Questões de Concurso
Comentadas para funcab
Foram encontradas 7.810 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
“A pessoa portadora da Síndrome de Down, sobretudo a criança, revela predisposição demorada para a aprendizagem, já que nessas pessoas o estímulo e a resposta cerebrais são processos lentos”.
(BOMFIM, 1996, p. 61.)
Quanto à(s) tarefa(s) do educador ao “tratar” com a criança portadora da Síndrome de Down, analise as afirmativas.
I. “Exigir” delas somente o que estiver dentro de suas potencialidades, a fim de que a mesma possa se sentir mais segura na escola, individual e socialmente.
II. Conhecer o nível de realização da criança e definir objetivos a serem alcançados.
III. Priorizar os estímulos a serem oferecidos.
IV. Limitar os recursos àqueles que facilitem o treino das crianças.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
Do ponto de vista sociológico, as pessoas com necessidades especiais sempre foram consideradas à margem da participação no sistema econômico, político e social. Sobre os diferentes tipos de percepção a respeito dos indivíduos com necessidades especiais, como foram considerados ao longo da história da humanidade?
I. Eternas crianças.
II. Ameaça para a espécie.
III. Merecedores de piedade.
IV. Seres normais.
V. Seres completos e subjetivos.
Estão corretas apenas as respostas dadas em:
O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), difundido pelo educador Lev Vygotsky pode auxiliar o trabalho dos professores no processo de avaliação do desempenho de aprendizagem dos alunos?
Sobre esse questionamento, analise as afirmativas a seguir:
I. a ZDP indica a existência de um espaço em que os conhecimentos estão em construção, oferecendo indicações relevantes sobre onde o ensino deve atuar.
II. a ZDP toma como referência o que o aluno ou aluna já sabe.
III. a ZDP tem a finalidade de classificar os alunos ou as alunas em melhores ou piores.
IV. a ZDP ressalta o conhecimento como um processo coletivo, solidário, compartilhado, cooperativo, além de sublinhar a importância da homogeneidade na sala de aula.
V. a ZDP contribui como prática de investigação ajudando a fortalecer o sentido do diálogo que se mostra mais interessante para a aprendizagem.
Estão corretas apenas as afirmativas:
“A avaliação contemplada nos Parâmetros Curriculares Nacionais é compreendida como: elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino, conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma [...]”.
(BRASIL, 1997, p. 83.)
Uma concepção desse tipo pressupõe considerar:
I. o processo que o aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado.
II. as expectativas de aprendizagem aplicando a avaliação apenas ao aluno.
III. o ensino oferecido e sua finalidade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativas(s):
Segundo os PCN (BRASIL,1997, p. 38-39), “a prática de todo professor, mesmo de forma inconsciente, sempre pressupõe uma concepção de ensino e aprendizagem que determina sua compreensão dos papeis de professor e aluno, da metodologia, da função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados”.
Analise as afirmativas a seguir quanto ao modelo de educação, conforme a coluna I, e relacione-as às tendências pedagógicas no Brasil presentes na coluna II.
Coluna I
1. É transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação esta que o levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a optar por uma profissão valorizada.
2. O princípio de aprendizagem parte do interesse dos alunos, que, por sua vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem por si mesmos.
3. O que é valorizado não é o professor, mas a tecnologia; o professor passa a ser um mero especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos da técnica utilizada.
4. A atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais e políticos e em ações sobre a realidade social imediata. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos.
Coluna II
( ) “pedagogia libertadora”
. ( ) “pedagogia renovada”.
( ) “pedagogia tradicional”.
( ) “pedagogia crítico-social dos conteúdos”.
A sequência correta é:
Zaballa (1998) diferencia, na aprendizagem, as características de quatro tipos de conteúdo. Considerando os tipos de conteúdo, conforme a coluna I, relacione-os, corretamente, às características na coluna II.
Coluna I
1. Factuais
2. Procedimentais
3. Atitudinais
4. Conceituais
Coluna II
( ) Conjunto de ações ordenadas e com um fim, incluindo regras, técnicas, métodos, destreza e habilidades, estratégias e procedimentos, dominados pela exercitação múltipla e tomados conscientes pela reflexão sobre a própria atividade.
( ) Conjunto de fatos, objetos ou símbolos.
( ) Conhecimento de acontecimentos, situações, fenômenos concretos e singulares, às vezes menosprezados, mas indispensáveis e cuja aprendizagem é verificada pela reprodução literal.
( ) Podem ser agrupados em valores e normas, verificados por sua interiorização e aceitação, o que implica conhecimento, avaliação, análise e elaboração.
A sequência correta é:
Pimenta e Anastasiou (1995), ao analisarem as transformações necessárias à ação educativa dos professores, consideram modelos que têm marcado a prática docente institucional. Relacione, corretamente, os modelos conforme listados na coluna I às características da docência presentes na coluna II.
Coluna I
1. Tradicional ou prático-artesanal
2. Técnico ou academicista
3. Hermenêutico ou reflexivo
Coluna II
( ) A formação do professor ocorre na prática institucional e o conhecimento profissional é resultado de amplo processo de adaptação à escola e de seu papel de conservação, não sendo necessária formação prévia específica.
( ) O professor já nasce “pronto” e deve tão somente ser treinado na prática profissional, não sendo necessária investir na formação e no seu desenvolvimento profissional.
( ) O professor deve ser intelectual que tem de desenvolver seus saberes (de experiências, do campo específico e pedagógico) e sua criatividade para fazer frente às situações únicas, ambíguas, incertas, conflituosas nas aulas, meio ecológico complexo.
( ) O professor deve ser formado para adquirir competências comportamentais com o objetivo de executar esse conhecimento.
( ) O professor não necessita dominar os conhecimentos científicos, mas apenas dominar as rotinas de intervenção deles derivados, desenvolvendo habilidades técnicas.
( ) O conhecimento do professor é composto de sensibilidade da experiência e da indagação técnica.
A sequência está correta em:
“Com Rousseau, temos lançadas as bases da 'Escola Nova'. [...] Amplamente desenvolvido na primeira metade do século XX, o movimento escolanovista enfatizava o aprendiz como agente ativo da aprendizagem e a valorização dos métodos que respeitassem a natureza da criança, que a motivassem, que a estimulassem a aprender”.
(PIMENTA e ANASTASIOU, 2002, p. 45.)
Sobre a finalidade da educação da vertente escolanovista, que tem suas raízes assentadas na psicologia experimental (empirismo), é correto afirmar que:
“Existem várias teorias do desenvolvimento humano em psicologia. Elas foram construídas a partir de observações, pesquisas com grupos de indivíduos em diferentes faixas etárias ou em diferentes culturas, estudos de casos clínicos, acompanhamento de indivíduos desde o nascimento até a idade adulta”.
(BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1995, p. 82.)
Estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é determinado pela interação de vários fatores. Acerca dos fatores que influenciam o desenvolvimento humano, analise os itens a seguir:
I. Maturação neurofisiológica
II. Hereditariedade
III. Motivação
IV. Crescimento orgânico
V. Meio ambiente
Estão corretos os itens:
“O nível de desenvolvimento das crianças vem sendo avaliado de maneira a medir apenas o que a criança já sabe, ou seja, seu desenvolvimento mental consolidado. Vygotsky propõe que se considere também, nessas avaliações, as funções que ainda não amadureceram, que estão em maturação, ou seja, que se veja o desenvolvimento mental também de maneira prospectiva. Aquilo que a criança consegue fazer com ajuda dos outros pode ser, de alguma maneira, indicativo de seu desenvolvimento”.
(BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1995, p. 109.)
De acordo com o fragmento anterior, analise as afirmativas a seguir acerca da visão de Vygotsky sobre aprendizagem e desenvolvimento.
I. A zona de desenvolvimento proximal permite-nos delinear o presente imediato da criança e seu estado mecânico de desenvolvimento, o que traz ao trabalho do professor enormes vantagens.
II. O aprendizado orientado para os níveis de desenvolvimento que já foram atingidos é eficaz do ponto de vista do desenvolvimento global da criança, pois se dirige para o novo estágio do processo de desenvolvimento.
III. Um aspecto essencial do aprendizado é o fato de que ele desperta vários processos internos do desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com adultos e quando em cooperação com seus companheiros.
IV. A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Segundo Ribeiro (1997, p. 36), “as exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas a diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural”. Portanto, é correto afirmar, considerando a dimensão política, que:
Riscos ambientais “é uma denominação genérica e utilizada pelos higienistas para se referirem aos possíveis agentes de doenças ocupacionais que podem ser encontrados em uma determinada atividade ou um local específico de trabalho”.
(COLACIOPPO, 2005, p. 523.)
Sobre os riscos ambientais, citados na coluna I, estabeleça a correta correspondência com os exemplos de danos à saúde da coluna II.
Coluna I
1. Riscos químicos
2. Riscos físicos
3. Riscos biológicos
Coluna II
( ) Doenças infecciosas
( ) Doenças pulmonares
( ) Surdez
( ) Dermatoses
( ) Estresse
A sequência correta é:
Em Questão 1970, Harry Levinson já tecia críticas à avaliação de desempenho, por ser inerentemente autodestrutiva de longo prazo e por se basear em uma psicologia de recompensa e punição que intensifica a pressão exercida sobre cada indivíduo, proporcionando-lhe uma escolha muito limitada de objetivos.
Nesse sentido, considerando os olhares atuais na área de gestão de pessoas e de processos, assinale a alternativa correta.
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
"...faz com os ombros um protesto de RESIGNAÇÃO.” (§ 3)
Considere o valor semântico do sufixo formador do vocábulo acima em maiúsculas. Pode-se afirmar que, das opções abaixo, aquela em que os três vocábulos são formados por sufixos de idêntico valor semântico ao do vocábulo em destaque acima é:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
“.. em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata..." (§2)
Das alterações feitas na redação da oração adijetiva do fragmento acima, constitui um desvio de regência em relação à norma culta da língua a seguinte:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
“Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência LIMPISSIMA.” (§ 4)
O nome adjetivo em letras maiúsculas no período acima está expresso no grau superlativo absoluto sintético. Dos pares abaixo, aquele em que há superlativo com erro de grafia, segundo as normas da modalidade escrita culta da língua, é:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
“A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é..." (§ 4)
No fragmento acima, os nomes “velhinha” e “magrinha” foram empregados com o sufixo -inha. Este sufixo é usado em português para exprimir o diminutivo sintético nos nomes substantivos. Assim, pode-se depreender que em ambos os nomes o sufixo tem valor semântico conotativo, exprimindo, respectivamente:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
Considere o emprego das aspas nos fragmentos transcritos a seguir.
I. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”. (§ 1)
II. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer... ( § 2)
Explicam-se as aspas empregadas nos dois fragmentos, respectivamente, por:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)
" Por último o prato a única peça que não é de prata.” (§ 2)
A vírgula empregada no período acima se justifica pela mesma regra da que se emprega no seguinte fragmento do texto: