Questões de Concurso
Para if-sp
Foram encontradas 1.803 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em a,
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos, ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
(VARELA, F. A flor do maracujá. In: Cantos e fantasias e outros cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2003)
O excerto do poema de Fagundes Varela utiliza-se
de recurso de linguagem, especificamente no segundo verso, que se relaciona, do ponto de vista da
classificação de Jakobson para as funções da linguagem, à função:
Said Ali (2001), ao estudar os verbos, problematiza não só a nomenclatura, mas também o uso de seus modos. O autor observa que, se, por um lado, o modo conjuntivo ocorre em orações subordinadas, por outro, ele também está presente em orações principais. Constata, ainda, que a simples caracterização desse modo como oposição à realidade e a certeza do fato enunciado pelo indicativo não são suficientes para definir o emprego do conjuntivo. Diante desses e de outros dados que ainda tornam mais complexo o problema, Said Ali propõe examinar diversos fatos linguísticos, a fim de estabelecer, entre outros elementos, as regras de uso do modo verbal conjuntivo.
Qual das opções tem correspondência adequada às regras apresentadas por Said Ali para o uso ou não do modo conjuntivo?
ROCK COM BANANA
Nem que seja apenas por uma questão cronológica: já é tarde demais para se ficar discutindo a validade ou não da informação rock na música brasileira. Há quase 20 anos pelo menos ela transita de maneira constante, misturada e confusa por diversos setores da juventude urbana do Brasil. O mínimo que se poderia fazer, agora, seria tentar entender o fenômeno: que trajeto segue o dado X, informação musical de procedência estrangeira, até ser incorporado ao arsenal de recursos da criação brasileira? Já se fez isso com a polka (ou polca) e schottisch (ou xote) – que, como todos sabem, deram no choro, no maxixe e, em certa medida, no samba. Já se fez também com o jazz (que deu na bossa-nova, se em mais nada). Mas o rock é muito recente. Ou será muito espinhoso, muito constrangedor?
Não há nenhum levantamento sistemático da trajetória do rock por terras brasileiras. Então, é preciso usar os elementos disponíveis: no caso, discos. Vinte anos depois, cada disco que se produz hoje no Brasil contendo algo de rock serve, no mínimo, como base para pesquisas e meditações. Para quem quer entender, é claro!
(BAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes: MPB anos 70 – 30 anos depois. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2006).
Segundo Vanoye (2003), há mensagens em que não se percebe a presença do destinador, porque elas são produto de um processo de construção que busca a neutralização intencional do “eu”. Há, porém, mensagens em que o destinador manifesta claramente suas opiniões ou reações relativamente ao conteúdo de que trata; e ainda há aquelas em que a expressão pessoal intervém de maneira dissimulada. Isso considerado, com relação ao texto Rock com banana, podemos afirmar que:
O atlas acima trata de uma das principais commodities brasileiras, associada diretamente com os primeiros surtos de industrialização do país, tendo a espacialização da produção em 2014, apresentada na representação cartográfica em questão:
Habitamos a superfície da Terra e dependemos, para viver, dos materiais disponíveis. Esses, em sua maior parte, são produtos das transformações que a crosta terrestre sofre na interação com a atmosfera, a hidrosfera e biosfera, ou seja, são produtos do intemperismo.
TEIXEIRA, W., et al. (org.). Decifrando a Terra, 2009.
A formação das “juntas de alívio” é associada a qual tipo de intemperismo:
Ao refletir sobre o território de um país e seu papel num espaço globalizado, Santos e Silveira (2006) afirmam que há algumas áreas nos territórios nacionais que possuem uma presença mais plena da globalização, caracterizadas pela sua inserção numa cadeia produtiva global, pelas relações distantes e, frequentemente, estrangeiras que criam e, também, pela sua lógica extravertida. Todavia, a base desse processo é o espaço nacional cuja regulação continua sendo nacional, ainda que guiada em função dos interesses de empresas globais.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 9ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2006.
Levando em consideração as afirmações de Santos e Silveira (2006), pode-se definir essas áreas mais globalizadas do território de um país como?
TEXTO 1
A mundialização da economia capitalista gerou a segmentação do espaço econômico mundial. Essa característica geográfica se expressa no final do século XX na formação de blocos econômicos em todo o mundo.
A Comunidade Econômica Europeia (CEE) constitui-se no exemplo mais avançado desse processo de formação e unificação econômica. Desde o ano de 1993 a CEE forma um espaço econômico, financeiro e monetário único. Portanto, constitui-se em um espaço onde as suas fronteiras nacionais não são obstáculos à livre circulação das mercadorias e das pessoas.
OLIVEIRA, A. U. A mundialização do capitalismo e a geopolítica mundial no final do século XX. In: ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2014.
TEXTO 2
A poucos dias da comemoração do centenário do final da Primeira Guerra Mundial, o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou que a Europa vive o risco de um desmembramento devido ao nacionalismo, assim como no período entre guerras.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ ultimas-noticias/efe/2018/11/01/macron-alertapara-risco-de-nacionalismo-similar-ao-do-periodoentreguerras.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 25/11/2018.
Os textos 1 e 2 fazem referência à União Europeia, que dentre os desafios apresentados atualmente, destaca-se
USO DO SOLO NO CERRADO
As mudanças na paisagem do bioma cerrado, motivadas pela ação antrópica, para além das pastagens, têm sido intensificadas em virtude:
Segundo Ariovaldo Umbelino de Oliveira: “Os conflitos sociais no campo brasileiro e sua marca ímpar a violência, não são uma exclusividade apenas do século XX. São, marcas constantes do desenvolvimento e do processo de ocupação do país. ” (OLIVEIRA, 2007).
O autor sobreleva o papel dos diversos setores sociais que compõem o conjunto dos camponeses sem terra. Os posseiros, por exemplo, são uma parcela dos camponeses sem terra, que vêm historicamente lutando numa ponta contra a expropriação que os gera, e na outra, contra os jagunços, latifundiários especuladores e grileiros. Muitos são esses movimentos que fazem parte dessas muitas histórias de lutas pela terra e pela liberdade no campo brasileiro.
OLIVEIRA, A. U. Modo de produção capitalista, agricultura e reforma agrária. São Paulo: FFLCH, 2007, 184p. Disponibilizado em: http://www.fflch.usp. br/dg/gesp
Assinale a alternativa que apresenta corretamente
uma definição de “posseiros”.
Fonte: SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
O mapa representa a proposta de regionalização do Brasil no âmbito do Meio Técnico-Científico-Informacional, dividido em quais regiões:
Segundo Teixeira et al. (2009): “Nosso Sol é uma estrela de média grandeza [...]. Possivelmente, permanecerá nesta fase por outros tantos bilhões de anos, antes de evoluir para a fase de gigante vermelha, anã branca, e finamente tornar-se uma anã negra. Os demais corpos que pertencem ao Sistema Solar (planetas, satélites, asteroides, cometas, além de poeira e gás) formaram-se ao mesmo tempo em que sua estrela central.”
TEIXEIRA, W., et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009).
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o resultado dessa formação simultânea dos elementos que compõem nosso Sistema Solar apontada por Teixeira et al. (2009).
Segundo Santos e Silveira (2006), em todos os períodos o novo não é completamente difundido no território, os objetos técnico-informacionais conhecem uma difusão mais generalizada e mais rápida do que os objetos técnicos de pretéritas divisões territoriais do trabalho. O que não impede que tanto objetos como ações modernos tendam a concentrar-se em certos pontos e áreas do país. De acordo com o exposto, no Brasil convivem, portanto, de um lado, manchas e pontos do meio técnico-científico-informacional, mais ou menos superpostos a outras divisões territoriais do trabalho nas metrópoles, capitais estaduais, capitais regionais, regiões agrícolas e industriais, e de outro lado, a Região Concentrada.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 9ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2006.
De acordo com as formulações dos autores citados, “Região Concentrada” é definida como?
Ruy Moreira, no livro “O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes da renovação”, aponta que os clássicos firmaram o pensamento geográfico a partir da relação de interação entre os eixos sociedade-natureza e sociedade-espaço em que o primeiro é a essência e o segundo é a existência, numa respectiva relação de ontológico e ôntico.
MOREIRA, Ruy. O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes da renovação. São Paulo: Contexto, 2009. v.2
Como aponta Moreira (2009), num produzido que é “[...] a condição de reprodução das relações de produção e das relações superestruturais da sociedade capitalista, orientando a reprodução e garantindo a perpetuação da totalidade da formação social capitalista num moto contínuo”. Qual a matriz de renovação do pensamento geográfico que concebe o espaço como um histórico produzido?
Santos (2012) chama atenção em relação à tendência atual de verticalização na organização do espaço geográfico global em que “[…] os créditos internacionais são postos à disposição dos países e das regiões mais pobres, para permitir que as redes se estabeleçam a serviço do grande capital […]”. Contudo, ele também destaca que os lugares podem se fortalecer horizontalmente “[…] reconstruindo, a partir das ações localmente constituídas, uma base de vida que amplie a coesão da sociedade civil, a serviço do interesse coletivo”.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012 (p. 287-288).
A partir de tal afirmação, buscando compreender as relações geopolíticas entre as nações e a formação de blocos regionais, chama a atenção uma iniciativa de integração entre países, que não objetivam apenas a integração no campo econômico, destacando em seus objetivos que:
“[…] estabelecer-se como um espaço de diálogo e consenso no âmbito cultural, social, econômico e político para o desenvolvimento de projetos e iniciativas em diversas áreas, tais como saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente [...]”.
Fonte: Site oficial do bloco de países.
Formado por doze países e tendo seu tratado constitutivo assinado em 23 de maio de 2008, qual a sigla que define tal bloco?
Conforme o Glossário Francês de Cartografia, um símbolo é a “representação gráfica de um objeto ou de um fato sob uma sugestiva, simplificada ou esquemática, sem implantação rigorosa.”. De acordo com suas características específicas, os símbolos dividem-se em várias categorias: sinais convencionais, sinais simbólicos, pictogramas, ideogramas, símbolo regular e símbolo proporcional.
JOLY, F. A cartografia. Campinas: Papirus, 2003.
Assinale a alternativa que explique o significado dos símbolos proporcionais corretamente.
Disponível em: https://economia.estadao.com.br/noticias/industria,superado-pela-india-brasil-e-10-maiorprodutor-industrial-do-mundo,14393e. Acesso em: 23/11/2018.
Na década passada, os rumos da produção industrial no mundo mudaram de maneira notável. Eventos do último decênio revelaram, no entanto, novos elementos para se pensar as mudanças e as permanências no que se refere às tendências do crescimento industrial.
Considerando as informações expostas anteriormente, é possível afirmar que se trata de um importante elemento para refletir sobre as transformações na dinâmica industrial global:
“A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de desconcentração da produção industrial, uma das manifestações do desdobramento da divisão territorial do trabalho no Brasil. [...] A produção industrial torna-se mais complexa, estendendo-se sobretudo para novas áreas do Sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte (Manaus). Paralelamente, as áreas industriais já consolidadas ganham dinamismos diferentes dos que definiram a industrialização em períodos anteriores. ”
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Sobre os aspectos que ajudam a explicar as transformações na geografia da industrialização brasileira, destaca-se:
A má distribuição dos recursos hídricos não existe apenas espacialmente. Muitas vezes, várias regiões são acometidas por grandes enchentes e em outra época do ano há períodos de seca. O tempo de residência da água na superfície terrestre também acaba por limitar sua disponibilidade. Suécia e Botswana recebem a mesma precipitação anual, mas o primeiro possui um clima úmido e o outro semi-árido.
TEIXEIRA, W., et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
Considerando o panorama exposto no texto, a desigualdade na distribuição dos recursos hídricos entre Suécia e Botswana é explicada devido à/ (ao):
Extraído de: AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. 17. ed. Tradução de Maria Juraci Zani dos Santos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.
Visualizando a figura referente às zonas de pressão
e ventos num globo terrestre homogêneo, os números 2; 6 e 10 referem-se:
Um importante crescimento é identificado também nas três metrópoles mais importantes do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília - vinculado tanto às funções de governo como ao próprio dinamismo da indústria, do comércio e dos serviços, sobretudo das atividades ligadas à informação. O lazer e o turismo criam igualmente demandas relevantes de alojamento. Negócios e turismo caracterizam a natureza da nova procura hoteleira de São Paulo.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
De acordo com os autores citados, o crescimento da rede hoteleira nas principais metrópoles do país liga-se à diferentes fatores, dos quais é possível afirmar que: