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O Cantor Na Biblioteca
Bob Dylan, que surpresa, é o Prêmio Nobel de Literatura de 2016. Esse inédito reconhecimento literário a um dos maiores criadores do rock levanta a dúvida: o que Dylan faz, afinal, é poesia?
“Bob Dylan realmente merece um Prêmio Nobel? E por quê? ” A pergunta foi feita a Sara Danius, secretária da Academia Sueca, instituição responsável pelo Prêmio Nobel de Literatura, depois do anúncio, na quinta-feira 13, de que o vencedor deste ano não era um poeta, romancista ou dramaturgo, mas um cantor, uma estrela do rock. Na sua formulação seca e direta, o questionamento quase soa agressivo. Onde já se viu duvidar dos méritos do premiado? No entanto, trata-se de uma entrevista oficial, divulgada no próprio site do Nobel. Está claro que os acadêmicos suecos não só tinham plena consciência de que a premiação de um mestre do cancioneiro popular poderia incitar crítica e oposição: eles desejam instigar essas reações. A conversa segue com os elogios convencionais próprios da ocasião – Dylan, segundo Sara Danius, “corporifica a tradição” e sempre “reinventou a si mesmo” - , até o momento em que o entrevistador pede à secretária que indique obras do compositor americano. Sara sugere que “se ouça ou leia” Blonde on Blonde, disco de 1966. Leitura? De um disco? O verbo “ler” apareceu estranhamente deslocado em uma conversa sobre o Nobel de Literatura. A vetusta Academia Sueca, talvez na ânsia de rejuvenescer (embora Dylan tenha 75 anos), abriu-se para o gênero por excelência da inconstância juvenil: a canção pop.
Em anacronismo arriscado, Sara Darius comparou Dylan a Homero e Safo, autores gregos que também teriam criado versos para ser cantados. A Ilíada e a Odisseia, poemas épicos que a tradição atribui ao lendário Homero, datam do século IX ou VIII a. C., e é mais ou menos consensual entre especialistas que foram criação não de um só bardo, mas de uma coletividade de rapsodos. Safo, cuja obra ainda sobrevivente é pequena e fragmentária, nasceu provavelmente em 630 a.C., na Ilha de Lesbos, e morreu em data desconhecida. As criações desses poetas da Antiguidade estavam associadas a algum tipo de melodia – que se perdeu no tempo -, mas isso não os aproxima da moderna produção musical. Dylan, sobretudo antes de eletrificar sua música com Like a Roling Stone, bebeu das raízes populares do folk. Mas nunca foi, como os aedos que aparecem cantando feitos heroicos na Odisseia, um artesão: ele é um profissional da indústria fonográfica, um artista da era em que os discos de vinil no formato LP tornaram-se obras autorais. No outro lado – o lado propriamente literário do balcão -, a música silenciou. Por convenção, ainda se diz que a polonesa Wislawa Szymborska (1923 -2012), Nobel de 1996, fazia “poesia lírica”. Mas ela dispensava lira (ou guitarra) para escrever.
Nada disso invalida o prêmio. Mas a escolha de Dylan (que até o fechamento desta edição ainda não se manifestara sobre o Nobel) naturalmente levanta reações puristas. Para muitos, é como se a Academia Sueca permitisse que as sandálias empoeiradas de vulgaridade de um menestrel pop sujem o chão imaculado de alta cultura. Essa posição pernóstica é difícil de sustentar quando se considera o dinamismo que sempre pautou as trocas culturais. Shakespeare e Cervantes, para citar os dois gigantes cujos 400 anos de morte foram lembrados neste ano, transitaram com plena liberdade entre o alto e o baixo, o popular e o erudito.
Não há razão para se considerar que um compositor de rock como Dylan seja menos “elevado” do que um poeta livresco como o irlandês Seamus Heaney (1939 – 2013), outro Nobel. No entanto, ainda subsiste uma restrição insistente à escolha dos suecos: se o prêmio é para realizações em literatura, cabe considerar letras de música? Dylan, é verdade, também publicou livros (Crônicas Volume 1, de memórias, e Tarantula, coletânea de poemas), mas seus grandes feitos são musicais. Em On Poetry (Sobre a Poesia), de 2012, o poeta inglês Glyn Maxuel argumenta, sem esnobismo, mas também sem concessões, que poema é uma coisa, letra de música é outra. E usa como exemplo uma composição do próprio Dylan, Not Dark Yet, de 1997. Trata-se, diz Maxwell, de uma canção memorável, mas sua letra “encolhe” quando colocada contra o branco da página. Mesmo as criações dos melhores letristas – Cole Porter, Leonard Cohen, Patti Smith – só sobreviveriam na moldura sonora para a qual foram criadas: no silêncio representado pelo branco da página, morrem. Maxwell conclui descartando a costumeira aproximação que se faz entre Dylan e o poeta inglês John Keats (1795 – 1821): os dois não devem ser comparados, pois praticam ofícios diferentes.
Mesmo que se aceite integralmente esse argumento, ainda há um caminho para justificar o Nobel do autor da popularíssima Blowin’in the Wind (e da menos lembrada mas superior Idiot Wind): uma letra de música, ainda que não seja propriamente poesia ou literatura, pode ter certas qualidades literárias. Nas metáforas, alegorias e alusões bíblicas que Dylan mobiliza em All Along the Watchpower (popularizada por Jimi Hendrix) ou na destreza narrativa com que conta a história do lutador de boxe negro falsamente acusado de assassinato em Hurricane, vemos um artista com um domínio de recursos que poucos escritores alcançam. O problema é que também se podem identificar atributos que se diriam “literários” em filmes e séries de TV. E então volta à cena aquela turma alarmista que denuncia a decadência da arte e da cultura contemporâneas: o que virá a seguir – Nobel para a reconstituição de cenários históricos do videogame Assassin’s Creed? Em universidades pelo mundo, aliás, os “estudos culturais” já transformaram essas ligeirezas da cultura de massa em objeto de análise.
O Nobel conta ainda com um prestígio único entre os prêmios literários. É porque o prêmio carrega essa pesada importância simbólica que sempre nos lembramos de suas falhas e omissões. Maior inovador do romance no século XX, o irlandês James Joyce (1882-1941) não foi escolhido, embora amplamente aclamado (e eventualmente censurado e atacado) por Ulisses, de 1922. Sabe-se que o argentino Jorge Luis Borges (1899 – 1986), gênio polivalente da poesia, do conto e do ensaio, foi desprezado pela academia, sobretudo por uma infame razão política: aceitou uma comenda do ditador chileno Augusto Pinochet. O curioso é que ninguém julgaria ser uma injustiça insanável se Bob Dylan jamais ganhasse o Nobel: trata-se, afinal, de um músico amplamente reconhecido e celebrado em seu campo. E que se torna agora o único homem da história a ter acumulado o Oscar, o Grammy, o Pulitzer e o Nobel.
A academia sueca reconhece, com Dylan, as forças culturais (ou contraculturais) que se gestaram na agitação febril da década de 60. Sempre preterido, o americano Philip Roth, 83 anos, também marcou a turbulência daqueles anos com seu escandaloso Complexo de Portnoy (1969). Um tanto mais jovem – 67 anos – e também sempre cogitado para o prêmio, o japonês Haruky Muramaky apresenta, em sua ficção, um vigoroso diálogo com a cultura pop (um de seus romances de maior sucesso, de 1987, traz o título de uma canção dos Beatles: Norwegian Wood). O Nobel para Dylan deu uma revigorante sacudida no prêmio, e a rica discografia do compositor americano merece mesmo toda e qualquer celebração. Mas sempre haverá grandes livros para ser igualmente celebrados.
Fonte: TEIXEIRA, Jerônimo.
O Cantor na Biblioteca. In: Veja, São Paulo, Abril: 2016
Leia o texto seguinte para responder a questão.
O Cantor Na Biblioteca
Bob Dylan, que surpresa, é o Prêmio Nobel de Literatura de 2016. Esse inédito reconhecimento literário a um dos maiores criadores do rock levanta a dúvida: o que Dylan faz, afinal, é poesia?
