Questões de Concurso Para fundatec

Foram encontradas 65.678 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q2629123 Português

Mesmo que o verbo acreditar esteja por um fio, é o que nos resta

Por Martha Medeiros


  1. Foi em um remoto 24 de dezembro. "Venham, vamos dar uma volta pelo quarteirão para
  2. ver se o Papai Noel está pelas redondezas". Que ideia. Vá que o Papai Noel passe aqui em casa
  3. bem na hora que estivermos na rua, pensei, mas não tive coragem de enfrentar o pai. Era uma
  4. fedelha de seis anos, sem direito a voto: lá fomos eu e meu irmão em busca do velhinho perdido.
  5. Caminhava pela rua aflita, girando a cabeça de um lado para o outro, até que tive certeza
  6. de ter visto, de relan...e, um pedaço de calça vermelha e bota preta dobrando a esquina. Será?
  7. Corremos. Não, não havia ninguém. Está bem, vamos voltar, disse o pai.
  8. Assim que chegamos em casa, adivinhe: "Ele acabou de sair daqui", anunciou a mãe. Era
  9. muito sadismo com dois inocentes. "Perguntou por vocês e até tomou um copo d'água, mas não
  10. ______ esperar". Corri para a cozinha. ______ mesmo um copo com restinho de água dentro
  11. da pia. Segurei-o como se fosse o Santo Graal, mas logo saí do tran...e, lembrei dos presentes
  12. fechados embaixo da árvore.
  13. Prometi para mim mesma que no próximo Natal eu não arredaria pé da sala, mas o ano
  14. sempre custava a passar e, até lá, o pai teria outra ideia fantástica para nos tirar de casa,
  15. enquanto a mãe retiraria os pacotes de dentro do armário e sujaria outro copo, a fim de nos
  16. iludir por mais um tempo.
  17. Eu adorava Natal. A frustração de nunca ter visto Papai Noel não atrapalhou em nada. Me
  18. bastava acreditar.
  19. Hoje em dia, passo os Natais na casa do sogro do meu irmão. Lá se reúnem nossas
  20. famílias, constituídas por idosos, vários maduros entre 40 e 60 anos, dois adolescentes e uma
  21. única criança, o Rodrigo, que ainda acredita em Papai Noel, e é fácil entender porquê: todos os
  22. anos, meu irmão, bem no meio da noite feliz, dá uma saída, com a desculpa de buscar algo na
  23. garagem ou comprar uma bobagem que faltou para a ceia, e retorna caracterizado como o Papai
  24. Noel mais lapônico do planeta, a gente jura que as renas estão estacionadas na praça em frente
  25. (meu irmão não é gordo, nem tem uma longa barba branca, o que ele tem é um figurino de
  26. musical da Broadway e uma performan...e que o teatro está perdendo).
  27. Rodrigo, se você já for um leitor de crônicas, a tia está brincando, viu?
  28. A realidade não se comove com fantasias infantis, mas mesmo que o verbo acreditar esteja
  29. por um fio, é o que nos resta, e agora a tia não está mais brincando. Acreditar que nossa
  30. negligência com florestas, mares e rios poderá ser revertida. Que os insanos que promovem
  31. guerras terão um instante de sensatez e humanidade, cancelando o inferno. E que somos capazes
  32. de abreviar a brutalidade cotidiana, sendo mais gentis e razoáveis uns com os outros, ou adeus,
  33. futuro luminoso. Então, mantenhamos a ilusão piscando.

(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta classe gramatical da palavra sublinhada a seguir: “Corri para a cozinha”.

Alternativas
Q2629122 Português

Mesmo que o verbo acreditar esteja por um fio, é o que nos resta

Por Martha Medeiros


  1. Foi em um remoto 24 de dezembro. "Venham, vamos dar uma volta pelo quarteirão para
  2. ver se o Papai Noel está pelas redondezas". Que ideia. Vá que o Papai Noel passe aqui em casa
  3. bem na hora que estivermos na rua, pensei, mas não tive coragem de enfrentar o pai. Era uma
  4. fedelha de seis anos, sem direito a voto: lá fomos eu e meu irmão em busca do velhinho perdido.
  5. Caminhava pela rua aflita, girando a cabeça de um lado para o outro, até que tive certeza
  6. de ter visto, de relan...e, um pedaço de calça vermelha e bota preta dobrando a esquina. Será?
  7. Corremos. Não, não havia ninguém. Está bem, vamos voltar, disse o pai.
  8. Assim que chegamos em casa, adivinhe: "Ele acabou de sair daqui", anunciou a mãe. Era
  9. muito sadismo com dois inocentes. "Perguntou por vocês e até tomou um copo d'água, mas não
  10. ______ esperar". Corri para a cozinha. ______ mesmo um copo com restinho de água dentro
  11. da pia. Segurei-o como se fosse o Santo Graal, mas logo saí do tran...e, lembrei dos presentes
  12. fechados embaixo da árvore.
  13. Prometi para mim mesma que no próximo Natal eu não arredaria pé da sala, mas o ano
  14. sempre custava a passar e, até lá, o pai teria outra ideia fantástica para nos tirar de casa,
  15. enquanto a mãe retiraria os pacotes de dentro do armário e sujaria outro copo, a fim de nos
  16. iludir por mais um tempo.
  17. Eu adorava Natal. A frustração de nunca ter visto Papai Noel não atrapalhou em nada. Me
  18. bastava acreditar.
  19. Hoje em dia, passo os Natais na casa do sogro do meu irmão. Lá se reúnem nossas
  20. famílias, constituídas por idosos, vários maduros entre 40 e 60 anos, dois adolescentes e uma
  21. única criança, o Rodrigo, que ainda acredita em Papai Noel, e é fácil entender porquê: todos os
  22. anos, meu irmão, bem no meio da noite feliz, dá uma saída, com a desculpa de buscar algo na
  23. garagem ou comprar uma bobagem que faltou para a ceia, e retorna caracterizado como o Papai
  24. Noel mais lapônico do planeta, a gente jura que as renas estão estacionadas na praça em frente
  25. (meu irmão não é gordo, nem tem uma longa barba branca, o que ele tem é um figurino de
  26. musical da Broadway e uma performan...e que o teatro está perdendo).
  27. Rodrigo, se você já for um leitor de crônicas, a tia está brincando, viu?
  28. A realidade não se comove com fantasias infantis, mas mesmo que o verbo acreditar esteja
  29. por um fio, é o que nos resta, e agora a tia não está mais brincando. Acreditar que nossa
  30. negligência com florestas, mares e rios poderá ser revertida. Que os insanos que promovem
  31. guerras terão um instante de sensatez e humanidade, cancelando o inferno. E que somos capazes
  32. de abreviar a brutalidade cotidiana, sendo mais gentis e razoáveis uns com os outros, ou adeus,
  33. futuro luminoso. Então, mantenhamos a ilusão piscando.

(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado especialmente para esta prova).

Em relação ao fato narrado no início do texto, assinale a alternativa que encontra respaldo no texto.

Alternativas
Q2629121 Português

Mesmo que o verbo acreditar esteja por um fio, é o que nos resta

Por Martha Medeiros


  1. Foi em um remoto 24 de dezembro. "Venham, vamos dar uma volta pelo quarteirão para
  2. ver se o Papai Noel está pelas redondezas". Que ideia. Vá que o Papai Noel passe aqui em casa
  3. bem na hora que estivermos na rua, pensei, mas não tive coragem de enfrentar o pai. Era uma
  4. fedelha de seis anos, sem direito a voto: lá fomos eu e meu irmão em busca do velhinho perdido.
  5. Caminhava pela rua aflita, girando a cabeça de um lado para o outro, até que tive certeza
  6. de ter visto, de relan...e, um pedaço de calça vermelha e bota preta dobrando a esquina. Será?
  7. Corremos. Não, não havia ninguém. Está bem, vamos voltar, disse o pai.
  8. Assim que chegamos em casa, adivinhe: "Ele acabou de sair daqui", anunciou a mãe. Era
  9. muito sadismo com dois inocentes. "Perguntou por vocês e até tomou um copo d'água, mas não
  10. ______ esperar". Corri para a cozinha. ______ mesmo um copo com restinho de água dentro
  11. da pia. Segurei-o como se fosse o Santo Graal, mas logo saí do tran...e, lembrei dos presentes
  12. fechados embaixo da árvore.
  13. Prometi para mim mesma que no próximo Natal eu não arredaria pé da sala, mas o ano
  14. sempre custava a passar e, até lá, o pai teria outra ideia fantástica para nos tirar de casa,
  15. enquanto a mãe retiraria os pacotes de dentro do armário e sujaria outro copo, a fim de nos
  16. iludir por mais um tempo.
  17. Eu adorava Natal. A frustração de nunca ter visto Papai Noel não atrapalhou em nada. Me
  18. bastava acreditar.
  19. Hoje em dia, passo os Natais na casa do sogro do meu irmão. Lá se reúnem nossas
  20. famílias, constituídas por idosos, vários maduros entre 40 e 60 anos, dois adolescentes e uma
  21. única criança, o Rodrigo, que ainda acredita em Papai Noel, e é fácil entender porquê: todos os
  22. anos, meu irmão, bem no meio da noite feliz, dá uma saída, com a desculpa de buscar algo na
  23. garagem ou comprar uma bobagem que faltou para a ceia, e retorna caracterizado como o Papai
  24. Noel mais lapônico do planeta, a gente jura que as renas estão estacionadas na praça em frente
  25. (meu irmão não é gordo, nem tem uma longa barba branca, o que ele tem é um figurino de
  26. musical da Broadway e uma performan...e que o teatro está perdendo).
  27. Rodrigo, se você já for um leitor de crônicas, a tia está brincando, viu?
  28. A realidade não se comove com fantasias infantis, mas mesmo que o verbo acreditar esteja
  29. por um fio, é o que nos resta, e agora a tia não está mais brincando. Acreditar que nossa
  30. negligência com florestas, mares e rios poderá ser revertida. Que os insanos que promovem
  31. guerras terão um instante de sensatez e humanidade, cancelando o inferno. E que somos capazes
  32. de abreviar a brutalidade cotidiana, sendo mais gentis e razoáveis uns com os outros, ou adeus,
  33. futuro luminoso. Então, mantenhamos a ilusão piscando.

(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o fragmento “Foi em um remoto 24 de dezembro”, é possível inferir predominantemente que:

Alternativas
Q2629120 Português

Mesmo que o verbo acreditar esteja por um fio, é o que nos resta

Por Martha Medeiros


  1. Foi em um remoto 24 de dezembro. "Venham, vamos dar uma volta pelo quarteirão para
  2. ver se o Papai Noel está pelas redondezas". Que ideia. Vá que o Papai Noel passe aqui em casa
  3. bem na hora que estivermos na rua, pensei, mas não tive coragem de enfrentar o pai. Era uma
  4. fedelha de seis anos, sem direito a voto: lá fomos eu e meu irmão em busca do velhinho perdido.
  5. Caminhava pela rua aflita, girando a cabeça de um lado para o outro, até que tive certeza
  6. de ter visto, de relan...e, um pedaço de calça vermelha e bota preta dobrando a esquina. Será?
  7. Corremos. Não, não havia ninguém. Está bem, vamos voltar, disse o pai.
  8. Assim que chegamos em casa, adivinhe: "Ele acabou de sair daqui", anunciou a mãe. Era
  9. muito sadismo com dois inocentes. "Perguntou por vocês e até tomou um copo d'água, mas não
  10. ______ esperar". Corri para a cozinha. ______ mesmo um copo com restinho de água dentro
  11. da pia. Segurei-o como se fosse o Santo Graal, mas logo saí do tran...e, lembrei dos presentes
  12. fechados embaixo da árvore.
  13. Prometi para mim mesma que no próximo Natal eu não arredaria pé da sala, mas o ano
  14. sempre custava a passar e, até lá, o pai teria outra ideia fantástica para nos tirar de casa,
  15. enquanto a mãe retiraria os pacotes de dentro do armário e sujaria outro copo, a fim de nos
  16. iludir por mais um tempo.
  17. Eu adorava Natal. A frustração de nunca ter visto Papai Noel não atrapalhou em nada. Me
  18. bastava acreditar.
  19. Hoje em dia, passo os Natais na casa do sogro do meu irmão. Lá se reúnem nossas
  20. famílias, constituídas por idosos, vários maduros entre 40 e 60 anos, dois adolescentes e uma
  21. única criança, o Rodrigo, que ainda acredita em Papai Noel, e é fácil entender porquê: todos os
  22. anos, meu irmão, bem no meio da noite feliz, dá uma saída, com a desculpa de buscar algo na
  23. garagem ou comprar uma bobagem que faltou para a ceia, e retorna caracterizado como o Papai
  24. Noel mais lapônico do planeta, a gente jura que as renas estão estacionadas na praça em frente
  25. (meu irmão não é gordo, nem tem uma longa barba branca, o que ele tem é um figurino de
  26. musical da Broadway e uma performan...e que o teatro está perdendo).
  27. Rodrigo, se você já for um leitor de crônicas, a tia está brincando, viu?
  28. A realidade não se comove com fantasias infantis, mas mesmo que o verbo acreditar esteja
  29. por um fio, é o que nos resta, e agora a tia não está mais brincando. Acreditar que nossa
  30. negligência com florestas, mares e rios poderá ser revertida. Que os insanos que promovem
  31. guerras terão um instante de sensatez e humanidade, cancelando o inferno. E que somos capazes
  32. de abreviar a brutalidade cotidiana, sendo mais gentis e razoáveis uns com os outros, ou adeus,
  33. futuro luminoso. Então, mantenhamos a ilusão piscando.

(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado especialmente para esta prova).

Diante do exposto no texto, analise as assertivas a seguir:


I. Há, pelo menos, um trecho em que a autora direciona sua mensagem a uma criança que ela conhece.

II. Pelo trecho “Que ideia”, localizado no primeiro parágrafo, infere-se que a autora gostou do que seu pai disse.

III. A linguagem utilizada pela autora é informal.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2629119 Português

Mesmo que o verbo acreditar esteja por um fio, é o que nos resta

Por Martha Medeiros


  1. Foi em um remoto 24 de dezembro. "Venham, vamos dar uma volta pelo quarteirão para
  2. ver se o Papai Noel está pelas redondezas". Que ideia. Vá que o Papai Noel passe aqui em casa
  3. bem na hora que estivermos na rua, pensei, mas não tive coragem de enfrentar o pai. Era uma
  4. fedelha de seis anos, sem direito a voto: lá fomos eu e meu irmão em busca do velhinho perdido.
  5. Caminhava pela rua aflita, girando a cabeça de um lado para o outro, até que tive certeza
  6. de ter visto, de relan...e, um pedaço de calça vermelha e bota preta dobrando a esquina. Será?
  7. Corremos. Não, não havia ninguém. Está bem, vamos voltar, disse o pai.
  8. Assim que chegamos em casa, adivinhe: "Ele acabou de sair daqui", anunciou a mãe. Era
  9. muito sadismo com dois inocentes. "Perguntou por vocês e até tomou um copo d'água, mas não
  10. ______ esperar". Corri para a cozinha. ______ mesmo um copo com restinho de água dentro
  11. da pia. Segurei-o como se fosse o Santo Graal, mas logo saí do tran...e, lembrei dos presentes
  12. fechados embaixo da árvore.
  13. Prometi para mim mesma que no próximo Natal eu não arredaria pé da sala, mas o ano
  14. sempre custava a passar e, até lá, o pai teria outra ideia fantástica para nos tirar de casa,
  15. enquanto a mãe retiraria os pacotes de dentro do armário e sujaria outro copo, a fim de nos
  16. iludir por mais um tempo.
  17. Eu adorava Natal. A frustração de nunca ter visto Papai Noel não atrapalhou em nada. Me
  18. bastava acreditar.
  19. Hoje em dia, passo os Natais na casa do sogro do meu irmão. Lá se reúnem nossas
  20. famílias, constituídas por idosos, vários maduros entre 40 e 60 anos, dois adolescentes e uma
  21. única criança, o Rodrigo, que ainda acredita em Papai Noel, e é fácil entender porquê: todos os
  22. anos, meu irmão, bem no meio da noite feliz, dá uma saída, com a desculpa de buscar algo na
  23. garagem ou comprar uma bobagem que faltou para a ceia, e retorna caracterizado como o Papai
  24. Noel mais lapônico do planeta, a gente jura que as renas estão estacionadas na praça em frente
  25. (meu irmão não é gordo, nem tem uma longa barba branca, o que ele tem é um figurino de
  26. musical da Broadway e uma performan...e que o teatro está perdendo).
  27. Rodrigo, se você já for um leitor de crônicas, a tia está brincando, viu?
  28. A realidade não se comove com fantasias infantis, mas mesmo que o verbo acreditar esteja
  29. por um fio, é o que nos resta, e agora a tia não está mais brincando. Acreditar que nossa
  30. negligência com florestas, mares e rios poderá ser revertida. Que os insanos que promovem
  31. guerras terão um instante de sensatez e humanidade, cancelando o inferno. E que somos capazes
  32. de abreviar a brutalidade cotidiana, sendo mais gentis e razoáveis uns com os outros, ou adeus,
  33. futuro luminoso. Então, mantenhamos a ilusão piscando.

(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que poderia substituir, sem alterar significativamente o sentido do texto, a palavra “sensatez” (l. 31).

Alternativas
Respostas
366: D
367: A
368: B
369: D
370: C