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Q1907392 Português

Os fora-fila


Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.

Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis.

No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar.

Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.

Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento.

O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base.

A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.

Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade. Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.

Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda.

Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos invisíveis.

O texto de Cristóvam Buarque é um artigo de opinião. Com base no gênero apresentado, o texto "Os fora-fila", em termos de tipologia, é predominantemente:
Alternativas
Q1907390 Português

Os fora-fila


Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.

Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis.

No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar.

Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.

Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento.

O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base.

A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.

Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade. Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.

Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda.

Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos invisíveis.

O uso da primeira pessoa do discurso na construção textual provoca um impacto junto ao leitor. Tal situação pode ser evidenciada, pois:
Alternativas
Q1907268 Fisioterapia
Paciente sexo feminino, 42 anos, refere dor intensa em todo o corpo, com sensação de dor que migra. Aos 15 anos fez cirurgia de coluna. Médicos diziam ser dores da coluna. Há 6 anos, fechou diagnóstico de fibromialgia. Para articulações dolorosas, podemos lançar mão das técnicas de mobilização intra-articular ______________________ para estimular efeitos neurofisiológicos e mecânicos
Alternativas
Q1907267 Fisioterapia
Paciente de 49 anos sofreu mastectomia radical, desenvolvendo edema linfático crônico. Desta forma a fisioterapia deverá agir de forma primária sobre o edema com: 
Alternativas
Q1907266 Fisioterapia

Paciente do sexo feminino, 27 anos, refere dor na mão, braço e ombro direito.

Diagnóstico de doença de Kienbock (perda da circulação em osso semilunar).

Tendo perda de movimento do flexor longo do polegar.


A irrigação deste é feita pela artéria:

Alternativas
Q1907265 Fisioterapia

Paciente diagnosticada com câncer em fevereiro de 2017, optou pela cirurgia em julho de 2017, nas férias escolares.

Neste momento o câncer já havia crescido e transformado-se em uma 'colmeia', não sendo mais possível realizar a cirurgia.

Em fevereiro de 2018, teve diagnóstico de linfoma de Hodgkin. Fez radioterapia e quimioterapia.

Hoje sente dores intensas na virilha e abdômen. A marcha e ficar de pé estão comprometidos. Dá alguns passos com auxílio de muletas.

Com objetivo de testar a retração do reto femoral, colocamos a paciente em decúbito ventral e flexionamos passivamente o joelho.

Se for conseguida a flexão passiva plena do joelho, colocamos então passivamente o quadril em extensão, enquanto matemos a flexão do joelho obtida inicialmente.


Este é o teste de:

Alternativas
Q1907264 Fisioterapia
No Decreto Lei N. 938, de 13 de outubro de 1969, o fisioterapeuta tem assegurado o direito de executar apenas: 
Alternativas
Q1907263 Fisioterapia

Paciente do sexo masculino, 48 anos, ajudante de caminhão, refere sentir-se 'forte'.

Iniciou dores intensas, em 2015, na região lombar e fazia uso de medicação por livre opção, sem melhora do quadro.

Em janeiro de 2016, procurou ajuda médica e foi diagnosticado com discopatia degenerativa em L2-L3. Indicação cirúrgica.

Fez procedimento cirúrgico em novembro de 2016, relata não sentir melhora após a cirurgia, e que a dor, além de estar na região lombar, irradia para perna esquerda.


Para avaliarmos protusão discal lombar com comprometimento de forames intervertebrais são sugeridos os testes de:

Alternativas
Q1907262 Fisioterapia
Paciente é acometido de fascite palmar fibrosante, que forma cordões na região palmar, impossibilitando a extensão dos dedos comprometidos. Estamos falando da Contratura de:
Alternativas
Q1907261 Fisioterapia
Paciente sexo feminino, 57 anos, natural da Bahia, ajudante de serviços gerais em universidade. Em trote universitário foi atingida, caindo da escada. Em consequência da queda, teve fratura de 4 vértebras dorsais, fratura de arcos costais com perfuração de pulmão e ruptura parcial da artéria pulmonar. Sendo esta última a responsável pelo suprimento dos:
Alternativas
Q1907260 Fisioterapia
A elastina é um dos componentes fibrosos do tecido conjuntivo encontrado na pele, nos ligamentos, nos vasos sanguíneos e nos pulmões. Com o passar da idade ela é substituída por:
Alternativas
Q1907259 Fisioterapia
Pensando em prevenção para quadros de lombalgias em postos de trabalho, onde o trabalhador precisa rodar o tronco transferindo carga acima de 5kg de um lado para o outro, as cargas deverão estar posicionadas a uma altura em que o tronco não necessite de:
Alternativas
Q1907258 Fisioterapia
O Sinal de Piedallu tem como objetivo avaliar a restrição da mobilidade da articulação sacroilíaca. Este deverá identificar a disfunção S1 pela: 
Alternativas
Q1907257 Fisioterapia
Trabalhador sofre acidente e compromete o movimento de extensão do dedo mínimo, que está correlacionado com o dermátomo: 
Alternativas
Q1907256 Fisioterapia
Para descrever força muscular normal ou diminuída, destaca-se a associação do envelhecimento e da anormalidade com o termo:
Alternativas
Q1907255 Fisioterapia
O reflexo mandibular faz parte de um conjunto de testes para avaliar a integridade do nervo: 
Alternativas
Q1907254 Fisioterapia

Paciente do sexo masculino, 23 anos, digitador.

Procurou ambulatório queixando-se de hipoestesia, hipotrofia, limitação da movimentação do braço direito e dor durante esforço ou ao toque por compressão na região cervical.

Refere afastamento das atividades laborais por 12 meses consecutivos.


Tais distúrbios das raízes nervosas são sintomas dominantes da síndrome de: 

Alternativas
Q1907253 Fisioterapia
Uma das definições de Ergonomia é ciência que estuda o homem e seu:
Alternativas
Q1907252 Fisioterapia
O teste de Fulcro tem como objetivo avaliar a instabilidade glenoumeral anterior. Sendo positivo quando há presença de:
Alternativas
Q1907251 Fisioterapia
Ao fisioterapeuta é dada a permissão de executar técnicas especificas do profissional e é vetado pela legislação vigente: 
Alternativas
Respostas
1001: B
1002: C
1003: A
1004: A
1005: A
1006: A
1007: D
1008: B
1009: D
1010: C
1011: C
1012: C
1013: B
1014: A
1015: A
1016: D
1017: A
1018: C
1019: C
1020: D