Questões de Concurso
Para ceperj
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Baseado nas forças atuantes e nas posições e tipos de apoios, uma viga pode ser considerada estaticamente determinada ou indeterminada . Essa classificação baseia-se no uso exclusivo ou não dos métodos de estática para encontrar os valores das reações. Dentre as vigas acima, a única considerada estaticamente indeterminada é:
Na figura acima, a estrutura sobre os dois apoios
representa um grau de hiperestaticidade igual a:
As vigas planas representadas acima possuem, em
sua extremidade, os apoios (1), (2) e (3), que
restringem, respectivamente:
A deflexão da mola em equilíbrio será de:
A tração no fio para θ =0° é:
Uma caixa redutora está submetida aos três momentos ilustrados.
Indique o momento resultante:
Considerando que o sistema encontra-se em equilíbrio estático, a intensidade da força e o tipo de esforço presente no elemento AC é:
Após a construção do diagrama de corpo livre, é possível determinar as distribuições de cortante (V) e de momento fletor (M) atuantes sobre a viga. O gráfico que melhor expressa a distribuição do esforço cortante sobre a viga em questão é:
A figura acima representa a visualização das
classes de ajuste no sistema furo-base. As classes
referentes aos números (1), (2) e (3) são,
respectivamente:
O andaime ilustrado pesa 2000 N. Os dois guinchos
suportam a mesma carga. A tração no cabo do
guincho é igual a:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade. Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.