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Para introduzir uma atividade de dança, uma professora de Arte indicou que a dança adquiriu diversos significados ao longo do tempo e que ela expressa sentimentos e visões de mundo. A seguir, propôs que os estudantes formassem grupos que deveriam realizar pesquisas sobre o funk, criar apresentações a respeito de um estilo de funk e gravar videoclipes para divulgação na internet. Para avaliar o resultado, verificou se todos colaboraram no processo de criação do trabalho, se houve respeito no decorrer da apresentação, se os estudantes souberam lidar com as limitações de colegas e o que foi apreendido no decorrer da atividade.
Verifica-se que, nessa proposição, o refinamento de um dos elementos estruturantes da linguagem da Dança foi deixado para segundo plano. Isso pode ser constatado porque:
A trajetória da educação musical no Brasil é atravessada por diversos avanços e regressos. Mesmo consciente de que não seja possível abarcar, de forma totalizante, um longo período histórico do ensino da música em espaços escolarizados de formação geral, alguns marcos na legislação da educação nos oferecem dados importantes para compreender a música em instituições escolares. A legislação mais antiga de que há registro data de 1854, sendo que, informalmente, práticas de ensino e aprendizagem domiciliar e em corporações religiosas já existiam desde o Brasil Colônia (GARCIA, 2016). Algumas décadas depois, especificamente em 1889, foi registrado o primeiro concurso público para professores de música, que exigia formação especializada na área (FONTERRADA, 2008). Em determinados períodos, ela teve destaque nos currículos escolares, sendo contemplada com status de componente curricular, como se pode averiguar no início do século XX, época em que a educação brasileira assimilava os princípios da escola nova, influenciada pelo norte americano John Dewey. Partindo dos ideais nacionalistas, característicos desse movimento pedagógico, houve, nesse tempo, um intenso apoio às práticas de música nas escolas. Músicos como João Gomes Júnior, Carlos Alberto Gomes Cardim, Fabiano e Lázaro Lozano, Mário de Andrade e Villa Lobos foram importantes formadores de projetos que visavam ao alcance da prática musical e ao ideal de uma educação musical para todos, com o chamado Canto Orfeônico, nome dado à proposta pedagógica, assim como à disciplina.
Considerando que, após esse período, muitas mudanças aconteceram, assinale a alternativa correta a respeito da legislação da educação musical no Brasil:
Figura 1. Imagem do espetáculo Benguelê. Grupo Corpo.
Disponível em: https://grupocorpo.com.br/obra/benguele/.
Acesso em: 13 ago. 2024
. Para trabalhar com Dança, uma professora apresentou aos estudantes um trecho da obra disponível na figura 1 e solicitou que reconhecessem, na produção videográfica, ações do cotidiano e ritmos afrobrasileiros. A seguir, contextualizou a produção artística, abordando questões relacionadas à história da companhia de Dança, do coreógrafo e nuances da composição coreográfica. Consequentemente, dividiu a turma em grupos e, a partir do reconhecimento do vocabulário e das relações espaciais apreciadas, solicitou que os estudantes produzissem pequenas composições coreográficas autorais sobre a mesma temática, auxiliando-os durante o processo. Por fim, tais produtos foram apresentados para a turma.
Ao analisar a proposição descrita acima, verifica-se que professora desenvolveu uma metodologia
de ensino fundamentada:
A Pesquisa Educacional Baseada em Artes (PEBA) é uma forma de investigação que não busca a produção de um tipo de conhecimento que seja exato, cujos achados sejam utilizados para explicar e prever resultados.
É correto afirmar que PEBA se caracteriza:
O currículo é a concretização, a viabilização das intenções e orientações expressas no projeto pedagógico. Há muitas definições de currículo: conjunto de disciplinas; resultados de aprendizagem pretendidos; experiências que devem ser proporcionadas aos estudantes; princípios orientadores da prática, seleção e organização da cultura. No geral, compreende-se o currículo como um modo de seleção da cultura produzida pela sociedade, para a formação dos alunos; é tudo o que se espera que seja aprendido e ensinado na escola. (Libâneo, Toschi, 2012, p. 489).