“Bob Dylan realmente merece um Prêmio Nobel? E por quê? ” A pergunta foi feita a Sara Danius, secretária da Academia Sueca, instituição responsável pelo Prêmio Nobel de Literatura, depois do anúncio, na quinta-feira 13, de que o vencedor deste ano não era um poeta, romancista ou dramaturgo, mas um cantor, uma estrela do rock. Na sua formulação seca e direta, o questionamento quase soa agressivo. Onde já se viu duvidar dos méritos do premiado? No entanto, trata-se de uma entrevista oficial, divulgada no próprio site do Nobel. Está claro que os acadêmicos suecos não só tinham plena consciência de que a premiação de um mestre do cancioneiro popular poderia incitar crítica e oposição: eles desejam instigar essas reações. A conversa segue com os elogios convencionais próprios da ocasião – Dylan, segundo Sara Danius, “corporifica a tradição” e sempre “reinventou a si mesmo” - , até o momento em que o entrevistador pede à secretária que indique obras do compositor americano. Sara sugere que “se ouça ou leia” Blonde on Blonde, disco de 1966. Leitura? De um disco? O verbo “ler” apareceu estranhamente deslocado em uma conversa sobre o Nobel de Literatura. A vetusta Academia Sueca, talvez na ânsia de rejuvenescer (embora Dylan tenha 75 anos), abriu-se para o gênero por excelência da inconstância juvenil: a canção pop.
Em anacronismo arriscado, Sara Darius comparou Dylan a Homero e Safo, autores gregos que também teriam criado versos para ser cantados. A Ilíada e a Odisseia, poemas épicos que a tradição atribui ao lendário Homero, datam do século IX ou VIII a. C., e é mais ou menos consensual entre especialistas que foram criação não de um só bardo, mas de uma coletividade de rapsodos. Safo, cuja obra ainda sobrevivente é pequena e fragmentária, nasceu provavelmente em 630 a.C., na Ilha de Lesbos, e morreu em data desconhecida. As criações desses poetas da Antiguidade estavam associadas a algum tipo de melodia – que se perdeu no tempo -, mas isso não os aproxima da moderna produção musical. Dylan, sobretudo antes de eletrificar sua música com Like a Roling Stone, bebeu das raízes populares do folk. Mas nunca foi, como os aedos que aparecem cantando feitos heroicos na Odisseia, um artesão: ele é um profissional da indústria fonográfica, um artista da era em que os discos de vinil no formato LP tornaram-se obras autorais. No outro lado – o lado propriamente literário do balcão -, a música silenciou. Por convenção, ainda se diz que a polonesa Wislawa Szymborska (1923 -2012), Nobel de 1996, fazia “poesia lírica”. Mas ela dispensava lira (ou guitarra) para escrever.
Nada disso invalida o prêmio. Mas a escolha de Dylan (que até o fechamento desta edição ainda não se manifestara sobre o Nobel) naturalmente levanta reações puristas. Para muitos, é como se a Academia Sueca permitisse que as sandálias empoeiradas de vulgaridade de um menestrel pop sujem o chão imaculado de alta cultura. Essa posição pernóstica é difícil de sustentar quando se considera o dinamismo que sempre pautou as trocas culturais. Shakespeare e Cervantes, para citar os dois gigantes cujos 400 anos de morte foram lembrados neste ano, transitaram com plena liberdade entre o alto e o baixo, o popular e o erudito.
Não há razão para se considerar que um compositor de rock como Dylan seja menos “elevado” do que um poeta livresco como o irlandês Seamus Heaney (1939 – 2013), outro Nobel. No entanto, ainda subsiste uma restrição insistente à escolha dos suecos: se o prêmio é para realizações em literatura, cabe considerar letras de música? Dylan, é verdade, também publicou livros (Crônicas Volume 1, de memórias, e Tarantula, coletânea de poemas), mas seus grandes feitos são musicais. Em On Poetry (Sobre a Poesia), de 2012, o poeta inglês Glyn Maxuel argumenta, sem esnobismo, mas também sem concessões, que poema é uma coisa, letra de música é outra. E usa como exemplo uma composição do próprio Dylan, Not Dark Yet, de 1997. Trata-se, diz Maxwell, de uma canção memorável, mas sua letra “encolhe” quando colocada contra o branco da página. Mesmo as criações dos melhores letristas – Cole Porter, Leonard Cohen, Patti Smith – só sobreviveriam na moldura sonora para a qual foram criadas: no silêncio representado pelo branco da página, morrem. Maxwell conclui descartando a costumeira aproximação que se faz entre Dylan e o poeta inglês John Keats (1795 – 1821): os dois não devem ser comparados, pois praticam ofícios diferentes.
Mesmo que se aceite integralmente esse argumento, ainda há um caminho para justificar o Nobel do autor da popularíssima Blowin’in the Wind (e da menos lembrada mas superior Idiot Wind): uma letra de música, ainda que não seja propriamente poesia ou literatura, pode ter certas qualidades literárias. Nas metáforas, alegorias e alusões bíblicas que Dylan mobiliza em All Along the Watchpower (popularizada por Jimi Hendrix) ou na destreza narrativa com que conta a história do lutador de boxe negro falsamente acusado de assassinato em Hurricane, vemos um artista com um domínio de recursos que poucos escritores alcançam. O problema é que também se podem identificar atributos que se diriam “literários” em filmes e séries de TV. E então volta à cena aquela turma alarmista que denuncia a decadência da arte e da cultura contemporâneas: o que virá a seguir – Nobel para a reconstituição de cenários históricos do videogame Assassin’s Creed? Em universidades pelo mundo, aliás, os “estudos culturais” já transformaram essas ligeirezas da cultura de massa em objeto de análise.
O Nobel conta ainda com um prestígio único entre os prêmios literários. É porque o prêmio carrega essa pesada importância simbólica que sempre nos lembramos de suas falhas e omissões. Maior inovador do romance no século XX, o irlandês James Joyce (1882-1941) não foi escolhido, embora amplamente aclamado (e eventualmente censurado e atacado) por Ulisses, de 1922. Sabe-se que o argentino Jorge Luis Borges (1899 – 1986), gênio polivalente da poesia, do conto e do ensaio, foi desprezado pela academia, sobretudo por uma infame razão política: aceitou uma comenda do ditador chileno Augusto Pinochet. O curioso é que ninguém julgaria ser uma injustiça insanável se Bob Dylan jamais ganhasse o Nobel: trata-se, afinal, de um músico amplamente reconhecido e celebrado em seu campo. E que se torna agora o único homem da história a ter acumulado o Oscar, o Grammy, o Pulitzer e o Nobel.
A academia sueca reconhece, com Dylan, as forças culturais (ou contraculturais) que se gestaram na agitação febril da década de 60. Sempre preterido, o americano Philip Roth, 83 anos, também marcou a turbulência daqueles anos com seu escandaloso Complexo de Portnoy (1969). Um tanto mais jovem – 67 anos – e também sempre cogitado para o prêmio, o japonês Haruky Muramaky apresenta, em sua ficção, um vigoroso diálogo com a cultura pop (um de seus romances de maior sucesso, de 1987, traz o título de uma canção dos Beatles: Norwegian Wood). O Nobel para Dylan deu uma revigorante sacudida no prêmio, e a rica discografia do compositor americano merece mesmo toda e qualquer celebração. Mas sempre haverá grandes livros para ser igualmente celebrados.
Fonte: TEIXEIRA, Jerônimo.
O Cantor na Biblioteca. In: Veja, São Paulo, Abril: 2016
Leia o trecho abaixo retirado do artigo Mentira, por que nunca contamos tanta, publicado na Revista Super Interessante, na edição de agosto de 2015, para responder a questão.
A mentira nasceu junto com a sociedade. O ser humano começou a mentir assim que se juntou em grupos, e nunca mais parou. Uma experiência da Universidade de Massachusetts mostrou que, quando duas pessoas se conhecem, cada uma conta em média três mentiras – nos primeiros dez minutos de conversa. E pessoas que compartilham a vida toda (cônjuges, parentes, amigos) também mentem entre si, às vezes de forma terrível. Todo mundo mente. Tem gente que mente para levar vantagem, conseguir o que quer. Alguns mentem para não contrariar ou magoar outras pessoas. Tem quem minta para parecer mais legal e ser aceito socialmente. Existem infinitas maneiras de mentir, e elas nos acompanham o tempo todo.
(...) A mentira nunca foi tão corriqueira e tolerada, e por isso ganhou um poder avassalador –
hoje tem papel determinante na economia, na política, na imprensa, na medicina, na propaganda, no
consumo, nas relações humanas. Se você acha que o mundo está mentindo para você, está certo. O
que você nem imagina é quanto.
I. O autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; II. Pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública; III. Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; IV. Servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. V. Pessoa física ou jurídica que se encontre com pendências junto à Receita Federal do Brasil, fazendas estadual e municipal e outros órgãos de controle de proteção ao crédito.
I. Pregão Eletrônico; II. Convite; III. Tomada de Preços; IV. Concorrência Pública; V. Leilão.
O art. 38 da Lei nº 8.666/1993 estabelece que o procedimento de licitação deva ser iniciado por processo administrativo que, dentre outras obrigatoriedades, precisa conter “a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa”. Identifique abaixo em qual(is) caso(s) não é necessária a indicação da dotação orçamentária prévia, sendo exigida somente para formalização do contrato ou outro instrumento hábil:
I. Tomada de Preços;
II. Pregão Eletrônico – Sistema de Registro de Preços;
III. Concorrência Pública;
IV. Carta Convite;
V. Concorrência Pública – Regime Diferenciado de Contratações.
A redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações, formando um conjunto de normas que podem ser encontradas no Manual de Redação da Presidência da República. Sobre o Manual de Redação da Presidência da República analise os itens e assinale a alternativa CORRETA:
I. Embora a redação oficial deva caracterizar-se pela impessoalidade, é permitido que o comunicador expresse suas impressões ou opiniões pessoais em um tom particular, desde que não haja o uso de gírias ou linguagem coloquial.
II. Memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
III. Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência.
IV. O Manual de Redação da Presidência da República esclarece que pronome de tratamento “Vossa Excelência” é apropriado para o Presidente da República e Ministros de Estado, por exemplo. Já o pronome de tratamento “Vossa Magnificência” é empregado em comunicações dirigidas a reitores de instituições de ensino.
V. Para garantir a clareza na identificação do signatário do comunicado oficial, todas as comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura.
Licitação é o procedimento administrativo promovido pelas entidades governamentais com vistas a selecionar a proposta mais vantajosa às conveniências públicas. Sobre o processo licitatório, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.
I. A licitação deve ser pautada não somente pelo comportamento lícito, mas, também, em consonância com a moral, com as regras da boa administração e com os princípios de justiça e de equidade.
II. O direito condena condutas dissociadas dos valores jurídicos e morais. Por isso, mesmo quando não há disciplina legal, é vedado ao administrador conduzir-se de modo ofensivo à ética e à moral. A moralidade está associada à legalidade: se uma conduta é imoral, deve ser invalidada.
III. É inconstitucional considerar como fatores de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos pagos ao ente federativo que realiza a licitação; tais fatores, obviamente, desfavorecem eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em localidades diversas.
IV. Os atos licitatórios são públicos e acessíveis a todos, podendo ser acompanhados por servidores públicos efetivos.
V. Todos os licitantes devem ser tratados igualmente, em termos de direitos e obrigações, ou seja, com absoluta neutralidade. São vedados os apadrinhamentos, impondo que não haja favorecimentos pessoais.
Pode-se afirmar que está CORRETO, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, o que se afirma em:
I. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
II. A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondência particular seria apenas um lapso datilográfico pode ter repercussões indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial ou de um ato normativo. Assim, toda revisão que se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em conta a correção ortográfica.
III. O Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República, usa-se “respeitosamente”; b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior usa-se “atenciosamente”.
IV. O esforço de ser concisos atende, basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. A linguística provoca economia de pensamento, isto é, podese eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Isto não é recomendado pelo Manual, que reconhece a prolixidade como uma qualidade do bom texto técnico.
V. De acordo com o Manual, nas comunicações oficiais, doutor é forma de tratamento recomendável para autoridades a quem se quer tratar com distinção, mesmo que não sejam bacharéis em Direito e em Medicina, a quem normalmente se atribui este tratamento. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
É CORRETO, de acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República, o que se afirma em:
Licitação é o procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos - a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico (CARVALHO, 2014, p. 238).
CARVALHO, José dos Santos Filho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São paulo: atlas, 2014.
A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamenta o disposto no art. 37, XXI da Constituição Federal e institui as normas para licitações e contratos da Administração Pública. Embora licitar seja regra, há casos em que a legislação prevê a possibilidade de dispensa do referido procedimento ou até mesmo este é inexigível. De acordo com as regras estabelecidas na Lei 8.666/93, marque a assertiva CORRETA. É dispensável a licitação:
Com base nas colunas propostas, marque a alternativa que mostra a sequência correta:
Certo professor de Matemática, ao fazer a entrega da última avaliação para seus alunos, ouve de Joãozinho: “O senhor não entregou a minha prova”. Ao que responde: Sua avaliação está sem nome e antes de entregá-la, te desafio a descobrir sua nota, a partir da seguinte informação: A média da sala foi 6,5. Sem a sua prova, a média seria 6,4. Nessas condições qual foi a nota de Joãozinho?