pragmáticas do verbo – as suas funções –, Marcos Bagno destaca que essa complexa classe gramatical (1) cria um molde que comporta espaços passíveis de serem preenchidos por sintagmas nominais; (2) estabelece uma perspectiva, isto é, um ponto de vista a respeito do estado das coisas enunciado e dos seus participantes; (3) obriga-nos a examinar a categoria de “pessoa”; (4) carrega, em sua morfologia, informações acerca do “tempo”; (5) permite a expressão de “aspectos”; (6) permite, também, modalizar o estado de coisas que descrevemos; e, por fim, (7) comporta informações de “voz”.
Ao detalhar seus pressupostos, o autor elabora a seguinte tipologia:
Qualitativa |
Imperfectivo |
inceptivo |
cursivo | ||
terminativo | ||
Perfectivo |
pontual |
|
resultativo | ||
Quantitativa |
Iterativo |
imperfectivo |
perfectivo | ||
Semelfactivo |
(BAGNO, M. Gramática peddagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012).
A tipologia reproduzida acima, importante para o estudo dos verbos, diz respeito
A Semana de Arte Moderna, em 1922, representou um ponto de encontro de várias tendências artísticas que vinham se formando desde os anos da I Guerra Mundial. Seus desdobramentos resultaram, em boa medida, na publicação de obras literárias fundamentais desse primeiro modernismo, bem como de um extenso aparato crítico, por meio de revistas e manifestos, que iam delimitando subgrupos e consolidando matizes estéticos e ideológicos.
De uma destas revistas, extraiu-se o seguinte excerto da “Carta aberta a Alberto de Oliveira”, de Mario de Andrade, datada de 20 de abril de 1925:
“Estamos fazendo isso: Tentando. Tentando dar caráter nacional prás nossas artes. Nacional e não regional. Uns pregando. Outros agindo. Agindo e se sacrificando conscientemente pelo que vier depois. Estamos reagindo contra o preconceito da fórma. Estamos matando a literatice. Estamos acabando com o dominio espiritual da França sobre nós. Estamos acabando com o dominio gramatical de Portugal. Estamos esquecendo a pátria-amada-salve-salve em favor duma terra de verdade que vá enriquecer com o seu contingente característico a imagem multiface da humanidade. O nosso primitivismo está sobretudo nisso: Arte de intenções práticas [...]”
(Manteve-se a escrita original do texto)
Pela análise do excerto acima, conjugada às reflexões de Alfredo Bosi acerca dos desdobramentos da Semana de Arte Moderna, é correto afirmar que o trecho, extraído da carta publicada originalmente na Revista
Margareth Rago afirma que o feminismo propõe uma nova relação entre teoria e prática, a partir da qual se delineia um novo agente epistêmico, não isolado do mundo, mas inserido no coração dele, não isento e imparcial, mas subjetivo e afirmando sua particularidade. Esse é um pressuposto teórico que auxilia a compreender, por exemplo, o ensaio de Lélia Gonzalez, cuja enunciação analítica coincide com o locus discursivo do sujeito (epistêmico) analisado, articulando consciência e memória no desvelamento do racismo e do sexismo como sintomáticos da “neurose cultural brasileira”.
Os estudos feministas, adotando o diálogo crítico como premissa para a construção do conhecimento, a partir da reflexão de Margareth Rago, permitem
Rita Terezinha Schmidt, em texto que integra o volume organizado por Heloisa Buarque de Hollanda sobre o pensamento feminista brasileiro, ataca a invisibilidade da autoria feminina no século XIX, período da formatação da identidade nacional e da institucionalização da literatura. Para a autora, na construção da genealogia brasileira, não houve espaço para a alteridade, de modo que a produção literária local traduziu a intenção programática de construção de uma literatura nacional, perspectivada a partir de um nacionalismo romântico abstrato e conservador, e atravessada pela contradição entre o desejo de autonomia e a dependência cultural. Ou seja, a nação se consolidou nas bases de uma ordem social simbólica pautada na imagem de um sujeito nacional universal – dentro do paradigma do colonizador –, cuja identidade se impôs de forma abstrata.
Ao questionar essa matriz ideológica do paradigma universalista, Schmidt
A aproximação entre literatura e artes visuais, cujas origens remontam à filosofia clássica, foi amplamente abordada pelos estudos comparatistas ao longo do século XX. Além disso, tem demostrado fôlego em perspectiva analítica ao adentrar o recente século XXI, sobretudo pela potência de seus criadores, cujas obras, tanto artísticas quanto críticas, renovam não apenas a secular interseccionalidade entre os códigos na construção dos objetos em si, mas também (re)ativam leituras desses e de outros objetos do passado, num esforço de compreensão do contemporâneo.
Adriana Varejão, ao se apropriar da arte da azulejaria portuguesa com suas figuras ornamentais, bem como de representações pictóricas dos sujeitos do Novo Mundo elaboradas a partir do imaginário colonial/patriarcal dos expedicionários europeus, produz uma espécie de narrativa não discursiva, verificada em trabalhos como “Figura de convite II”, “Figura de convite III” e “Filho bastardo”, estabelecendo, de acordo com Silviano Santiago, um “jogo da encenação”, no qual a artista é a “dobradiça cosmopolita” dessa “porta de vaivém” dos sentidos.
Para o ensaísta, em termos de uma teoria da literatura transponível à leitura da obra de Varejão,
Na Moderna Gramática Portuguesa, Evanildo Bechara elucida alguns conceitos fundamentais para a compreensão da estrutura das palavras.
Analisando-os, é correto afirmar que
Na introdução ao volume que organizara selecionando importantes ensaios de Silviano Santiago, Ítalo Moriconi lembra que, na metacrítica do autor, o deslocamento é um gesto crítico preventivo, é uma preliminar da empreitada metodológica; é o exercício da vontade de operar a substituição brusca de um ponto de vista ou paradigma; é a dimensão contra-hegemônica que todo ato crítico deve ter. Tal movimento crítico/interpretativo identificado na produção de Santiago agenciaria, dos anos de 1990 em diante, um radical deslocamento, a partir da problematização do cosmopolitismo, das margens, das fronteiras, e dos limites – tanto sociais quanto discursivos.
Nessa perspectiva, em “O cosmopolitismo do pobre”, o autor propõe a
L. A. Marcuschi adota a perspectiva sociointerativa para o trabalho com o texto, percebendo a língua como uma atividade – variada e variável. Ou seja, ela contempla três aspectos em sua heterogeneidade: da comunidade linguística; de estilos e registros; e do próprio sistema.
Assim, para o autor, é correto admitir que a língua é
Marcos Bagno chama de “dramática da língua portuguesa” a oposição, instaurada no ensino, entre a norma-padrão e as variedades cultas da língua. Ela escancara o conflito entre os usos reais da língua e a obrigação, sentida pelos professores, de fazer cumprir um conjunto de regras que praticamente nenhum falante respeita em sua integralidade – nem mesmo os que tentam impô-las.
Diante desta constatação, o linguista propõe que a escola deva ensinar a
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), a oferta da Educação Especial tem início na Educação Infantil e estende-se ao longo da vida. Nesse sentido, os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, EXCETO
No texto Abordagens científicas sobre o desenvolvimento da linguagem e aspectos escolares de crianças cegas e com baixa visão (2013), que faz parte da coletânea Diferentes olhares sobre a inclusão, as autoras Jáima Oliveira e Tania Braga, ao analisarem um conjunto de estudos sobre essa temática, afirmam:
Muitos sites oferecem conteúdos e ferramentas que podem ser explorados em atividades escolares, assim professores e professoras podem utilizar os recursos disponíveis na internet para o seu planejamento. Sabe-se que idealmente os sites e suas interfaces deveriam ser construídos de modo a favorecer o acesso e o uso por todas as pessoas, mas nem sempre é assim. Alguns procedimentos podem ser adotados por professores para verificar a acessibilidade de sites.
Considerando esses procedimentos, analise as afirmativas abaixo:
I. Desativar as imagens e verificar se textos alternativos apropriados estão disponíveis.
II. Usar a tecla SHIFT para percorrer os links e controles de formulários, certificando-se de que todos os links e controles de formulários podem ser apenas acessados e não acionados.
III. Desativar o som e verificar se o conteúdo sonoro está disponível por meio de textos equivalentes.
Estão corretas as afirmativas
O Planejamento Pedagógico Especializado, parte constituinte do Plano de Desenvolvimento Individualizado, é organizado em três partes.
São elas:
Para desenvolver o Atendimento Educacional Especializado (AEE), é imprescindível que o professor conheça seu aluno e suas particularidades para além da sua condição cognitiva.
Considerando a organização do AEE para estudantes com deficiência intelectual, analise as afirmativas a seguir:
I. É função do professor de AEE organizar situações que favoreçam o desenvolvimento do aluno e que estimulem o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem.
II. Será importante a produção de materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas desses alunos na sala de aula do ensino regular.
III. Esse trabalho não deve focalizar as atividades do aluno diante da aprendizagem, visando prioritariamente à solicitação do estudante com os colegas do ensino regular.
Estão corretas as afirmativas
No texto Diversidade, deficiência e autonomia escolar (2013), que faz parte da coletânea “Diferentes olhares sobre a inclusão”, a autora Fátima Denari defende que, ao trabalharmos com o educando em sua integralidade, torna-se necessário considerar a possibilidade de o educando
A baixa visão é uma deficiência que requer a utilização de estratégias e de recursos específicos, sendo muito importante compreender as implicações pedagógicas dessa condição visual e usar recursos de acessibilidade adequados no sentido de favorecer uma melhor qualidade de ensino na escola.
Com relação à baixa visão, analise as afirmativas a seguir:
I. A baixa visão pode acarretar perda de campo visual e comprometer a visão central ou a periférica.
II. O desempenho visual de uma pessoa com baixa visão pode ser desenvolvido e ampliado de forma gradativa e constante, pois a eficiência da visão melhora à medida de seu uso.
III. A acuidade visual é a capacidade visual de cada olho (monocular) ou de ambos os olhos (binocular), expressa em termos qualitativos. A avaliação da acuidade visual refere-se ao seu uso funcional no dia a dia.
Estão corretas as afirmativas