Há, pelo menos, três tipos de manifestações: currículo formal, currículo real e currículo oculto. A esse respeito, assinale a alternativa correta:
O trecho do livro A história da arte, de Ernst Gombrich, afirma: “É interessante ler algumas notícias da imprensa com que as primeiras exposições dos impressionistas foram recebidas. Um semanário humorístico escreveu em 1876: A rue Le Peletier é uma rua de desastres. Depois do incêndio da Ópera, está acontecendo agora mais um desastre. Acaba de ser inaugurada uma exposição na Galeria Durand-Ruel que supostamente contém pinturas. Entrei e meus olhos horrorizados depararam com algo terrível. Cinco ou seis lunáticos, entre eles uma mulher, reuniram-se para exibir suas obras. Vi pessoas sacudindo-se de riso diante dessas pinturas, mas o meu coração sangrou ao vê-las. Esses pretensos artistas intitulam-se revolucionários, ‘impressionistas’. Tomam um pedaço de tela, tinta e pincel, besuntam meia dúzia de manchas sobre ela ao acaso, e assinam o nome nessa coisa. É uma manifestação delirante da mesma espécie que leva os internos de Bedlam a apanharem pedras do caminho imaginando que são diamantes.” (Gombrich, A história da arte, 2015, p. 519).
Os impressionistas se destacaram pela ousadia técnica e por afastarem-se da arte tradicional das grandes academias. Assim, é correto afirmar que, dentre as características do Impressionismo, evidenciam-se:
A obrigatoriedade do componente curricular de Arte na Educação Básica brasileira foi instituída, pela primeira vez, por meio da Lei 5.692/1971 (Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus); porém, os primeiros cursos superiores para licenciados em Arte (Educação Artística) surgiram apenas em 1973 (Barbosa, A imagem no ensino da arte, 2010, p. 10). Desse período, a professora e pesquisadora Ana Mae Barbosa destaca um movimento surgido na década de 1940 que influenciou a formação do professor de arte nas décadas seguintes, ainda que as escolas não atribuissem o grau superior necessário para a sua atuação como licenciado nas escolas formais.
O referido movimento era denominado:
Leia o trecho da reportagem da revista Le Monde Diplomatique Brasil, intitulada “Exposições desafiam o espaço do museu com narrativas indígenas”, de Carolina Azevedo (2023):
“Em 21 de maio de 2000, visitando a Exposição da ‘Mostra do Descobrimento’ no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Dona Nivalda Amaral, anciã do povo Tupinambá de Olivença, teve sua atenção fisgada por um objeto. Era um manto, sobre o qual ela tinha ouvido parentes mais velhos falarem muitas vezes. Quando viu o objeto atrás do vidro, disse que seu coração disparou e alguém lhe sussurrou: ‘este é o nosso manto’.
O manto Tupinambá vermelho que estava exposto pertencia ao acervo do Museu Nationalmuseet de Copenhague, e retornou para lá depois da exposição. Mais de vinte anos depois, em junho de 2023, a Dinamarca anunciou que iria entregar ao Brasil o objeto, que está em Copenhagen desde 1689. Renata Tupinambá, curadora de arte, explica que, tendo em vista o retorno, ‘é muito importante que as pessoas entendam que objetos não são apenas objetos dentro da cultura Tupinambá, eles ganham uma dimensão viva. Enquanto os museus tratam esses mantos antigos como um objeto, para nós, é o nosso ancestral vivo.’
Com notícias como essa, a questão do repatriamento de artefatos indígenas e a reformulação do museu colonial vêm ganhando força”. (Azevedo, 2023)
Carolina Azevedo. Exposições desafiam o espaço do
museu com narrativas indígenas. Le Monde Diplomatique
Brasil. 20 out. 2023. Disponível em: https://diplomatique.
org.br/exposicoes-desafiam-o-espaco-do-museu-com
narrativas-indigenas/. Acesso em: 16 ago. 2024.
O referido manto Tupinambá foi recebido no Museu Nacional do Rio de Janeiro em julho de 2024 e está sendo preparado para futura exposição (Agência Brasil, 2024). O ensino da arte na contemporaneidade tem valorizado a experiência dos estudantes com objetos culturais e obras artísticas das mais diversas linguagens, como destacado na reportagem sobre a história das culturas indígenas no Brasil. Para a aprendizagem da arte na educação formal, pode-se dizer que as relações entre arte, cultura e experiência estética são:
A leitura de imagem é elemento essencial para o exercício da arte-educação (BUORO,
Anamelia Bueno. Olhos que pintam: A leitura da
imagem e o ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Educ;
Fapesp; Cortez, 2003). Observe atentamente as 2
imagens a seguir, com respectivos créditos, e assinale a alternativa correta:
IMAGEM 1 - Fonte: FARTHING, Stephen.
Tudo sobre Arte. Tradução de Paulo Polzonoff Jr. et alii.
Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p.22.
IMAGEM 2 – Os Gêmeos (Otavio
e Gustavo Pandolfo ).
Texto 1
Que impulso irresistível leva o homem a dançar? Por que ainda no estado natural mais primitivo, em lugar de economizar suas energias [...], desperdiça-as em movimentos fisicamente esgotantes? Sem dúvida, por uma necessidade interior muito mais próxima do campo espiritual que do físico. Seus movimentos, que progressivamente vão se ordenando em tempo-espaço, são a válvula de liberação de uma tumultuosa vida interior que ainda escapa à análise. Em definitivo, constituem formas de expressar sentimentos, desejos, alegrias, pesares, gratidão, respeito, temor e poder (OSSONA, 1988, p. 19).
OSSONA, Paulina. A educação pela dança. São Paulo:
Summus, 1988.
Texto 2
A dança como forma de conhecimento, enquanto uma educação do sensível, transforma e é transformada no seio escolar, como uma das vias de educação do corpo criador e crítico. É papel da escola transformá-la num processo educativo que favoreça possibilidades e oportunidades ao aluno de apreciá-la, contextualizá-la e vivenciá-la no espaço escolar. Quando se fala em dança na escola [...]. Afinal, de que dança estamos falando? (VIEIRA, 2007, p.103).
VIEIRA, M. de S. O sentido da dança na escola. Revista
Educação em Questão, Natal, v. 29, n. 15, p. 103-121,
maio/ago. 2007.
Segundo a professora e pesquisadora Ana Mae Barbosa, a “educação cultural que se pretende com a Proposta Triangular é uma educação crítica do conhecimento construído pelo próprio aluno, com mediação do professor, acerca do mundo (...) e não uma ‘educação bancária’. A Proposta Triangular é construtivista, interacionista, dialogal, multiculturalista e é pós-moderna por tudo isso e por articular arte como expressão e como cultura na sala de aula, sendo esta articulação o denominador comum de todas as propostas pós-modernas do ensino da arte que circulam internacionalmente na contemporaneidade” (Barbosa, Tópicos utópicos, 1998, p. 40-41).
O trecho acima citado destaca o paradigma epistemológico denominado Proposta ou Abordagem Triangular do Ensino da Arte, que focaliza três eixos formativos não hierarquizados: Fazer/Produzir, Ler/Apreciar e Contextualizar. Ela foi desenvolvida a partir de estudos liderados por Barbosa e publicada na década de 1990, consistindo em uma das mais importantes contribuições contemporâneas para a arte/educação no Brasil e no mundo.
Quanto às características da Proposta ou Abordagem Triangular identificadas pela autora na citação, uma das afirmações feitas é a de que se trata
de um método “pós-moderno”. Por que Ana Mae
faz essa afirmação?
Observe a imagem e o texto a seguir:
Guernica. Pablo Picasso (1937). Pintura a óleo, dimensões 350 × 776 cm. Acervo do Museu Rainha Sofia, Madrid, Espanha. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Guernica_(Pablo_Picasso). Acesso em: 27 ago 2024.
Em 1937 o governo espanhol encomendou a Pablo Picasso obras que seriam enviadas a uma exposição em Paris. Aviões militares de Hitler destruíram a antiga cidade de Guernica, na Espanha, e poucos dias depois Picasso deu início a desenhos, buscando personagens, animais e símbolos carregados de sentido, metáforas da dor e da guerra. Trabalhou intensamente durante um pouco mais de um mês para produzir Guernica.
A ideia-imagem germinal de Picasso, ainda não clara em suas hipóteses de como torná-la visível, foi se concretizando na obra. Ela foi recriada até seu término, só formalizada pela saída do ateliê do artista.
O artista partiu das imagens acumuladas em seus 56 anos de vida, imagens pessoais e culturais trazidas por suas obras anteriores e também pelas obras de Goya, Velázquez, Rubens, Delacroix, acrescidas do impacto da notícia do bombardeio de Guernica
texto adaptado de MARTINS, Mirian Celeste;
PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria Terezinha Telles.
Teoria e prática do ensino de Arte:
A língua do mundo. São Paulo: FTD, 2009.
Com base nas referências acima, assinale a alternativa que, segundo as autoras mencionadas, traz
a relação entre o processo do artista e uma atitude
pedagógica:
Observe a seguinte melodia:
Analisando a melodia acima, pode-se afirmar que:
O Grupo Fluxus surgiu na Europa na década de 1960, com foco na interdisciplinaridade e na
quebra de barreiras entre as linguagens artísticas.
Fundado pelo artista George Maciunas, o Fluxus
era composto por artistas de diversas nacionalidades, promovia a experimentação artística, a espontaneidade e a integração da arte com a vida cotidiana, buscando fugir das estruturas tradicionais da arte. Como exemplo de produção atrelada ao grupo, tem-se: “Como explicar quadros a uma lebre
morta”, de Joseph Beuys, de 1965, reproduzida na
imagem abaixo:
Fonte: https://www.artgallery.nsw.gov.au/collection/
works/434.1997.9/ Acesso em: 27 ago 2024.
A atuação do grupo Fluxus influenciou diversas manifestações da Arte Contemporânea, dentre elas:
Quando as perguntas de avaliação são baseadas no problema, nenhum jogador é ridicularizado, menosprezado ou manipulado, e a confiança nos parceiros de jogo cresce.
Fonte: SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula.
Tradução de Ingrid Dormein Koudela. São Paulo:
Perspectiva, 2008, p 37.
Considerando o texto acima e os três elementos essenciais dos jogos teatrais: Foco, Instrução e Avaliação, propostos por Viola Spolin pode-se afirmar que:
As duas imagens a seguir fazem referência
à arte de períodos e contextos bastante distintos:
uma pintura de Mondrian, exemplo de arte abstrata; e a uma pintura de Rafael Sanzio, exemplo de
arte renascentista.
Mondrian. Composição em Vermelho, Amarelo, Azul e Preto (1921). Óleo sobre tela. Kunstmuseum Den Haag - Museu Municipal de Haia, Holanda. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Piet_ Mondriaan,_1921_-_Composition_en_rouge,_jaune,_bleu_ et_noir.jpg. Acesso em: 27 ago 2024:
Rafael Sanzio. Madona do Pintassilgo. (1505 a 1506). Óleo sobre madeira. Galleria Degli Uffizi - Galeria dos Ofícios, Florença, Itália. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Raffaello_ Sanzio_-_Madonna_del_Cardellino_-_Google_Art_Project. jpg. Acesso em: 27 ago 2024:
Na obra A História da Arte, Gombrich traz uma reflexão que envolve diferentes concepções e processos artísticos, ao comparar a arte renascentista figurativa e a arte moderna abstrata.
Assinale a alternativa correta a respeito dessa comparação, levando em consideração o pensamento do autor e as imagens acima como exemplos das diferentes vertentes.
Numa apresentação teatral sobre “Vulcano, o Deus do Fogo” foram utilizadas luzes vermelhas monocromáticas para a realização da cena. Diante disso, foi verificado que as únicas cores observadas pelo público foram roupas nas cores vermelho e preto. Desta forma, pode-se constatar que: